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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O Restaurante Nepalês

Isto é um relato verdadeiro. Não me responsabilizo por eventuais traumas que possa causar. A gerência agradece.

Um amigo meu foi acometido por aquele sentido de aventura que corre nas veias de todo o lusitano decente e foi a um restaurante nepalês. Ir a um restaurante nepalês, quer-me parecer, indica que temos que ir preparados para ver a presença de comidas exóticas e impronunciáveis na ementa, como lentilhas cozidas em buracos de lama, ou iguarias afins.

Porém, nada, mas NADA o preparou para a bebida que ele viu na ementa nepalesa. O que seria? Leite de iaque aromatizado com tâmaras avinagradas?

Não... Sumo de laranja natural.

Mas então, o que há de exótico no sumo, perguntam-me vocês?

Só lendo...



Bebam por vossa conta e risco!

domingo, 20 de janeiro de 2008

As verdadeiras origens da ASAE


"Eh pah, não acredito."
"O que foi? O que se passa?"
"O Jota Cê está fulo da vida, olha para a cara dele."
"Então?"
"Não gostou que a refeição tivesse sido servida em pratos de barro, pediu o Livro de Reclamações!"
"Então o que queria ele? Louça Limoges?"
"Ele falou em plástico... diz que isso é que é progresso e higiene!"
"Ah, 'plástico', essa coisa que ele prega que vai existir no futuro... Estamos lixados, ele mais a sua mania das grandezas. O povo há-de sempre apreciar a simplicidade do barro, digo eu!"
"Nada disso. Ele já disse ao Judas para, quando escrever as suas memórias, referir uma coisa chamada ASAE, para no futuro ajudar alguns povos a aderir à moda..."
"Valha-nos Deus..."

sábado, 19 de janeiro de 2008

O cogumelo que veio do espaço



Esta maravilha bípede foi trocidada e agora faz parte da minha estrutura molecular, depois de ter participado numa sopa-maravilha. Tinha esperanças de a ver dançar sapateado antes de ser sacrificada, mas nada. Parece que não era desses cogumelos...

Paz à sua alma.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

...

...E não é que fugiram mesmo?

Se eu pedir agora mesmo uma fortuna imensa e incalculável, acham que os gnomos da sorte também ma dão?

Vou ali esperar deitada e já venho...

Momento paranóia

Estão, no momento em que escrevo isto, 15 pessoas a espreitar este blog.

FUJAM!!!

A Internet faz-me mal à cabeça, está visto.

Danny Cavanagh

Foi no passado dia 11 que Danny Cavanagh dos Anathema veio a Lisboa para um concerto intimista e acústico. Tudo o que tenha a ver com Anathema me faz cócegas na fibra musical, por isso senti-me como o Garfield em frente a uma tonelada de lasanha quando obtive um convite para ir ver o concerto de borla.


Para quem sabe do que falo, aqui ficam algumas imagens de um dos melhores momentos musicais da minha vida.





Gatos Metaleiros

É uma desgraça. Este blog, estupendamente intitulado "O Nicho do Gato Metaleiro", tem visto muito poucos gatos ultimamente. Ainda ofendo a Grande Deusa Gata e na próxima encarnação nasço rato! Não pode ser nada.


Cubro a minha cara com o véu da vergonha e redimo-me com uns momentos felídeos. Espero que apreciem.


O persa mais metaleiro que conheço.


"Sim, pah, é um urso, algum problema?!"

"Muahahahah, sou mau, sou o rei dos maus, estou em cima de um cão e ele nem pia!"

"A não ser que me estejas a prometer comida, não é com essas falinhas mansas que me convences a descer..."

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

GPS


Recebi um GPS pelo Natal. Finalmente, a minha mãe admitiu que me falta rumo e ofereceu-me uma coisinha para melhor me orientar por essas estradas fora. Cá fico à espera do génio que invente uma engenhoca semelhante para o cérebro também.

Um GPS, quer-me parecer, vai ser o próximo telemóvel. Que é, como quem diz, um daqueles objectos sem os quais vivemos descansadamente a vida toda, até o termos, e depois perguntamo-nos como pudémos sobreviver sem o dito.

Resolvi dar um saltinho a Sevilha para testar o modus operandi do novo brinquedo (ai, os sacrifícios que faço em nome dos fabricantes de tecnologia de ponta!) e descobri que, efectivamente, é muito mais fácil ter uma tipa a dizer-me onde e quando devo virar para chegar a um dado local. Contudo, vou confessar que me senti um pouco como um gajo que não gosta de pedir indicações e, ainda por cima, tem uma voz feminina a dizer-lhe por onde deve ir. Não tive aquela sensação de "sou mesmo inteligente, cheguei viva a este local que não faço ideia onde é, mas não é no fundo de um rio e só isso já me deixa louca de alegria." Foi, antes, uma sensação de conquista fácil, tipo engravidar indo ao banco de esperma em vez de arranjar um parceiro.

Ali estava aquele monitorzinho a mostrar-me a morfologia da estrada onde me encontrava (ainda bem, porque eu, olhando para a estrada, nunca saberia, oh potente máquina!) e, para quem é muito estúpido, lá tinha, a verde, a direcção para onde tinha que virar...

Mas não quero que pensem que não gosto do GPS. Adoro-o. Poupa-me o trabalho de pensar muito (olá Alzheimer precoce), não tenho que pedir indicações a quem sabe menos que eu e posso fazer boa figura em qualquer país da Europa Ocidental, seja de carro ou a pé.

Contudo, acho que faltam umas quantas funcionalidades à geringonça. Quer dizer, não é que faltem no sentido de serem indispensáveis, mas acho que podiam ser uma mais-valia para qualquer utilizador. Espero que esteja, algures, um fabricante de GPSs a ler este blog, porque aqui se seguem umas ideias que valem ouro:
  1. Se nos enganarmos, o GPS não devia ficar impávido e sereno. Deveria haver o modo "esposo" ou "esposa", para aqueles que viajam sozinhos mas têm necessidade de companhia, que nos gritasse, sempre que virássemos no local errado: "Mas és estúpida? Eu não te disse que era nesta rua? Avisei-te há QUINHENTOS metros, pelo amor dos santos! É sempre a mesma porcaria! Mas porque te deixo conduzir?!"
  2. Caso o GPS tenha a funcionalidade nº 1, sugiro que também seja à prova de choques.
  3. Sem nos avisar, o GPS devia obrigar-nos a fazer desvios só porque há ali, a uns meros 100kms, uma fontezinha milenar mesmo gira, mesmo que tenhamos deixado claro que temos pressa. Afinal de contas, quando morrermos, é este tipo de recordações que levamos para a cova.
  4. Se estivermos num troço de estrada particularmente difícil, o GPS devia obrigar-nos a fazer um Sudoku antes de nos dizer onde temos que ir a seguir. Uma vez mais, observar a funcionalidade nº 2.
  5. Se estivermos parados há mais que dois minutos no trânsito, o GPS devia cantar para nós. Sugiro a minha amiga Sónia como voz (por favor, observar MESMO a funcionalidade nº 2!)
  6. A fim de nos ajudar a enquadrar melhor nas culturas dos países visitados, a língua do GPS devia mudar para a do país onde estamos. Além disso, frases vernáculas deveriam ser acrescentadas, para nos imiscuírmos melhor com os habitantes locais.
  7. Dói-me a cabeça.

Eu sou uma pioneira e os anos dar-me-ão razão...

E, já agora, os fumos


Começou ontem a proibição de fumar em espaços fechados. Pessoalmente, não sendo fumadora, acho óptimo. Tanta gente a bradar aos céus que é um atentado à liberdade individual, mas santa paciência, então e a liberdade de quem escolhe não ter que tragar os bafos tabagísticos alheios?

Faço uma vénia a um entrevistado por um dos canais nacionais, a respeito desta temática num telejornal, que se saiu com esta pérola:

"Acho mal que se proíba, agora tenho que vir fumar cá para fora, perto dos escapes dos carros, é um atentado à saúde!"

Er... Só faltava que acrescentasse que isto é uma vergonha, o Estado a querer que fôssemos saudáveis, que horror. E eis que o senhor afirma, enojado, que qualquer dia o obrigam a fazer jogging...

Sr. Primeiro-Ministro, posso escolher quem beneficia dos meus impostos em cuidados de saúde? Ah... não posso? Então.... importa-se de criar o Ministério Vamos Dar Marretadas aos Acéfalos?

E um beijinho especial à menina que disse que era um disparate deixar de fumar nas discotecas, porque, afinal de contas, ela tem o direito de mandar uns fumos quando lhe apetecer, quem não quer levar com eles que não frequente discotecas, que vá mas é às raves.

Sr. Primeiro-Ministro, crie o famigerado Ministério, eu faço-me voluntária e distribuo uns tabefes de graça. Até lhes agradeço por me fornecerem material de blog tão fácil, só porque sou uma pessoa mesmo fixe. Não tem nada que agradecer, ora essa.

Dia dois de Janeiro


O ano começou há quase dois dias inteiros e dizem-me que é suposto estarmos todos excitados com isso. É a promessa de um novo início, dizem-me.

Eu cá não percebo o conceito da mudança de ano. Mudar de ano lembra-me que já nasci há uns quantos atrás e que não posso voltar atrás. Vivemos num país que se diz democrático, então porque raio não podemos referendar se mudamos de ano ou não? Proponho uma campanha de permanência de ano!
  1. Mudar de ano é uma seca. Lembra-nos que temos mais um aniversário a aproximar-se (esta ideia vender-se-ia especialmente bem junto daqueles que fazem anos na mesma altura que eu...)
  2. Não mudar de ano implica não envelhecer... (vamos fingir que isto tem uma lógica bestial e que é o mudar de ano que nos traz rugas e complicações)
  3. Não mudar de ano implica não pagar mais de portagem no regresso a casa do dia 1 de Janeiro, o pão não aumenta, nem a taxa de juro da habitação...
  4. Se mudar de ano é começar uma época cheia de promessas, então mudar de dia tem o mesmo efeito. Quero fogo-de-artifício e concertos todas as noites! "Bom dia 11 para 12 de Setembro!", gritariam os artistas no palco. Até podiam viver no palco, porque dali a 24 horas teriam que voltar a actuar...
  5. "Tenha um bom ano!" Que monte de tretas. Porque não desejamos uma boa década uns aos outros? Ou um bom período de duas horas e 45 minutos? Pff...
  6. Dói-me a cabeça.

Comecei bem o ano, diriam vocês. Eu pergunto: ano, que ano? Isto não é o autocarro para 2005?


Imagem: http://web.mit.edu/jeffa/www/fireworks%202005%20(14).jpg