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quarta-feira, 30 de agosto de 2006

sms

Não sei se isto é um fenómeno comum, mas eu costumo lembrar-me melhor dos sonhos que tive na noite anterior quando deito a cabeça na almofada na noite seguinte. Da mesma forma, as coisas que me sucedem imediatamente após o meu despertar ficam em stand-by imensas vezes na minha caixinha mental de memórias até à mesma hora do dia seguinte...

Pois bem, pelos vistos tive ontem ao acordar um acontecimento interessante que obliterei da mente até hoje de manhã. Eu tenho tido a mania de ligar o telemóvel apenas à hora do almoço, mas ontem resolvi fazê-lo assim que acordei, vá-se lá saber porquê. Assim que o liguei, veio a musiquinha irritante da Nokia e o esperado silêncio, pelo que coloquei a cabeça de novo na almofada e, por breves segundos, as minhas ideias deslizaram novamente para o mundo onírico. Contudo, sou despertada por um desagradável som de mensagem recebida, um bip bip sem qualquer tipo de cerimónia, que interrompe as cogitações flutuantes e agradáveis que estava a ter e que sabem tão bem (sabem a preguiça, esse néctar).

Vou a espreitar a mensagem e reparo que não conheço o número. Leio o seu conteúdo, ainda sob influência do sono. Dizia qualquer coisa como "obrigado por teres estado lá, foste uma fofinha, beijos" Apaguei a mensagem a seguir, ainda confusa. Era um agradecimento pelo quê, exactamente?
Ora eu sei que estive "lá", eu estou sempre em algum lado, é a maldição de se estar vivo, uma pessoa ocupa sempre espaço algures. Também sei que sou uma fofinha, muito obrigada, mas desta vez é porque estou, misteriosamente, num "lá" qualquer. É porreiro quando reparamos que somos maravilhosos simplesmente porque respiramos e não estamos em decomposição algures por aí. E recebi beijos, o que também é agradável, desde que não seja de uma tia cheia de baton e nem precisei de bater pestana para o merecer, apenas tive que existir.

A mensagem não era para mim, suponho. Mas que se lixe, fui eu que a recebi, finder's keeper's, sou fofinha só por isso, existo, mereço beijos, e mais nada. Ena, o que um(a) desconhecido(a) faz pelo nosso ego, ainda para mais, logo pela manhã! Obrigadinha, pah. Outra dose de fofice para ti, quem quer que sejas.

E que giro que o afagar de ego tenha tido um efeito retardado de 24h, ein?

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Supresa...

Quem diria, ein?...

Your Ideal Pet is a Cat

You're both aloof, introverted, and moody.
And your friends secretly wish that you were declawed!

Terapia

Ando a ler o Therapy do David Lodge. Comprei um pacote de três livros dele por 14€ na FNAC, fiquei toda contente quando vi esta promoção, como boa viciada em livros (e compras) que sou.
Já tinha lido o Therapy em português há uns anos atrás, por duas vezes, mas achei que não faria mal nenhum dar-lhe uma espreitadela na diagonal para relembrar tudo, ainda para mais, tendo em conta que a história tem a ver com um homem que anda - como bem indica o título - num processo terapêutico, o que sempre me dava material para concordar ou mandar vir com o Sr. Lodge, tipo jogo de futebol - "está mal, pah, devia ter sido assado e não assim!"
Pois bem, mistério dos mistérios, não me lembro de rigorosamente nada do conteúdo do livro. Coisa estranha, bizarra, quase impossível! Eu recordo-me sempre de qualquer coisa, nem que seja para dizer que é uma porcaria. Ler é assimilar, afinal de contas. Mas esta obra assemelha-se à virgem nervosa na sua noite de núpcias, só que a desgraçada tem amnésia e não se lembra que fez cirurgia reconstrutiva das partes íntimas e isto afinal não é novidade nenhuma...
Assim, cá vou lendo, capítulo a capítulo, as coisas relatadas, e aqui e ali lá surgem coisas das quais me recordo, mas nem por isso consigo antecipar o que está para a frente. Tendo em conta que esta é a terceira vez com que me deparo com esta obra, há que dizer que quem começa a achar que precisa de terapia sou eu, ou de uma lobotomia.
Se calhar o livro é a metáfora da vida. Podes passar por determinada circunstância nefasta mais que uma vez, mas isso não te impede de repetir a asneira uma e outra vez caso necessário, porque nunca te lembras e não aprendes? Ou então, que a vida, muito simplesmente, nos causa amnésia? Ou que isto tudo é como um prato de feijoada, pode provocar gases mas comemos sempre uma pratada porque obliteramos as dores abdominais da nossa mente? Ou...
...ou se calhar este livro tem o condão de se afundar nas partes obscuras da minha mente e está condenado a ser esquecido logo após ser lido, tipo maldição do Faraó.
Sugestões, alguém?

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Revolta-me

É indecente que haja gente que se aproveite de associações de animais, que passam tantas dificuldades, para as assaltar e provocar prejuízos. Além disso, não contentes com tal acto, ainda foram torturar os cães indefesos que lá estavam.

Como nem sempre posso ser só alegria e piadas patetas, aqui vai um apelo: se puderem, ajudem a AFECTU, que precisa muito. Em nome dos animais indefesos. Obrigada.

Para saberem da história completa, clickem aqui.


segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Pensamento do Dia


"Uma miúda de dez anos fez anos e os seus pais pagaram à Paris Hilton 100 000 dólares para esta ir à festa de anos da filha, porque ela a admirava tanto.
Agora eu pergunto: em vez de pagar cem mil dólares para a Paris ir à festa da criança, porque não usar esse dinheiro para ajudá-la a obter a ajuda que ela tão desesperadamente necessita?"

Jay Leno

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Lastro


Estive a ler o blog da Filipa e gostei da expressão que ela usa num dos posts acerca daquilo que nos prende - lastro.

Nós gostamos de acumular lastro ao longo da vida. Coisas que nos prendem e nos impedem muitas vezes de olhar para a frente, segurando-nos a uma determinada coisa ou época. Um exemplo de lastro mais inofensivo será usarmos, aos cinquenta, o mesmo penteado que tínhamos aos vinte, como uma forma de revivermos e nos mantermos naquela época em que as coisas eram, para nós, fantásticas. Um exemplo mais grave seria querermos usar o mesmo soutien. A Cher, eu acho, usa os meninos com um terço da sua idade como forma de se recordar da sua juventude (e isto não é uma crítica, é uma dor de cotovelo, porque o meu orçamento não cobre a possibilidade de fazer aqueles esticões de pele todos quando chegar à idade "apropriada").

A pior forma de lastro será aquela que, em vez de nos dar uma inocente sensação de segurança, nos impede de evoluir. Resolvi fazer mais uma das minhas introspecções ocasionais e cheguei à conclusão que tenho demasiado lastro. Há coisas na minha vida que eu podia perfeitamente dispensar e mandar às urtigas, mas que muitas vezes não faço por uma questão de aperto mitral (leia-se "saudosimo à velha, medo de apagar e/ou destruir algo que depois vou querer rever, reler, relembrar"). Mas, como na vida só se cresce quando afastamos o que não interessa, eu, qual erva daninha, resolvi destruir algumas coisas que não são indispensáveis. Comecei pela internet. Deitei fora mails, limpei contas, fechei contas. Depois do aperto inicial, senti-me mais leve.

Às vezes prendemos a vida a coisas perfeitamente patetas e esquecemo-nos de olhar para a frente. Sugiro que façam o mesmo que eu e se livrem dos bibelots desinteressantes, maridos chatos, comidas que nos fazem borbulhas. Libertem-se!

(Se sentirem uma vontade incontrolável de dispensar a vossa conta bancária, por favor mandem-me um mail. Há certos lastros na vida que eu não me importo de receber pelos outros)

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Fiesa 2006

Este ano, tal como o passado, fui espreitar as esculturas de areia perto de Lagoa. Tirei resmas de fotos e vou partilhar as mais... uhm... pitorescas.

O tema era "Mitologias."

Um viking a curtir a sua no Valhalla

Eros e Psique

Um macaquinho deveras... desnudo

Um anjo com a bexiga cheia

"Continuas a mostrar fotos de índole duvidosa e zango-me a sério!"

(isto é o blog do gato metaleiro, era EVIDENTE que não ia aparecer o Menino Jesus, não é?)

Gata da Velha

Dado que este blog deve o seu nome aos gatos e metaladas, e dado que temos tido poucas metaladas ultimamente, cá venho compensar com gatos.


Esta menina apareceu numa cooperativa artística e bar chamado Velha-a-Branca, em Braga. Por lá ficou e foi adoptada por todos os clientes e funcionários, sendo carinhosamente apelidada de Gata da Velha.
É uma ternurinha, meiga como tudo, ronronante e brincalhona. Estas fotos vieram da altura em que ela esteve a passar umas feriazitas em minha casa (ok, pronto, é um eufemismo para "foi castrada e fez o pós-operatório em minha casa").



Como todas as histórias neste blog têm que ter um quê de irónico ou disparatado, deixo-vos com a seguinte informação: ela tinha um fungo. Não foi detectado, até que... mo passou a mim. Fiquei fungosa e às pintas, que maravilha.
Ainda estou a tratamento, pobre de mim. As minhas pintas mandam dizer que querem cá ficar. As pintas da gata já foram embora.

Sou uma vítima do Fungo Resistente!

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Papel higiénico


Como muitos saberão, a praia do Meco é conhecida pelos seus pirilaus ao léu e mamocas ao sol. Como poucos saberão, talvez, é um local de muita afluência chinesa, deleitando-se com a facilidade com que o português e portuguesa médios mostram as suas vergonhas (ou, dirão outros, orgulhos) naqueles locais cheios de areia, coisa que nunca acontece pelas bandas do Oriente - aliás, fiquem sabendo os menos informados que a chinesa comum tem o hábito de tomar banho de mar de fato-de-banho quase de gola alta e de t-shirt por cima, de preferência preta, não vá algum ser humano mais maldoso vislumbrar qualquer rasgo de anatomia menos próprio de ver a luz do dia. Ah pois.

Uma amiga da minha mãe tem uma casa de praia no Meco e, pitorescos à parte, as ditas habitações são tão susceptíveis de ser cobiçadas por pessoas menos bem intencionadas como quaisquer outras em locais, porventura, mais moralistas. O que é o mesmo que dizer que a casa da pobre senhora foi assaltada, vítima de mãozinhas alheias, coisa que lhe causou alguma consternação. A casa não era luxuosa, mas como até em qualquer habitação mais ranhosa hoje em dia, tinha um televisor, umas loiças, atoalhados, latas de conserva, garrafa de gás, enfim, coisas que todos precisamos quando estamos de férias mesmo num local onde a roupa não é um bem essencial.
A amiga da minha mãe lá lhe contou o sucedido, com voz indignada. Quem lhe pilhou a casa não teve grande lucro, disse, porque nada havia de especial a ser levado. O gatuno (ou gatunos) levou o televisor e outros pequenos electrodomésticos, algo pouco original para um homem da sua profissão, diríamos nós. Pois bem, engano! Este artista teve o seu pormenor lindo, a sua assinatura pessoal, a sua marca de Zorro: este artista, dentro de todas as coisas semi-caras que levou, tinha, no meio do rol de itens escolhidos e aproveitados...
...suspense...
...(sim, porque ainda ninguém adivinhou nem nada)...
...uma dúzia de rolos de PAPEL HIGIÉNICO!
Ladrão também limpa o cú!