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domingo, 13 de abril de 2008

Ganda camelo!

Aqui há uns dias, precisei de ir à Loja do Cidadão. Diz-me a experiência que a melhor é a das Laranjeiras, pelo que lá me pus a caminho.

Resolvidos os meus assuntos, dei meia volta e eis-me de volta à porta do Metro, pronta para descer para o subsolo. Vou confiante, uma empanadilha de atum no bucho.

Antes de entrar na estação, cometo o erro de olhar distraidamente para a colina à minha esquerda, e eis que...

...vislumbro um camelo.


Pisco os olhos. Um camelo? Um camelo, sim! Ali estão as duas inconfundíveis bossas, o pêlo, como manda a música, só não sei se o dito se chama Areias, mas é, decididamente, um camelo.

Páro, com um ar ainda mais aparvalhado do que o costume. Pelo sim, pelo não, resolvo piscar os olhos, não vá estar enganada. Se olhar para os lados, talvez a miragem desapareça.

Ok, o camelo continua lá. Não era miragem, ou se era, era uma teimosa.

Dois lamas.

Dois lamas?!

Dois lamas. No meio de Lisboa.

E, para se juntar à festa, três ou quatro antílopes. Tudo ali a passear-se, perto dos prédios vizinhos. Mas que raio.

Ah, e como este não é um blog de meia tigela, reparo que, afinal de contas, há mais que um camelo a passear-se pela colina, ali está o primo, e o tio. São TRÊS camelos. Vai-me cair o céu em cima.

Enquanto estou, feita parva, parada na rua a olhar para aquele monte de terra um pouco distante, a observar os animais, vão passando pessoas, que me olham como se eu é que fosse o camelo. Ou o lama. Antílope?

Mas que raio?! Teria eu tomado a medicação toda? A medicação certa? Estariam os deuses a pregar-me uma partida horrenda? Iria eu passar a ver camelos em todas as colinas de Lisboa? Elas são sete, estou tramada!

O que vale é que há almas caridosas sempre dispostas a dar-nos esperança nos momentos mais negros da nossa vida. Um homem, fofinho, olhou para mim, olhou para a colina, percebeu o meu drama, e apressou-se a explicar:

"São as traseiras do Jardim Zoológico..."

Ah.

Assobio, como se não fosse nada comigo, e enfio-me, literalmente, no maior buraco que ali foi escavado nos últimos anos, e desapareço nas entranhas da terra, ansiosa por ir ter a outro lugar qualquer. Bah.

sábado, 12 de abril de 2008

"É para adultos?"

Há algum tempo que não venho aqui dar um arzinho da minha graça. Não é que não tenha saudades minhas (claro que tenho, ora), mas tenho tido muito pouco tempo para dar largas aos dedos e escrevinhar patetices (sim, porque as asneiras, essas, vão saindo aos magotes desta cabeça, pena é que se percam para sempre na loucura do dia-a-dia. Snif!)

Contudo, um amigo meu colocou-me hoje uma questão que me fez vir aqui quebrar o jejum. Estávamos à converseta por e-mail, quando ele nota, no fim, que eu tinha um link para este blog. "O que é isso?" pergunta ele, "é para adultos?"

Ora... boa pergunta.

Realmente, e pensando bem, é uma óptima pergunta, porque eu própria, a master mind da coisa, não sei responder. Olha que surpresa.

Sendo assim, então, o que raio é este blog? Espaço catártico, talvez. Local de muitas, mas muitas mesmo, asneiras? Também. Sítio onde despejo o resultado da movimentação dos meus neuroniozinhos que, coitadinhos, só vão até aqui? Resposta positiva.

Digamos, então, que este blog é um compêndio de parvoíces e não falemos mais na coisa. Esta parte da discussão está resolvida. Vamos à próxima.

Este blog é para adultos?

Bem... a primeira coisa que me ocorre, quando penso em "conteúdo para adultos", é pensar em pornografia. Isto não é pornográfico (se pornografia fosse descrita como "estupidez galopante em forma de texto", isto seria a genitália-mor do mundo virtual. Bom, "mor" não diria, mas talvez um rabo. Jeitoso, mas um rabo.) Não apela à masturbação. Espero eu. Se calhar apela, às vezes, ao amor, mas isso nada tem a ver com pornografia (Nota: Estão a ver? Eu sou gaja e estou a distinguir sexo de amor! O mundo vai acabar.)

Então... é para adultos? As crianças mais pequenas estão excluídas do público, porque tens que saber atar os teus próprios sapatos para conseguires perceber que mais valia teres comprado atacadores novos do que estar aqui a perder tempo. Também convém que tenhas menos que 90 anos para aqui andar, ou eu terei que passar a ter um seguro anti-ataque cardíaco, e isso era chato para a minha bolsa.

Tens que ter, garantidamente, a capacidade de resistir ao stress, mais do que se fosses corretor de bolsa. Afinal de contas, a minha vida é repleta de peripécias altamente espectaculares e quem as lê fica, invariavelmente, incrivelmente emocionado. Pensado melhor, talvez tenha que subscrever um seguro anti-ataques cardíacos e de parvoíce galopante. Eia.

Vamos, então, conceder que isto é para pessoas e que, quando é para animais, é para animais que sabem ler, ou gostam das imagens coloridas que aqui coloco, que sabem atar os seus sapatos, dão arrotos, uns peidinhos ocasionais (acabei de excluir as tias todas da Linha) e costumam comer, pelo menos, uma refeição ao dia, para não desmaiarem enquanto aqui navegam.

Pronto, mistério resolvido. Este blog não serve para nada. Assunto encerrado. Obrigada aos leitores selectos pela atenção. Ah, e para aqueles que não sabem ler, coloquei uma imagem bonitinha para vos entreter. Tudo para vosso conforto.