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quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Balanço

Eu sei que é só ao fim do ano que se devem fazer os balanços da casa, mas este ano resolvi abrir uma excepção, relativamente ao peso da minha pessoa (sim, porque isto faz com que eu não veja quanto mais vou aumentar até ao ano novo, evitando depressões desagradáveis em estilo Bridget Jones).

Balanço da época de festas: 1,5kg ganhos.

Claro que os desgraçados foram todos direitinhos para o meu rabo... drama.

domingo, 24 de dezembro de 2006

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,
Todos os anos, os meninos e meninas escrevem-te uma cartinha a dizer-te que se portaram mesmo bem todo o ano e que és um velhinho fofinho. Balelas, como tu sabes - na verdade, essas crianças de todas as idades até podem ter sido uns estafermos o ano todo, mas negam-no; e, infelizmente, a parte em que te elogiam também não passa de uma forma de te dar graxa.
Como aqui n'O Nicho do Gato Metaleiro gostamos de ser honestos, aqui te envio uma cartinha diferente daquelas que costumas receber, certa de que me vais ficar agradecida por esta refrescante forma de ver o Natal e todas as coisas a ele (e a ti) associadas.
Ora bem, posto isto, quero-te dizer que, ao contrário de todos os outros meninos e meninas, eu posso dizer que nem sempre me portei bem. Claro que não vou entrar em pormenores (é tudo imensamente confidencial, compreenderás), mas quero-me redimir criando aqui uma wishlist de prendinhas para ti. Sim, porque acho que é injusto que sejas sempre o desgraçado que oferece tudo e não recebe quase nada em troca! Assim sendo, aqui segue a tal lista das coisas que gostava que recebesses e o porquê de tais escolhas:
  • Uma banda gástrica - eu sei, eu sei, é uma coisa invulgar, mas confessa que andas a ficar cada vez mais rechonchudinho, e isso, na tua idade, não pode ser saudável. Imagina tu que ficas preso numa chaminé! Era uma chatice... E com isto passo para o próximo item na minha lista;
  • Um equipamento de alpinista - andar a subir e descer chaminés pode ser uma tarefa dolorosa e um Pai Natal da vanguarda tem que ter o melhor dos equipamentos (sim, porque eu sei que tu nem sonhas em fazer batota e pedir aos elfos que façam o exercício todo por ti);
  • Lubrificante - para pôr na chaminé para deslizares melhor (e não ligues aos pensamentos impuros que os outros meninos e meninas possam ter tido ao ler isto);
  • Um extintor - a Mãe Natal já deve andar farta de te remendar os fundilhos das calças chamuscadas pelas lareiras acesas;
  • Comida vegetariana - os tradicionais biscoitos e o copo de leite podem ser charmosos, mas confessa lá que ao fim de algum tempo enjoam... para não mencionar a tal coisa de te alargar o bojo. Comidinha vegetariana era uma alternativa saudável e, se ficasses rabujento com a falta de açúcar, era da maneira que começavas a premiar as crianças bem-comportadas e a castigar as endiabradas com mais afinco;
  • Um equipamento sado-maso - sim, porque eu tenho a certeza que, por detrás desse ar angélico que tu tanto te esforças por mostrar, tens um lado mais malandreco. Aposto que tu e a Mãe Natal gostariam de ter uns acessórios para apimentar a vossa relação! (Sim, porque eu não acredito que um casamento tão longo aguente os restantes 350 dias do ano só com renas e neve e neve e renas...);
  • Um trenó de titânio - eu sei que a madeira é tradicional e tal, mas já é tempo de aderires às novas tecnologias. Afinal de contas, qualquer dia os amigos dos direitos dos animais vão-te bater à porta e exigir que deixes as renas em paz! Dá um descanso às coitadas e faz um upgrade ao teu material voador.
  • Um gestor de conta - eu sei que tu és altruísta e gostas de ver as crianças felizes, mas vê lá se um dia não entras em falência, da forma como isto anda...
  • Uns óculos novos - sei que esta prenda pode ser um bocado bota-de-elástico, mas eu sei de fonte segura que há crianças que ficam chateadas contigo depois de abrir as prendas, porque te pedem um foguetão e recebem um par de meias. Só posso chegar à conclusão que andas a ler mal os pedidos, não é? E, agora, por fim;
  • Um sistema GPS - não me leves a mal, velhote, mas a verdade é que não é com os obsoletos mapas que chegas lá! Tenho reparado que o teu mapa tem certas partes do planeta apagadas, como a África. Como tu não tens mariquices de racismos e politiquices parvas, sei que isso só se pode dever ao facto de teres um mapa de mil setecentos e troca-o-passo. Toca a começar a pensar nas crianças que não têm chaminé (e, pensando bem, c'os diabos, também se devia fazer uma lista de prendas tropicais para ti... e vacinas).

E pronto, Pai Natal, espero que não me leves a mal esta minha ousadia, mas acho que também mereces que pensem em ti nesta altura do ano, já que no resto do ano te tornas miragem. Faz umas boas viagens, não te esqueças de descansar e beber bastante chá quente, leva um casaco quentinho e elogia as tuas incansáveis renas!

(Ah, e por favor coloca caca de rena no sapatinho dos meninos que aumentam os impostos mas conduzem carros topo de gama... melhor, coloca a caca nos assentos dos carros. Obrigada.)

Com os melhores cumprimentos e votos de um Feliz Natal,

Leonor

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Simplex

Conhecem o Simplex? É a forma inteligentíssima e mágica que o nosso Governo arranjou para poupar trabalho burocrático ao utente dos Serviços Públicos e demais funcionários. Uma ideia linda, cheia de sumo, não fosse este nosso país um Portugal ligeiramente das Bananas (e toda a gente sabe que as bananas não dão sumo).

Aqui vai um exemplo, por mim vivido, para vosso gáudio.
(O que vale é que gosto da minha pátria, senão em vez de rir, chorava...)

EU: Bom dia, estou a telefonar para saber como posso fazer para ser voluntária/funcionária na vossa instituição.
OUTRO LADO: Isso não é neste número que tem que perguntar [este era o número para onde quem precisa dos referidos serviços liga]...
E: Sim, eu sei, peço desculpa, mas pedia-lhe que tivesse a gentileza de me encaminhar para o número apropriado, dado que o vosso cartaz não o indicava.
OL: [hesitando] Vou-lhe dar o contacto do Gabinete.
E: Grata.

(Ligo para o outro número)
E: Bom dia, estou a telefonar para saber como posso fazer para ser voluntária/funcionária na vossa instituição.
OL: [secamente] Isso não é aqui.
E: [suspirando e tentando ignorar a respiração enfadada da senhora no bocal do telefone] Importa-se de me encaminhar para o contacto apropriado?...
OL: Isso é com a Secretaria. Vou passar.
E: Obr... [interrompida pela musiquinha clássica institucional de espera]

(na Secretaria atendem, ao fim de cerca de 3 minutos de espera)
E: [sentindo-me um atendedor de chamadas] Bom dia, estou a telefonar para saber como posso fazer para ser voluntária/funcionária na vossa instituição.
OL: Isso não é aqui que tem que perguntar, tem que ligar para o atendimento!
E: Mas eu liguei para esse número primeiro e disseram-me que era aqui...
OL: Não não não, é mesmo lá, mas com o outro número que aparece no cartaz. Encaminho?
E: [proferindo impropérios mentalmente] Se fizer o favor...

(mais 3 ou 4 minutos de espera e a fatídica musiquinha)
E: [sem comentários...] Bom dia, estou a telefonar para saber como posso fazer para ser voluntária/funcionária na vossa instituição.
OL: Mas isso não é aqui, tem que ligar para o Gabinete.
E: Olhe, eu sei que isto não é problema seu, mas... [respiro fundo, para não causar má impressão com desabafos menos de boas famílias] NÃO me encaminhe para o Gabinete! Eu liguei para o número no vosso cartaz, de lá mandaram-me para o Gabinete, depois para a Secretaria, depois para aqui, e agora quer-me mandar de novo à estaca zero?!
OL: [hesitando e tentando soar institucional - ser funcionário público, mesmo voluntário, exige um certo perfil, obviamente] Mas este número não serve para o tipo de informações que deseja.
E: E a sua solução é mandar-me de novo para um local onde, dez minutos antes, me disseram ser o errado?
OL: [hesitando novamente] Importa-se de aguardar? Vou perguntar a alguém o que fazer.
E: [pensando o fantástico que é a hierarquia institucional] Com certeza...

(DEZ minutos depois, com aquela musiquinha que já se me entranhava nos poros)
OL: Olhe, desculpe, isto está demorado, importa-se de esperar mais um bocadinho?
E: [inspiro fundo e conto até dez muito depressa] Com certeza...

(mais cinco minutos depois)
OL: Vou-lhe dar um número, tem que ligar para lá a pedir informações, mas só para a semana, que a Dra agora não está.
E: [desejando saber qualquer coisa de Tantra, para ter aquela paciência milenar] Muito obrigada.

Tendo em conta que a última jovem que me atendeu conseguiu fazê-lo porque estaria a desempenhar as funções que eu almejo, eu pergunto: ela apareceu ali por obra e graça? É portadora do segredo do "como entrar num trabalho de voluntariado"? Tem medo que eu seja da Al-Qaeda?

Engº. Sócrates, ainda bem que nos é complicado ser voluntário neste país, caso contrário, já viu a quantidade de gente que se oferecia para ajudar? Seria o fim do mundo...


Pensamento do Dia

Diz a sabedoria popular que, quando alguém morre, também falece, "vai desta para melhor", "bate as botas", ou, entre tantas outras, a minha preferida, "deu o peido-mestre".

Agora que temos o Acordo de Bolonha a funcionar, não será de actualizar o dito para "deu o peido doutorado", a fim de continuar a dar um ar de finura ao acto de "ir para o jardim das tabuletas"?...

Adenda

Crianças, a minha fabulosa e maravilhosa colecção de livros Para Totós serve para eu ter meios simples de explicar aos clientes certas terminologias, não para eu aprender qualquer coisa, ESTÁ BEM?!

Só para esclarecer. Não quero depois ter clientes a exigir o dinheiro de volta por pensarem que, em vez das Farinhas Amparo, me saiu o curso nos Totós...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Acordei com uma campainha, mas contente!

Fui brutalmente acordada pelo carteiro hoje de manhã (pela campainha da porta, seus pervertidos), mas por uma óptima razão: chegaram os meus livros de psicologia para totós!

A ver:
  • Overcoming Anxiety For Dummies
  • Cognitive Behavioural Therapy For Dummies
  • Anxiety & Depression Workbook For Dummies

Agora vou poder devorar estes livros e ter uma data de ideias descomplicadas para ajudar os meus clientes (eu tenho uma certa tendência para complicar, os meus amigos que o digam...) Vou ser a melhor psicóloga do universo, quiçá, do mundo inteiro!

Falta-me, contudo, o Depression For Dummies. Eu faço anos a 3 de Janeiro...

Para saber mais acerca dos livros Para Totós, clique aqui.

(O mundo precisava mesmo de mais uma psicóloga a bater palminhas de contente por terem chegado livrinhos técnicos à sua portinha... e que escreve posts inúteis sobre isso)

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Dez boas razões...

...para não viver no Alasca:

  1. Não há espartilhos para eu usar ao contrário;
  2. Os ursos são amiguinhos, mas não dão concertos;
  3. Andar de trenó não é suficientemente "gótico" (se bem que, se andarmos o suficiente, o sofrimento comece a justificar o adjectivo);
  4. Pestanas coladas com gelo não me ficam lá muito bem como fashion statement;
  5. Idem aspas para a ranhoca que se pendura na ponta do nariz;
  6. Não há praias e, consequentemente, ninguém me vai azucrinar a paciência para eu me ir torrar ao sol;
  7. Roupa preta fica mal com o gelo;
  8. Ok, fiquei-me por sete más razões...
  9. Mais uma e arrumo a coisa...
  10. Voilá.

Acho que devia mudar o nome deste post para "exercício de futilidade"...

O que faz o ócio...


"Não achas que andas a abusar de chocolates?", perguntou a minha mãe...

Quem, eu?

(E devo confessar que os três sobreviventes não tiveram muito mais tempo de vida também... bonbom sofre no Natal)

domingo, 3 de dezembro de 2006

Esperteza...

Eu tenho um espartilho. Eu adoro o meu espartilho. Chamem-lhe fetiche, mas quando o uso tenho vontade de mexer na minha barriga imensas vezes!

Ora bem, mas o meu espartilho não eram só rosas. Feito de cabedal e com fivelas, aquilo aperta um nadinha e, como era novo, não me assentava ainda bem na anca, magoando-me nos ossos. Era uma questão de tempo, dizia eu, até o cabedal ceder e se moldar ao meu corpo... Dizia eu. Coisa que estava a tardar, já agora.

Pois bem, ontem, por engano, descobri que tenho andado a usar o espartilho ao contrário! Maravilha das maravilhas...

Às vezes é preciso assumir que nem sempre usamos os neurónios para o melhor... *suspiro*

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Feira de Artesanato

A quem possa interessar (que é, obviamente, a toda a gente, só porque eu quero), vai decorrer uma feira de artesanato na zona do Norte do país, onde vão estar as "minhas" meninas do artesanato cujo valor reverte a favor dos gatos que recolhemos.

É favor aparecer e adquirir pecinhas, que toda a juda é pouca! É uma ordem, obviamente, por isso quero ver toda a gente a fazer fila e ir admirar as coisinhas que lá vão estar...


Para verem o tipo de artesanato que vai estar por lá, cliquem aqui

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Matraquilhos

Em toda a minha vida, devo ter jogado aí umas quatro partidas de matraquilhos, número esse que, ontem à noite, se elevou para cinco, mas dado que teve jogadas múltiplas, tornei-me, como é natural, uma hábil profissional (da desgraça, obviamente).

Ora, é engraçado, porque nunca ninguém se tinha dado ao trabalho antes de me explicar que aquilo tinha ciência e matemática e coisas lógicas de cálculos complicados, pelo que o meu jogo se resumia a "tens a bola, agora tenta mandá-la para a frente e pimba, logo se vê o que acontece". Esta táctica ainda funcionou algumas vezes, fazendo-me sentir uma menina linda e imensamente bem sucedida na arte da bolinha na baliza alheia. Contudo!, (rufar de tambores, por favor) eis que aparece uma jovem simpática que se propôs a dar-me conta de alguns dos segredos do jogo! Isto foi positivo, porque agora até consigo dar uma retótica pseudo-entendida acerca da posição dos bonecos em relação à bola e coiso que tal, mas devo confessar que ter aprendido algo me estragou aquele fenómeno mágico que aflige todos aqueles que nada percebem de determinada coisa - a sorte de principiante. Depois de ter andado a tentar usar os meus recém-adquiridos conhecimentos, nunca mais fui a mesma. A bola encalhava. A bola fugia. A bola recusava-se a cair no buraco do adversário. Claro que isto nada teve a ver com o facto de eu ser naba, aquilo foi uma manifestação clara da ida inexorável do meu mojo.

Assim sendo, resolvi que, da próxima vez que eu jogar matraquilhos, terei que recorrer a tácticas utilizadas por uma amiga minha (Mia, saudades tuas!!!), sempre que o seu amado FCP joga, mas adaptadas à minha pessoa. Ora bem, então o meu plano é o seguinte:
  • vestir-me de preto;
  • ser do sexo feminino;
  • dizer que não sei jogar nada (para os deuses me devolverem o mojo);
  • proferir monosílabos ou vogais prolongadas - "aaaah" "eeeia" "eh pah!"
  • ter cabelo;
  • olhar imenso para a bola, esperando que ela se intimide e vá para o lado que eu quero, mesmo sem lhe tocar.

Estas são as minhas brilhantes tácticas. Aceitam-se mais propostas, que serão analisadas por meio neurónio (que ainda não voltou das férias) e depois o veredicto será proferido. Grata.

domingo, 19 de novembro de 2006

Que bonito... (resultado de um fim-de-semana chato...)

You Are a Visionary Soul

You are a curious person, always in a state of awareness.
Connected to all things spiritual, you are very connected to your soul.
You are wise and bright: able to reason and be reasonable.
Occasionally, you get quite depressed and have dark feelings.

You have great vision and can be very insightful.
In fact, you are often profound in a way that surprises yourself.
Visionary souls like you can be the best type of friend.
You are intuitive, understanding, sympathetic, and a good healer.

Souls you are most compatible with: Old Soul and Peacemaker Soul

Pergunta parva

Se o James Bond faz assim tanto sucesso com as mulheres, porque é que nunca o vemos receber um sms de uma mulher do passado dele a insultá-lo com um "nunca mais me telefonaste, seu porco desgraçado"?

sábado, 18 de novembro de 2006

Objecção (parva) de consciência

Pois é, a ler é que se cultivam as mentes, mas devo dizer que, por vezes, em vez de cultivo encontramos adubo orgânico...
Passo a explicar: a ler o Expresso da semana passada, dei com o artigo de opinião do Sr. António Pinto Leite (ou "dr.", não quero ofender nem deitar os parentes na lama - desculpe lá, Toninho), intitulada "Aborto e Objecção de Consciência". Confesso que revirei os olhos, porque artigos a respeito do famigerado referendo já me cansam, cada um puxa a brasa para a sua sardinha e não se chega a lado nenhum, mas já que paguei o jornal todo, leio-o todo, e lá resolvi ler.
Este artigo de opinião é, no mínimo, um exercício de patetice tremenda. Antes de mais, lê-se nas entrelinhas que o seu autor acha que, caso o "sim" prevaleça, toda e qualquer mulher vai imeditamente a correr engravidar só para poder experimentar os novos serviços de aborto, tipo o portuga que faz questão de ir ao novo Centro Comercial no dia da sua inauguração. "Sai um aborto e um pão com queijo, se faz favor!"
O Sr. Pinto Leite usa argumentos de índole claramente religiosa, mas ignorando o que a própria Bíblia entende como um ser humano; também ignora a interpretação da Lei. Contudo - e aqui entra a cereja no topo do bolo - para gáudio de todos nós, este senhor tem um momento de Luz Inspiradora e diz que "se o aborto for despenalizado, uma parte dos impostos dos portugueses será gasto nesta prática. Os cidadãos deviam poder fazer objecção de consciência ao destino dos seus impostos."
Ora aqui, confesso, tive que me calar e tirar o chapéu a este senhor. Ele merecia um prémio, descobriu uma fórmula mágica, o caminho para a felicidade! Pensem comigo: se eu passar a ter o direito de decidir o destino dos meus impostos por motivos de objecção de consciência, então a solução de felicidade é...
...sigam o meu raciocínio...
...fundar uma religião na qual o pagamento de impostos seja o caminho certo para destruirmos o nosso Kharma/sermos impedidos de entrar no Valhalla/Paraíso/Ilha do Verão (ou outra coisa que o valha, usem a imaginação).
"Peço desculpa, Sr. Sócrates, mas a minha religião proíbe o IRS, o Imposto Automóvel, a Contribuição Autárquica, o IVA, o IRC... Não vai querer que eu condene a minha alma, pois não?"
Tiro-lhe o chapéu, Sr. Pinto Leite! Posso-lhe oferecer um pãozinho com queijo?

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Rupestre de casa-de-banho

Conheço algumas pessoas que têm as ideias mais iluminadas sentadas naquela cadeirinha de cerâmica com um buraco no meio, enquanto se aliviam das suas demais flatulências e cargas superfluas. Embora não saibamos qual a relação entre o alívio escatológico e o lado direito do cérebro, acho que deveria haver um ser humano de espírito curioso que se deveria debruçar (não literalmente, espero) sobre este fascinante fenómeno.

As razões para a minha curiosidade prendem-se com o sempre maravilhoso panorama com que me deparo sempre que uso uma casa-de-banho pública: não há porta ou parede (ou mesmo um modesto porta-papel) que não seja, ocasionalmente, ornado de palavras deixadas pelas meninas que usam as ditas instalações.

Assim sendo, a minha pergunta é: que tipo de pessoa deixa coisas manuscritas nas casas-de-banho, e porquê?

Se não podemos dizer que uma madame nunca sofre de gazes, também não podemos dizer que não há madames que não andem de lápis em punho nos wcs, prontas a escrevinhar uma qualquer ideia luminosa. "A Bibá ê uma ordinâriaaaa!" ou "A Cinha ê uma forretaaaaa!" poderiam ser as suas mensagens.
Por outro lado, não nos podemos esqueces dos conteúdos amorosos ou geográficos, sempre tão populares: "a Ana ama o Manel" ou "Eu, Gertrudes, estive aqui no dia 5", como se deixar a sua marca numa casa-de-banho pública fosse a maneira mais imediata e bonita de se auto-validar, fazer aos outros ver que existimos, que amamos, que estivemos lá a deixar uma mijinha.
Ocasionalmente, somos supreendidas com os talentos para as artes gráficas das utilizadoras: desenhos que pretendem ser anatomicamente correctos daquilo que as abelhas fazem com as flores também podem dar um arzinho da sua graça - a artista mais ressaibiada pode, também, optar por deixar o telefone da ex-amiga que dormiu com o seu marido, deixando o recado de que ela está "disposta a tudo".
Claro que também podemos afirmar que isto é tudo em prol da leitura de retrete, as boas das moças não querem que passemos ali um tempo sem, ao menos, nos cultivarmos um pouco ao mesmo tempo.

Enfim, eu proponho é que, a bem do equilíbrio da ordem no mundo, se faça o seguinte: cada pessoa vai à sua respectiva área apropriada fazer as suas necessidades e, para efeitos de mensagens, vai à casa-de-banho do sexo oposto. Qual MSN de parede, as pessoas poderiam deixar ali as mais bonitas frases, certas que ali, sim, seriam lidas (gente desesperada há em todo o lado e sim, elas usam wcs...) Afinal de contas, não seria bem mais útil deixar o telefone da ex-amiga onde poderá ter, potencialmente, mais clientes? Isto é que sim, seria um útil golpe de marketing...

domingo, 12 de novembro de 2006

"Curriculum com foto"

Quando se procura um emprego, quer-se uma coisa que seja digna, que pague razoavelmente e que corresponda aos nossos sonhos e anseios (estes dois últimos factores, porém, bem mais utópicos). Estes critérios são, aos olhos da maioria das pessoas, razoáveis e normais.

Ultimamente, na minha demanda pessoal, em jornais e outros meios afins, tenho-me deparado cada vez mais com o pedido de envio de fotografia juntamente com o CV. Note-se que eu, apesar de ser um deslumbre de ser humano e dotada de inúmeros predicados, não me posso gabar de andar propriamente a pensar inscrever-me para um concurso de misses ou de estar a tentar a minha sorte como modelo de passerelle. Assim, o pedido de fotografia parece-me absurdo, um exercício de banalidade e voyeurismo de quem oferece o lugar, uma espécie de passo desnecessário em muitos casos - afinal de contas, se me estiver a propôr para um call center, no qual o cliente obviamente não me vê mas me ouve, não faria mais sentido pedirem para ouvir o aveludado da minha voz ou se, porventura, troco os "r" pelos "g"?

Qualquer dia, temos gente a pedir-nos fotos de corpo inteiro para trabalharmos na caravana dos cachorros-quentes da paróquia da terrinha, que sejamos capazes de escalar uma montanha em vinte minutos para trabalhar nas Finanças ou que cantemos uma ária de ópera para nos candidatarmos a soprar bolas de sabão no supermercado na época de Natal...

Tendo em conta que sou uma pessoa razoável e até gosto de seguir imensamente as regras, aqui vos mostro a fotografia que penso que mais me favorecerá, que estou a considerar colocar no meu CV.



Haja paciência...

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

"O gato comeu-me os trabalhos de casa..."

Já todos ouvimos, ou demos, esta famosa (e esfarrapada) desculpa quando éramos meninos e meninas pequeninos. Quer atribuíssemos as culpas ao cão, ao gato, ao papagaio ou ao Abominável Homem das Neves - ou, como eu fazia, sendo filha única, aplicando inteligentemente o argumento do "menino que acabou de passar por aqui", sabe-se lá de onde -, o que é certo é que esta desculpa era uma tentativa desesperada de mostrar uma inocência inexistente, ou de disfarçar uma preguiça irresistível.
Enfim, é daquelas coisas que remetemos para o passado e que nos dá vontade de rir, mas que não nos passa pela cabeça ouvir da boca de gente adulta (a não ser que esteja estupidamente alcoolizada, mas aí remetemos a redução de argumentos ao seu estado de morte constante de neurónios).

Contudo, meninos e meninas, eis que acontece um episódio equestre (ou equino, como lhe chamar?) a uma pessoa que me é próxima, que vos passo a relatar, e que faz pensar nestas coisas do insólito - truth is stranger than fiction e há coisas levadas da breca que realmente ocorrem nesta Terceira Dimensão que é o nosso país...

Passo a relatar: ia o jovem em questão a conduzir o seu veículo automóvel, quando foi acometido de uma necessidade de efectuar um telefonema. Tendo um bluetooth que lhe permitia fazer chamadas mãos-livres, ignorou a sua existência (ai, o menino mal-comportado!) e toca a ocupar uma mão com o objecto de telecomunicação.
Aquando da conversa, eis que repara num par de sujeitos a cavalo, na estrada, como quem ali está para passear o seu bobi em versão equestre - uns amigáveis senhores da Guarda Nacional Republicana. "Agentes da autoridade!" Numa fracção de segundo, o meu amigo atira o telemóvel para o chão do carro, fingindo que nada se passava e tal (e aqui ficava bem adicionar à trama uns assobios, como se vê nos desenhos animados. Vamos dizer que ele assobiou, mesmo sem saber se o fez. Fica giro.)
Deu-se a indomitável e fabulástica perseguição cavalo-carro, cheia de acção e suspense: homem com o pé no pedal, homens com os pés nos flancos. A golpe de apito, o jovem acabou por ser, nas suas palavras, "dominado" pelos polícias e encostou.
Segue-se cena de filme, o condutor a baixar o vidro do carro, o polícia montado no cavalo a aproximar-se e estacionar-se ao lado.
"O senhor ia a falar ao telemóvel?"
"Eu?", pergunta o visado, fingindo indignação. "Isso seria absurdo, dado que tenho um dispositivo bluetooth, não preciso de mexer no telemóvel." Achando que este seria o argumento fatal que terminaria a teima do GNR, certo que tal iria fazê-lo pensar que tivera uma alucinação, o condutor saca do objecto em questão e mostra-o, glorioso, ao polícia, mão fora da janela do carro.

O cavalo olhou para aquilo e, parecendo-lhe bem, comeu-lhe o bluetooth.

O jovem, ainda atónito pelo súbito desaparecimento da coisa que tinha na mão, só conseguiu perguntar ao polícia um "e agora?", ao que este responde "olhe, agora lamento imenso" (ao invés de nos emocionar com um "olhe, espere umas horas e pode ser que o veja de novo, se tiver coragem e espírito explorador").

Enfim, a coisa ficou-se por ali. Nem multa, nem bluetooth. O condutor nem quis anotar o nome do equino em questão, para lhe exigir uma restituição do objecto comido sem dó nem piedade, apenas se foi embora com a ideia que aquilo teria sido das coisas mais bizarras a acontecer-lhe na vida. Bizarro sim, cómico, muito!

E, assim, aqui fica uma nova sugestão de desculpa a dar, substituindo a antiguinha e obsoleta, que nem sequer faz menção às novas tecnologias...

domingo, 29 de outubro de 2006

Argh!

Alguém me explica como pude eu andar uns dias toda desgraçada, convencidíssima que ia ter uma gripe daquelas que matam até o sentido de humor, com dores, calores e ardores...
...para depois ter ido parar ao Algarve e não ter rigorosamente mais nada?

Será alergia à capital?
Oh não, não me digam que a menopausa chegou mais cedo!

(Por sorte, salvem-se as honras do convento com algumas indisposições estomacais ontem, pelo menos sempre me posso queixar e lamuriar ao pé da minha mãe... afinal de contas, viagem a casa da mamã nada vale se não for aproveitada para chantagear uns mimos!)

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Um abraço roxo!

Todos gostamos de ser abraçados com carinho de vez em quando por aquelas pessoas que nos são especiais. Por mais que não admitamos, há qualquer coisa de fabulosa em ser espremidos como se o apocalipse estivesse ali ao virar da esquina, isto é, com afinco, com fervor, com vontade.

Assim sendo, aqui envio um abracinho roxo a todas aquelas pessoas especiais a quem gostaria de abraçar neste momento mas não posso por várias razões, sejam geográficas, sejam por pudor (ou mau feitio metaleiro).

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Comida fecunda...

Hoje, na minha passeata pelas ruas de Lisboa à procura de artigos para o lar (ena, que isto soa tão... doméstico), deparei-me com um antigo ex-libris da cidade remodelado: aquilo que era um famoso cinema pornográfico (à semelhança do Gold Center de Braga, esse marco histórico nortenho) é agora... um restaurante indiano.

Como comentou a pessoa que passeava comigo: "chiça, quem não ia lá comer era eu... ainda engravidava! E, tendo em conta que sou homem, é grave."

E, sem saber, o jovem terá descoberto mais uma janela de oportunidade para quem gostaria de ir a um banco de esperma! Vá ao indiano...

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Tomem lá um vampiro

Para fazer juz ao nome deste blog, aqui temos uma fotografia do Igas em pose vampiresca. A foto está desfocada não porque a tirei mal, mas sim porque um gato-vampiro nunca aparece no espelho e desfoca a objectiva. Obviamente.



Ah, e antes que se questionem, a parte metaleira da fotografia é o sonho que o Igas está a ter - ele sonha com Opeth... a dar-lhe uma latinha com sabor a pescada.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Bricando, brincando...


...já se passou mais de um ano que tenho este blog. Foram mais de doze meses de disparates, um manancial de opiniões patetas discorridos num superlativo que contemplou mais que 365 dias, uma festa de neurónios psicóticos em plena acção fervilhante! Parabéns a mim!

Se eu tivesse aqui um queque e uma velinha, cantava os parabéns a você ao meu pobre cérebro.

Daqui a um ano vemos que mais coisas tontas acumulei. Espero ter mais gatos e mais metaladas. Aguardem-me!

Ah, e já agora, um obrigado aos meninos e meninas lindos que cá vêm espreitar e dar um arzinho da sua graça, eu gosto.

Bolo em http://www.apieceofcake.com.au/

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Quatro dedos mais infeliz

Fui ao cabeleireiro na Terça. Pedi à cabeleireira para me cortar dois dedos de cabelo, e claro que, sendo fiel à sua profissão, ela me cortou QUATRO dedos de cabelo. "Agora é que ele vai começar a crescer", disse ela. Pois claro. Olhei hoje-me ao espelho e claro que já reparei que o cabelo está imensamente mais comprido, até mete impressão... hmph.

Ainda Anita?

Alguém se lembra da Anita, essa personagem adorável que preenchia o imaginário de muitas meninas pequeninas com as suas aventuras impressas em livro? Pois bem, a menina faz hoje anos, uma impressionável meia centena!

Cinquenta anos... é caso para dizer que a Anita já tem categoria para ser considerada, por muitos, uma Anona...

domingo, 17 de setembro de 2006

Pensamento do dia

(referindo-se a uma estátua religiosa mostrando Cristo a ser elevado - ou deitado - por uns anjos):
"e aqui vemos Jesus a ressuscitar ao fim de sete dias"

José Hermano Saraiva

O mistério adensa-se

Assim que terminei de escrever o post acerca do livro que estou a ler (ver dois posts abaixo), continuei a minha leitura do dito cujo. Para mal dos meus pecados, bastou virar, literalmente, a página para verificar que, afinal de contas, também me lembrava de ler aquele capítulo, já quase no fim... o que quer dizer que as minhas teorias anteriores são uma grande treta e eu sou uma desgraçada com Alzheimer precoce.

Ou isto me enche de alegria ou me deprime seriamente. Ainda não decidi.



(Pelo menos, continua a minha convicção que sou uma teimosa do caraças e que nunca deixo um livro a meio...)

Que fartura!

Observem o meu jantar de ontem.


Como podem verificar, as lulas recheadas eram enormérrimas, aquilo encheu-me o estômago de uma forma descomunal, de tal forma que... fui comer de novo duas horas depois.

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Sou um poço de virtudes...

You are Strenght (Tarot card)

You Are Strength

You represent both fiery energy and steadfast will.
You are innocent and naive - yet unafraid and undaunted.
Perhaps you don't have the most powerful physical strength...
But your mental powers make up for any amount of muscle.

Your fortune:

Lately, you have been a pillar of ethics and moral strength.
And while things may be difficult, your faith in yourself will come through.
You may need to conquer the animalistic nature of yourself or others, with gentle force.
Although this may seem like the darkest hour for you, victory is near.

O fim do mistério?

Lembram-se do livro que estava a reler e cujo conteúdo era um mistério? Pois bem, mistério resolvido: aparentemente, eu nunca cheguei a ler o livro até ao fim, porque me aborreceu de morte...

Agora temos um novo mistério: então porque carga d'águas se imprimiu na minha mente que:
a) o tinha lido até ao fim e;
b) o tinha achado bestial?

A minha vida pulula de mistérios assombrosos. Vou já a correr elaborar a minha auto-biografia.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Have a Nice Day

Vou começar pelo mais importante: eu prezo o meu sono de beleza. Quando não o tenho, fico rabujenta, o mundo desaba e as pessoas excessivamente alegres tornam-se alvos a abater. Ora bem, é com neste estado de espírito que escrevo, porque dormi, esta linda noite, duas míseras e pobres horas. Continuem a ler, que eu quero partilhar convosco um vislumbre do meu dia.
Meia-noite. Começou o dia 13 de Setembro. Ainda não tenho sono, mas isso não é demasiado problemático, embora tenha uma consulta de estética às 11h e vá ter que acordar uma hora antes para me despachar a tempo. Mas tudo bem, desde que durma um mínimo de sete horas, o sol ainda brilha...
Uma da manhã. Começo a ter algum cansaço, começo a pensar em dormir. Arremato umas pontas soltas do que estou a fazer e, é 1h30, apago a luz para entrar no mundo dos sonhos.
Uma e trinta e cinco.
Dez para as duas.
Duas e um quarto.
Bem, estou cansada e não consigo dormir. Para ajudar, sempre que me descontraio o suficiente e acho que até vou dormir, oiço o ar condicionado do vizinho a disparar a um ritmo de cinco minutos de cada vez a cada quarto de hora. Isto promete. Dou umas voltas na cama e, felizmente, o cansaço é demasiado para sequer considerar desejar ao vizinho uma caganeira.
Ligo a televisão e vejo uma série qualquer na televisão, uma coisa divertida com um detective obsessivo-compulsivo. Para mal dos meus pecados, reparo que, apesar de estar cansada, consigo tecer comentários mentais e fazer críticas ao episódio. Isto está mau.
Acaba a série, desligo o televisor e nova tentativa para adormecer.
Três da manhã.
Três e um quarto.
O ar condicionado continua de turbina ligada a intervalos mais ou menos regulares. Oh, sim, que emoção.
Tenho sono! Quero dormir!
Quatro e dez.
Quatro e meia. Apre, que estou a começar a ficar irritada. Tenho que acordar às dez, não posso recuperar o sono perdido dormindo até mais tarde. Penso, com dor de alma, como será quando tiver um emprego de horas normais e tiver que acordar cedo todos os dias.
Um bocadinho depois, sinto uma leve sonolência. Jáo não tenho que lutar contra a almofada, o lençol, o colchão, o ar condicionado! Adormeço... Felicidade!
Duas horas depois, acordo com o meu gato mais velho a vomitar debaixo da minha cama. Deixem-me explicar melhor: a vomitar no chão de madeira não tratado do meu quarto, no qual não posso passar uma esfregona! Corro para a cozinha, vou buscar papel absorvente e tiro aquela massa - bolas de pêlo - do chão. Pronto, salvei o chão e... perdi o sono.
Fico na cama. O meu quarto cheira a domicílio de caloiro em dias de Queima. Nham. Entretanto, os meus gatos resolvem raspar desalmadamente o chão para "tapar" o cheiro, mas claro que ingloriamente. Já não tenho turbina de a/c, tenho raspar de unha de gato.
Respiro fundo...
Fico na cama até a minha mãe se levantar, passam das sete. Falo com ela, resmungo com a vida, viro-me no colchão que parece desconfortável e traidor.
Acabo por ir comer alguma coisa. De bucho mais cheio, lá me vem o sono. Durmo 45 minutos e liga-se o despertador. Dor! Fico enjoada, tonta, com vómitos. Desmarco a ida à esteticista, não consigo sair de casa.
Entretanto, não durmo mais. Não consigo.
Tenho umas epifanias. Coisas de artesanatos e tal, que quero pôr em prática. O que vale é que isto ainda me vai dando para ter ideias...
Quando finalmente saio de casa, está cinzento e feio. O sol não tem o desplante de sorrir. Acho muito bem!
Recebo uma encomenda que esperava. Tinha um papel que me interessava muito lá dentro, que ficou dobrado por causa do palerma do carteiro. Se pudesse, naquele instante, tinha-o fulminado com napalm.
Vou aos correios, pedem-me quase 40€ para autenticar dois papelinhos. Como?! Também os fulminava com napalm.
Eu juro, mas eu juro, que se até à meia-noite, que é quando este maldito dia 13 acaba, se alguém me deseja um bom dia, eu... eu... eu...
...ainda choro.
E desculpem lá se não vos desejo um bom dia, mas se dormiram mais meia hora sequer que eu, então tiveram um dia fantástico.
E claro que, se eu tivesse conseguido fazer o ulpload da imagem que queria para ilustrar isto tudo, era sinal que a vida era boa demais...

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Antes e Depois

Como também tenho direito a ter nostalgias, aqui vão duas fotos em que estou eu e o Bruno, para verem as diferenças (e gozarem comigo, sim, sim, eu sei).

Esta é de 2001:


Esta de 2006:



Agora podem rir à vontade. Obrigada.

domingo, 3 de setembro de 2006

As novas Sete Maravilhas do Mundo


Toda a gente sabe da existência das Sete Maravilhas do Mundo. De todas as classificadas como tal, apenas uma se mantém de pé, sendo o desaparecimento das restantes considerado como uma grande perda para o património da Humanidade.

Pois bem, um génio resolveu criar uma nova lista de maravilhas possíves, as mesmas foram votadas e restringidas a apenas sete, e agora essas estão a votos.

Portugal foi o país escolhido para apresentar as novas Sete Maravilhas do Mundo. A data de revelação das mesmas será a 07/07/07, e de entre a lista de candidatos, estão o Taj-Mahal e o Cristo-Rei do Rio de Janeiro.

O nosso belo país mostrou-se uma escolha ideal, segundo o organizador do evento, tendo em conta que não tem nenhuma maravilha no rol, tornando-se assim território neutro.

Pois aqui eu começo a discordar... Não tem nenhuma maravilha? Então e EU?!

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Oferta de emprego

Deambulava eu pelos sites de ofertas de emprego, quando me deparo com esta pérola:

"Seleccionamos Menina/Senhora com muito boa apresentação, solteira, disponivel para viajar, Oferecemos boa remuneração, prémios, viagens, favor enviar cv com foto por email : ag1@netcabo.pt - mencionar Ref#Sec-Admn."

Alguma candidata?

(Não, eu não me posso candidatar, afinal de contas, sou deficiente na área da "muito boa apresentação"...)

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

sms

Não sei se isto é um fenómeno comum, mas eu costumo lembrar-me melhor dos sonhos que tive na noite anterior quando deito a cabeça na almofada na noite seguinte. Da mesma forma, as coisas que me sucedem imediatamente após o meu despertar ficam em stand-by imensas vezes na minha caixinha mental de memórias até à mesma hora do dia seguinte...

Pois bem, pelos vistos tive ontem ao acordar um acontecimento interessante que obliterei da mente até hoje de manhã. Eu tenho tido a mania de ligar o telemóvel apenas à hora do almoço, mas ontem resolvi fazê-lo assim que acordei, vá-se lá saber porquê. Assim que o liguei, veio a musiquinha irritante da Nokia e o esperado silêncio, pelo que coloquei a cabeça de novo na almofada e, por breves segundos, as minhas ideias deslizaram novamente para o mundo onírico. Contudo, sou despertada por um desagradável som de mensagem recebida, um bip bip sem qualquer tipo de cerimónia, que interrompe as cogitações flutuantes e agradáveis que estava a ter e que sabem tão bem (sabem a preguiça, esse néctar).

Vou a espreitar a mensagem e reparo que não conheço o número. Leio o seu conteúdo, ainda sob influência do sono. Dizia qualquer coisa como "obrigado por teres estado lá, foste uma fofinha, beijos" Apaguei a mensagem a seguir, ainda confusa. Era um agradecimento pelo quê, exactamente?
Ora eu sei que estive "lá", eu estou sempre em algum lado, é a maldição de se estar vivo, uma pessoa ocupa sempre espaço algures. Também sei que sou uma fofinha, muito obrigada, mas desta vez é porque estou, misteriosamente, num "lá" qualquer. É porreiro quando reparamos que somos maravilhosos simplesmente porque respiramos e não estamos em decomposição algures por aí. E recebi beijos, o que também é agradável, desde que não seja de uma tia cheia de baton e nem precisei de bater pestana para o merecer, apenas tive que existir.

A mensagem não era para mim, suponho. Mas que se lixe, fui eu que a recebi, finder's keeper's, sou fofinha só por isso, existo, mereço beijos, e mais nada. Ena, o que um(a) desconhecido(a) faz pelo nosso ego, ainda para mais, logo pela manhã! Obrigadinha, pah. Outra dose de fofice para ti, quem quer que sejas.

E que giro que o afagar de ego tenha tido um efeito retardado de 24h, ein?

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Supresa...

Quem diria, ein?...

Your Ideal Pet is a Cat

You're both aloof, introverted, and moody.
And your friends secretly wish that you were declawed!

Terapia

Ando a ler o Therapy do David Lodge. Comprei um pacote de três livros dele por 14€ na FNAC, fiquei toda contente quando vi esta promoção, como boa viciada em livros (e compras) que sou.
Já tinha lido o Therapy em português há uns anos atrás, por duas vezes, mas achei que não faria mal nenhum dar-lhe uma espreitadela na diagonal para relembrar tudo, ainda para mais, tendo em conta que a história tem a ver com um homem que anda - como bem indica o título - num processo terapêutico, o que sempre me dava material para concordar ou mandar vir com o Sr. Lodge, tipo jogo de futebol - "está mal, pah, devia ter sido assado e não assim!"
Pois bem, mistério dos mistérios, não me lembro de rigorosamente nada do conteúdo do livro. Coisa estranha, bizarra, quase impossível! Eu recordo-me sempre de qualquer coisa, nem que seja para dizer que é uma porcaria. Ler é assimilar, afinal de contas. Mas esta obra assemelha-se à virgem nervosa na sua noite de núpcias, só que a desgraçada tem amnésia e não se lembra que fez cirurgia reconstrutiva das partes íntimas e isto afinal não é novidade nenhuma...
Assim, cá vou lendo, capítulo a capítulo, as coisas relatadas, e aqui e ali lá surgem coisas das quais me recordo, mas nem por isso consigo antecipar o que está para a frente. Tendo em conta que esta é a terceira vez com que me deparo com esta obra, há que dizer que quem começa a achar que precisa de terapia sou eu, ou de uma lobotomia.
Se calhar o livro é a metáfora da vida. Podes passar por determinada circunstância nefasta mais que uma vez, mas isso não te impede de repetir a asneira uma e outra vez caso necessário, porque nunca te lembras e não aprendes? Ou então, que a vida, muito simplesmente, nos causa amnésia? Ou que isto tudo é como um prato de feijoada, pode provocar gases mas comemos sempre uma pratada porque obliteramos as dores abdominais da nossa mente? Ou...
...ou se calhar este livro tem o condão de se afundar nas partes obscuras da minha mente e está condenado a ser esquecido logo após ser lido, tipo maldição do Faraó.
Sugestões, alguém?

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Revolta-me

É indecente que haja gente que se aproveite de associações de animais, que passam tantas dificuldades, para as assaltar e provocar prejuízos. Além disso, não contentes com tal acto, ainda foram torturar os cães indefesos que lá estavam.

Como nem sempre posso ser só alegria e piadas patetas, aqui vai um apelo: se puderem, ajudem a AFECTU, que precisa muito. Em nome dos animais indefesos. Obrigada.

Para saberem da história completa, clickem aqui.


segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Pensamento do Dia


"Uma miúda de dez anos fez anos e os seus pais pagaram à Paris Hilton 100 000 dólares para esta ir à festa de anos da filha, porque ela a admirava tanto.
Agora eu pergunto: em vez de pagar cem mil dólares para a Paris ir à festa da criança, porque não usar esse dinheiro para ajudá-la a obter a ajuda que ela tão desesperadamente necessita?"

Jay Leno

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Lastro


Estive a ler o blog da Filipa e gostei da expressão que ela usa num dos posts acerca daquilo que nos prende - lastro.

Nós gostamos de acumular lastro ao longo da vida. Coisas que nos prendem e nos impedem muitas vezes de olhar para a frente, segurando-nos a uma determinada coisa ou época. Um exemplo de lastro mais inofensivo será usarmos, aos cinquenta, o mesmo penteado que tínhamos aos vinte, como uma forma de revivermos e nos mantermos naquela época em que as coisas eram, para nós, fantásticas. Um exemplo mais grave seria querermos usar o mesmo soutien. A Cher, eu acho, usa os meninos com um terço da sua idade como forma de se recordar da sua juventude (e isto não é uma crítica, é uma dor de cotovelo, porque o meu orçamento não cobre a possibilidade de fazer aqueles esticões de pele todos quando chegar à idade "apropriada").

A pior forma de lastro será aquela que, em vez de nos dar uma inocente sensação de segurança, nos impede de evoluir. Resolvi fazer mais uma das minhas introspecções ocasionais e cheguei à conclusão que tenho demasiado lastro. Há coisas na minha vida que eu podia perfeitamente dispensar e mandar às urtigas, mas que muitas vezes não faço por uma questão de aperto mitral (leia-se "saudosimo à velha, medo de apagar e/ou destruir algo que depois vou querer rever, reler, relembrar"). Mas, como na vida só se cresce quando afastamos o que não interessa, eu, qual erva daninha, resolvi destruir algumas coisas que não são indispensáveis. Comecei pela internet. Deitei fora mails, limpei contas, fechei contas. Depois do aperto inicial, senti-me mais leve.

Às vezes prendemos a vida a coisas perfeitamente patetas e esquecemo-nos de olhar para a frente. Sugiro que façam o mesmo que eu e se livrem dos bibelots desinteressantes, maridos chatos, comidas que nos fazem borbulhas. Libertem-se!

(Se sentirem uma vontade incontrolável de dispensar a vossa conta bancária, por favor mandem-me um mail. Há certos lastros na vida que eu não me importo de receber pelos outros)

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Fiesa 2006

Este ano, tal como o passado, fui espreitar as esculturas de areia perto de Lagoa. Tirei resmas de fotos e vou partilhar as mais... uhm... pitorescas.

O tema era "Mitologias."

Um viking a curtir a sua no Valhalla

Eros e Psique

Um macaquinho deveras... desnudo

Um anjo com a bexiga cheia

"Continuas a mostrar fotos de índole duvidosa e zango-me a sério!"

(isto é o blog do gato metaleiro, era EVIDENTE que não ia aparecer o Menino Jesus, não é?)

Gata da Velha

Dado que este blog deve o seu nome aos gatos e metaladas, e dado que temos tido poucas metaladas ultimamente, cá venho compensar com gatos.


Esta menina apareceu numa cooperativa artística e bar chamado Velha-a-Branca, em Braga. Por lá ficou e foi adoptada por todos os clientes e funcionários, sendo carinhosamente apelidada de Gata da Velha.
É uma ternurinha, meiga como tudo, ronronante e brincalhona. Estas fotos vieram da altura em que ela esteve a passar umas feriazitas em minha casa (ok, pronto, é um eufemismo para "foi castrada e fez o pós-operatório em minha casa").



Como todas as histórias neste blog têm que ter um quê de irónico ou disparatado, deixo-vos com a seguinte informação: ela tinha um fungo. Não foi detectado, até que... mo passou a mim. Fiquei fungosa e às pintas, que maravilha.
Ainda estou a tratamento, pobre de mim. As minhas pintas mandam dizer que querem cá ficar. As pintas da gata já foram embora.

Sou uma vítima do Fungo Resistente!

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Papel higiénico


Como muitos saberão, a praia do Meco é conhecida pelos seus pirilaus ao léu e mamocas ao sol. Como poucos saberão, talvez, é um local de muita afluência chinesa, deleitando-se com a facilidade com que o português e portuguesa médios mostram as suas vergonhas (ou, dirão outros, orgulhos) naqueles locais cheios de areia, coisa que nunca acontece pelas bandas do Oriente - aliás, fiquem sabendo os menos informados que a chinesa comum tem o hábito de tomar banho de mar de fato-de-banho quase de gola alta e de t-shirt por cima, de preferência preta, não vá algum ser humano mais maldoso vislumbrar qualquer rasgo de anatomia menos próprio de ver a luz do dia. Ah pois.

Uma amiga da minha mãe tem uma casa de praia no Meco e, pitorescos à parte, as ditas habitações são tão susceptíveis de ser cobiçadas por pessoas menos bem intencionadas como quaisquer outras em locais, porventura, mais moralistas. O que é o mesmo que dizer que a casa da pobre senhora foi assaltada, vítima de mãozinhas alheias, coisa que lhe causou alguma consternação. A casa não era luxuosa, mas como até em qualquer habitação mais ranhosa hoje em dia, tinha um televisor, umas loiças, atoalhados, latas de conserva, garrafa de gás, enfim, coisas que todos precisamos quando estamos de férias mesmo num local onde a roupa não é um bem essencial.
A amiga da minha mãe lá lhe contou o sucedido, com voz indignada. Quem lhe pilhou a casa não teve grande lucro, disse, porque nada havia de especial a ser levado. O gatuno (ou gatunos) levou o televisor e outros pequenos electrodomésticos, algo pouco original para um homem da sua profissão, diríamos nós. Pois bem, engano! Este artista teve o seu pormenor lindo, a sua assinatura pessoal, a sua marca de Zorro: este artista, dentro de todas as coisas semi-caras que levou, tinha, no meio do rol de itens escolhidos e aproveitados...
...suspense...
...(sim, porque ainda ninguém adivinhou nem nada)...
...uma dúzia de rolos de PAPEL HIGIÉNICO!
Ladrão também limpa o cú!

domingo, 30 de julho de 2006

Calças, esse drama infinito

Aqui há uns dias decidi que precisava de roupa. Sabem, aqueles instintos primários que costumam dar de quando em vez às fêmeas, como se de uma questão de sobrevivência se tratasse. Enfim, sentindo o apelo à roupagem extra, lá parti em busca de um item que se me tinha aflorado à mente durante sonhos - umas calças abaixo do joelho.
(Aqui, quem me conhece, já deve estar a remexer as facas na cozinha à procura de um cutelo bem afiado, porque calças como as descritas foi coisa que eu sempre disse nunca, jamais em tempo algum, pensar sequer em usar. Pronto, olhem, mudei de ideias. Ao menos, regalem-se, tinham que ser pretas e não cor-de-rosa. Ainda não me rendi à dita cuja cor desmaiada e pateta.)
Lá parti, rumo ao meu destino óbvio, um centro comercial. Pus os olhos nas montras, qual predadora esfomeada, à procura do objecto dos meus desejos. E, pasmem-se, vi o que queria! As calças ornavam as pernas de um manequim de plástico, por baixo de uma saia de ganga com grandes parecenças com um cinto mais ou menos grande. Entrei na loja.
Escolhi o meu nº (34) e entrei nos provadores. De início pareceu-me que ia ter problemas, as calças pareciam não me servir, mas depois lá se vergaram à minha insistência e pof, vesti-as. Ficavam benzinho. Ficavam mais ou menos. Ficavam mal. Ficavam até aos tornozelos! Raios partam.
Saí da loja com um sentimento de missão não cumprida que ainda me aumentou mais as ganas de comprar o raio das calças. Estava em modo sanguinário e não ia deixar desaparecer a presa! Rumo à próxima montra.
O que vale é que a moda tem destas coisas interessantes, todas as lojas querem ser diferentes e tal umas das outras, mas têm sempre o mesmo tipo de porcarias. Que bom. Entrei na Zara e, supresa!, encontrei o que procurava! Ala para os provadores. Experimento as calças e... adivinhem: sim, ficava pelos tornozelos...
Decidida a não desanimar e, tendo em conta que os tornozelos já eram uma melhoria em relação à experiência anterior, arquitectei um plano, resultado de uma epifania. Ora acompanhem o meu raciocínio: quero calças; encontro-as; não me servem aqui, vou ali: não me servem, mas estão melhor; o defeito tem que ser das lojas e não meu; ok, admitamos, a secção de criança deve ter o que procuro. *suspiro*
Pedi a uma menina da secção de crianças umas calças como eu queria. Ela nem pestanejou com o meu pedido, o que me deu alento para continuar. Deu-me um par para jovens dos 11 aos 13 anos de idade. Perfeito, pensei, umas calças que combinam com a minha idade mental. Provadores comigo.
Não me serviam! Eram, pasmem-se, demasiado LARGAS. Há direito?! Fui buscar outras, para crianças dos 9 aos 11 anos, só para tirar as teimas. Desta vez quem se pasmou fui eu: serviam-me perfeitamente...
Engoli o orgulho e comprei o raio da peça de roupa, como quem não quer a coisa. Confesso que andei a ler o rosto da funcionária que recebeu o dinheiro, para ver se notava algum resquício de escárnio, mas nada. Acho que trepava o balcão e... e... fazia birra como uma menina de 9 ou 11 anos.
Mas pronto, moral da história? Sou uma alta e espadaúda mulher cujas enormes proporções físicas fazem invejar Giselles e Claudias e Naomis. Tenho dito. Ah, e reparem que fui esperta e não me referi à Kate, que essa deve-me fazer concorrência, não em altura, que a desgraçada é mais alta que eu, mas pelo menos em peso... Drama.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

"Como Perder Peso Num Abrir e Fechar de Pernas"

Título sugestivo, não é? Antes que chovam propostas menos puras ao meu e-mail, aviso já que o dito não é da minha autoria. Na verdade, trata-se de um livro recentemente editado, no qual sugere que a melhor forma de perder peso é, não num ginásio, mas a ter relações sexuais.
Sexo passou a ser uma actividade física com o objectivo de tonificar músculos, estirar abdominais, exercitar a função respiratória...? Mas caramba, então já não bastava que o cérebro complicado e multipistas das mulheres se ocupassem com a iminência da novela dali a meia hora, se as crianças vão entrar pelo quarto adentro de rompante, na roupa que ainda falta meter na máquina... ainda têm que pensar nas calorias que perdem com esta e aquela posição? Medo! E se isto pega também nos homens, porventura, também poderá ser giro:
-Estás a gostar, querida?
-Sim, pelas minhas contas, estou a perder 200 kcal a cada meia hora! Continua!
-Se te virares dois graus para oriente e puseres a perna para estibordo, poderás maximizar isso para 256 kcal...
-Ai é? Anda lá então, seu inútil, toca a mudar! Dá-lhe e nada de preguiças!
Ah, e convenhamos que, tendo em conta que isto foi escrito por um homem, aqui temos a bela da teoria da conspiração: "Já que a minha Maria está sempre com dores de cabeça e se recusa a ter relações, vou mas é apelar à sua mania das gorduras e ter todo o sexo que quero! Sou um génio." Ah pois.
Eu até vos mostrava a capa do raio do livro, mas o blogspot está, uma vez mais, a ser sacana comigo e nada de fazer o upload da imagem. Hmph. Mas, para os mais diligentes, é só fazer uma pesquisa Google com o título tal como está neste post e verão. Enjoy!
E, agora fora de brincadeiras e metendo a minha colherada de psicóloga: já pensaram na quantidade de anorécticas que vão ler avidamente este livro e começar a ter relações, só porque estas ajudam a perder peso?
Estou é a ficar velha para me deparar com estas publicações... é o que é.

terça-feira, 11 de julho de 2006

Zidane

Bem, não sou grande fã de futebol, começo logo por dizer isto. Mas gosto de apreciar os jogos da nossa Selecção, porque tenho este orgulho nacional tão tipicamente lusitano - já que somos uma merda a tudo o resto, ao menos que sejamos bons de bola.
Assisti ao jogo de Portugal contra a França de nervos em franja. A minha mãezinha conheceu uma nova faceta da filha, uma herdeira que manda vir com a t.v., amaldiçoa o árbitro e deseja um ataque de tripas aos adversários. Ah, e bebe cerveja (ESTA parte é que lhe fez esbugalhar os olhos, haha!)
Quando Portugal perdeu, comecei a achar que o desarranjo intestinal deveria ter sido dirigido aos tugas, mas depois meti a mão na consciência e decidi que até nos tínhamos debatido bem e, pronto, o árbitro é que devia arder nos infernos pelo maldito livre. Ah, e que o Zidane era um sacana de um belo jogador e ainda bem que ia terminar a carreira em breve, xungoso de um raio.
Gostei da atitude do argelino quando o jogo acabou. Nada de inglesisses*, apenas um abraço ao Figo e uma troca de camisolas bonita e decente. Também tiveram a decência de ficar felizes pela vitória sem nos gozar pela perda, algo que eu suspeito que também não será uma inglesisse (mas nunca saberemos, haha!)
Enfim, o homem teve uma atitude digna de capitão de equipa, veterano. Foi bonito.
Depois lá vem o jogo contra a Itália e vemos um Zidane novamente catita e bom jogador, que faz as suas caretas quando falha o golo, mas (aparentemente) mais nada. Até que... Bem, todos teremos visto a cabeçada que ele deu ao italiano, qual touro enraivecido. Lá caiu tudo em cima do homem, como se toda a sua carreira se resumisse àquele momento e ele fosse o Demo encarnado. Gente, vamos lá a pensar duas vezes...
  • Todas as histórias têm duas versões. Não sabemos o que a vítima lhe disse momentos antes de levar com aquela cabeçorra careca em cheio no peito, portanto tenhamos a decência de pensar que aquilo tudo também pode ter tido alguma provocação. O que não desculpa o acto, mas atenua-o um nadinha de nada.
  • O jogador levou a justa punição pelo seu acto. Levou o vermelho e saiu do relvado, uma forma pouco digna de acabar uma vida de futebol. Caso encerrado, afinal de contas, não vai poder ser castigado com ausência de participação em futuros jogos... Se a FIFA o quiser multar, nada tenho contra!
  • A carreira do Zidane teve momentos bonitos, vamos a admitir. Até ganhou o título de melhor jogador mais que uma vez... O homem não andou pelos campos a dar marradas em tudo o que tivesse calções, chuteiras e uma cor diferente da sua, vamos lá a ver...

Enfim, só quero dizer que sim, foi um acto infeliz, mas não lhe crucifiquemos a carreira toda por uma história que tem mais que se lhe diga, decerto... Eu também não desejei a morte ao Rooney por ser um paspalho de um hooligan.

E pronto, tenho dito. Ena, o meu primeiro post sobre futebol! Até parece que percebo alguma coisa do assunto...


*- vocês sabem do que eu estou a falar... também as podemos chamar de Rooneyzices e tal...

E... maldito blogspot, que não me deixa colocar aqui uma foto!

sábado, 8 de julho de 2006

Uma casa, uma torradeira, um chuveiro em ouro

Hoje cometi o erro de ter o televisor ligado enquanto estava a ler. Não ficou ligado por razão nenhuma em especial, apenas estava ali, esquecido, a fazer um barulho de fundo que não me aquecia nem arrefecia.
Pois bem, eu aqueci (ou arrefeci, o que quer que seja pior) quando, a meio da narrativa empolgante de coisas obscuras e medonhas oiço uma musiquinha daquelas que insultam a inteligência ao mais básico dos seres humanos, aquelas melodias que se entranham nos neurónios e não se vão embora nem que cantemos o Zé Cabra aos berros...
Não sei o nome da tipa que canta (mas confesso que o meu demónio pessoal da maledicência sussurrou que tinha todo o ar de mulher que sobe na vida na horizontal), nem o nome da música, mas suspeito que tenha um nome tão inspirado quanto a letra que a compõe. Falemos da letra, que se equipara a um Toy ou Barry Manillow nos seus piores dias.
As palavras proferidas pela jovem resumiam-se em exclamar que queria uma casa, electrodomésticos, cortinas e tudo o mais que adornam uma habitação, bem como um gajo para acompanhar a parafernália toda. Sim, porque a menina não quer ficar sozinha na sua casinha, a pobre.
Sinceramente, o que faz uma mulher criar uma música destas, e porque raio toca ela na televisão?! Há realmente quem se sinta solidário com o drama da cantora? Há quem vá às lágrimas com o facto de a menina não ter moradia própria e aspirar rechear a mesma? Sobretudo, quem raio é que achou que escrever sobre isso era vendável, e PORQUE RAIO O É?!
Acho que me vou pôr a escrever sobre os meus dramas pessoais, arranjar uma menina de ar subnutrido e desamparado, loira q.b. e que até saiba trautear umas coisinhas e vender o pacote todo. Vou escrever sobre o pó que se acumula e não me apetece limpar, o horror de ter de mudar os lençóis à cama, o drama das panelas que não se lavam sozinhas...
Olhem, acabo de me dar conta que é o advento de um novo tipo de pop: a pop doméstica!
Vou já dedicar-me a esta mina de ouro...

terça-feira, 4 de julho de 2006

Pensamento do dia

Se uma mulher residente na Coina conhecer um homem residente na Picha...
...será amor à primeira vista?

terça-feira, 20 de junho de 2006

Caganêra

O tema de hoje são as diarreias, simplesmente porque um dia me pus a pensar na utilidade delas e da mania que os portugueses têm de meter rolhas nos ditos quando têm uma.

A sociedade de hoje em dia gosta de tudo asséptico, desinfectado nos mais recônditos nichos e, de preferência, a cheirar a lavanda. Se há um cantinho da nossa vida que não é esfregado com Sonasol, lá vem a consciência gritar-nos dentro da nossa cabeça que está mal e que temos que corrigir essa falha o mais brevemente possível.
O mesmo se passa com as diarreias ou, como diz o Zé Povinho (e agora, por associação, a Leonor), as caganeiras. Mal vem um movimento intestinal mais aguado ou anémico e póf, lá anda o pobre humano a correr para a farmácia e comprar comprimidos para tamponar o dilúvio aromático. Isto claro, depois de ter feito a providencial corrida à retrete.
Depois dos comprimidos, temos a dieta. Ele é torradinhas sem manteiga, nada de fibras, chazinho e outros líquidos coloridos, fora com as gorduras... E acho que acabei de inventar a desculpa ideal para a mulher que deseja fazer uma dieta e ninguém se compadece dela: em vez de dizer que quer reduzir os presuntos, diz simplesmente que tem uma grande diarreia! Aqui têm o argumento socialmente aceitável.
Por mim, confesso que, cada vez que tenho uma, não só não tomo nada, como enfardo tudo o que me apetece à mesma. O meu lema é "isto há-de passar, ou se não passar, que me desfaça toda, mas feliz". A não ser, claro, que esteja em casa da minha mãe, na qual faço um choradinho enorme acerca do meu infortúnio de interiores orgânicos, para ela ficar cheia de pena minha e me levar chazinho e torradas (com manteiga, que eu não sou parva) à cama, porque eu mereço e estou a sofrer muito...
E pronto, aqui vai o meu pensamento acerca das diarreias. Espero que ninguém tenha lido isto à hora da refeição.
E tinha uma imagem toda gira para acompanhar este post, altamente ilustrativo, mas bem me lixei, que o Blogspot resolveu boicotar a minha ambição. Dor. Mas não de barriga, só de ego.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Tempestade


Eu sei que haverá quem esteja a resmungar por lá fora chover e trovejar. Sei que haverá quem maldiga o facto de ter escolhido ter férias nesta altura e não pode ir passear à vontade. Sei que haverá quem escolheu ignorar a fúria dos elementos e foi meter-se num centro comercial.

Por mim, resolvi optar por ver a Natureza a alimentar a terra, a refrescar o ambiente e fazer um estardalhaço porque está contente por existir...

(imagem: http://studyabroad.msu.edu/photocontest/05_winners/honor_mentions/images/AUSTRALIA%20-%20Storm%20in%20Bondi%20-%20Matt%20Morris_jpg.jpg)

terça-feira, 13 de junho de 2006

Pôr a minhoca de molho

Nunca percebi o fascínio dos homens pela pesca. Parece que há um elemento deveras másculo em meter a minhoca de molho e esperar que o peixe morda, toda aquela expectativa, toda aquela pachorra...
Os homens vão em grupo pescar e, o mais giro de tudo, é que ficam lá eternidades sem trocar uma palavra. Assim sendo, porque raio vão em grupo? Será uma espécie de male bonding um nadinha pervertida? Mistério...
Também os vemos a dormitar nos barquitos, enquanto esperam que o peixe morda. Usam a desculpa de que não se pode falar para não afugentar a presa e aproveitam... Ora bem, nisto eu confesso que tenho uma ligeira dor de cotovelo, porque adorava poder fazer sonecas a toda a hora e chamar-lhe desporto!
Bem, acabo por entender porque raio é uma actividade masculina. Afinal de contas, conseguem imaginar mulheres típicas a pescar?
"Ai, que barco tão lindo, Sofia! Ficava bem melhor era noutras cores, que estas acabam por ser um bocado agressivas..."
"Realmente, Maria, precisava de umas demãozinhas... Talvez num verde que combine com a Natureza? Ou um azul como o lago? Eu li algures numa revista de lavores a cor ideal..."
"Por falar em revista, não achas que o anzol ficava muito mais fashion com uns rendilhados na ponta? Assim, como as alças do soutien da Merche Romero!"
"Ai, e viste, como ela estava no outro dia? Tinha uma madeixa de cabelo fora do sítio, que horror!"
"Pois... olha, olha, acho que um peixe acabou de morder! Iuhu, peixe! Anda cá que ficavas mesmo bem com aquele molho que eu vi no outro programa da t.v.!"
"Oh, Sofia, fugiu... Não percebo, estamos aqui há uns bons 5 minutos e nem uma mordidela de jeito... Tens aí o televisor portátil? Está na hora da novela..."
Sinceramente, estar horas e horas a contemplar o mar e esperar, ao mesmo tempo que sou fustigada pelo vento e, eventualmente, frio, que o raio do peixe morda o isco, era tortura. Primeiro, ia ter pena do isco, depois ia ter pena do peixe e, por último, ia ter pena de mim mesma por não poder falar aquele tempo todo, apanhar frio e nem sequer saber se ia ter um bicho do mar para a próxima refeição...
Enfim, é caso para dizer que pôr a minhoca de molho é coisa de gajo!

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Tenham um bom resto de dia...

Aqui vai uma coisinha para vos alegrar o resto do dia. Eu sei que sorri!

Cliquem aqui.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Um demónio, eu?

You scored as You are a Demon. There's no nice way of saying it. You're a demon. And you like it that way! You are often called a pyromaniac and keep matches or a lighter on you at all times. Your idea of fun is poking those poor damned souls with your pitch fork. Just be careful you don't get burned in all your fun!!

You are a Demon

83%

Vampire

67%

You are a Vampiric Elf!

58%

Black Witch

8%

Fallen Angel

8%

What creature of the night are you you most like? (Pics!!)
created with QuizFarm.com

terça-feira, 30 de maio de 2006

Mas quem é que manda aqui, hein?

No outro dia, estava eu calmamente (ahahah!) a conduzir por Faro, quando me acontece isto: vou ter a uma rua onde, no cruzamento, apenas posso virar para a direita ou para a esquerda, sendo que ao condutor que venha de frente para mim também tem de obedecer à mesma regra.

Ok, até aqui nada de especial, nem digno de relato neste magnífico blog. Continuem a ler, que já chegamos ao resto.

Então, dizia eu, estava no cruzamento. Preparava-me para virar à direita, quando um carro de matrícula francesa com um casal de velhotes aparece à minha frente. O condutor olha para os lados e, fazendo-se de ingnóbil - ou gajo que não é de cá e o resto tanto faz - e prepara-se para entrar na minha rua. Não só se prepara como o faz, metendo o seu Renault azul pela minha faixa, descontraidamente.

Pronto, pensei, o gajo já é entradote, está noutra terra, vou ser simpática e dizer-lhe que se enganou. Apitei e fiz um ar de "oh amigo, mas julga que está na sua casa? Isto, lá por ser Portugal, também tem regras! Por aqui não passa!"
Claro que ele defecou prontamente na minha advertência, depois de fazer um gesto amplo de agradecimento. "Obrigada, sua portuguesa estúpida, mas eu sei o que faço. Allez, allez!" E lá seguiu ele pela rua, em sentido proibido.

Depois apareceu outro lusitano, este pedestre, que fez a mesma advertência, naquele espírito de entre-ajuda tão nosso. O homem agradeceu e, defencando novamente nos avisos, meteu-se numa rua obscura qualquer que para lá havia, desaparecendo da minha vista.

Em mim cresceram todos os sentimentos de revolta e mais alguns. Quer dizer, aparece por aqui um gajo com matrícula estrangeira, que é sempre sinónimo, para um português, que é um ser mais civilizado que nós, para fazer porcaria na nossa bela terra? Mas onde é que vamos parar? Aqui mandamos nós, pah, nós respeitamos os sentidos proibidos! Que desplante...
(E, enquanto vocifero isso na minha cabeça, vou a outra rua onde vejo outro carro de matrícula francesa a estacionar num lugar onde é proibidíssimo... fiquei ainda melhor, claro.)

Entretanto, refiro aqui que a minha incursão por aquela parte da cidade tinha um propósito, que era o de comprar um bilhete de autocarro para um amigo.
Assim, ainda resmungando entre dentes, falando contra os erros dos estrangeiros e do quão cumpridores somos por cá, lá estacionei o carro em local ultra proibido, liguei os quatro piscas e fui, calmamente, ao terminal dos autocarros comprar o raio do bilhete.

Ah pois, que aqui nós é que mandamos! Nem mais.

Interregno

Bip bip. Anúncio importante.

Crianças, voltei. Depois de uns dias de desintoxicação nética por vontade própria (leia-se "a minha net pifou e andei sem poder navegar durante uns dias, desesperadamente"), estou de volta.

A insanidade continuará a partir de hoje de novo. Obrigada.

Bip bip. Fim de anúncio.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Pensamento do dia

Filha: "Apetecia-me comer caracóis." (voz de gozo:) "Não queres comer uns também?"
Mãe: "Não obrigada. Não como cornudos."

Contra factos não há argumentos...

segunda-feira, 15 de maio de 2006

O drama do Calipo de ananás


Como todo o bom português sabe, todos os anos, a indústria da gelataria resolve, qual ícone de moda reluzente, ditar quais os gelados que se devem comer, os que são chiques e in e os que saem da linha de produção por estarem out.
Nesta ordem de ideias, já tivemos os cones que representavam os sete pecados mortais cristãos, tivemos uns palitos frutados ligeiramente anémicos, uns copinhos dietéticos... tudo edições limitadas e ultra-especiais de corrida. No outro extremo destes ditames, temos os eternos resistentes, quais Chanel nº5, como, no caso da Olá, o Magnum disto e daquilo.

Aqui há uns 3 anos, ditava a moda Olá Primavera/Verão que os Calipos ainda prestavam e eram aprazíveis nas bocas dos meninos e meninas sedentos. A evidente questão fálica nem sequer vai ser aqui referida com muito pormenor, mas digamos que muito indivíduo do sexo masculino se virava para ver as meninas a sugarem com afinco aqueles pauzinhos de água açucarada e colorida... O mais popular parecia ser o de morango, mistério dos mistérios quanto às razões disto, mas assim era.

Enfim, sem saber muito bem porquê, o raio dos Calipos foram sofrendo umas baixas indecentes, pouco a pouco, tipo vítimas de um serial killer gelado. O de frutos tropicais desapareceu e eu nem choraminguei muito. O de limão foi-se e eu não resmunguei demasiado. No entanto, quando foi o caso do Calipo de ananás, aí a coisa mudou de figura de forma dramática: eu berrei, eu bradei aos céus, eu maldisse a minha vida, atirei-me ao chão, bati no peito e pedi aos santos e demónios que ressuscitassem o meu pauzinho gelado*.

Ao partilhar este drama com o meu colega de infortúnio bloguístico (leia-se "colaborador"), o desgraçado também se sentiu tentado a bater no peito de saudade... não fosse o facto de nunca ter tido conhecimento que o dito cujo Calipo tinha alguma vez existido. No entanto, ficou-lhe na alma a vontade, o vazio incontestável, que ele jurou colmatar indo a correr congelar um Compal de Ananás de imediato. Mas drama, a coisa não sabe ao mesmo!

Assim, a dor lá está, pelo menos nos corações de dois seres de sanidade duvidosa, e nós queremos que o Calipo de ananás ressuscite, qual Frankenstein glorioso, e engrosse a fileira da moda gelateira deste Verão! Para o efeito, estamos a pensar fazer rituais ao Quarto Minguante, cheios de piche e penas nos pés, para subornar os deuses dos gelados, queremos gritar em tirolês o Hino ao Ananás, queremos esculpir totens em nome do gelado falecido, queremos... pronto vocês têm uma ideia.

Quem se junta a nós nesta luta?!


(*- sim, sim, eu sei que isto pode parecer outra coisa aos olhos do leitor mais conspurcado... um conselho ao mesmo: vá lavar os olhos com sabão! Hmph...)

(imagem: http://lokura.blogia.com/upload/20051027184059-calippo-jpg)

domingo, 14 de maio de 2006

Pensamento do dia

Quando te deitas toda contente porque o cansaço é tanto que nem vais sentir-te incomodada com o barulho infernal vindo do recinto do Enterro da Gata (a queima das fitas bracarense), que te martela a paciência mesmo aqui ao lado...

...lembra-te que esse sorriso se te pode ser retirado com a mesma rapidez às 6h, 7h20 e 9h10 da manhã com a queca dos vizinhos de cima.

Ah, coelhos!!


(imagem: http://www.duncancumming.co.uk/photos/rabbits.jpg)

Será?...

Andei o dia em limpezas. Decidi dar uma arrumação à minha despensa, e acreditem que foi uma espécie de Indiana Jones e o Assalto à Arca Perdida (ou lá como se chama o raio do filme). Para resumir o intensíssimo drama, posso dizer que já vou no quarto saco de lixo, e a coisa não tem ares de abrandar nos próximos minutos... Vou precisar de uma grua para tirar a porcaria toda que cá anda!
O que vale é que ainda nada se mexeu nem me saudou em língua alienígena, fazendo-me pensar que, por mais que deixemos a porcaria acumular-se, não há meios de ela se transfigurar numa forma de vida inteligente. Ora bolas, e eu que pensava que ia ter musgo a dançar o can-can e ofertar-me com músicas de cabaret marciano. Estou desiludida.
Desencantei coisas giras da despensa, que nem imaginei existirem nesta casa. Não vos vou aborrecer de morte com uma descrição detalhada desses itens, mas creio que é importante referir um que, pela sua natureza, me fez pensar muito: um papel com instruções de uma bomba para retirar leite materno!
Tendo em conta que os meus filhos não foram por mim paridos e não tenho conhecimento de a barriga da minha ex-colega de apartamento ter tido ocupantes extra, eu pergunto:
- Será que a minha casa me está a querer mandar alguma mensagem subliminar?!

quinta-feira, 11 de maio de 2006

O Bolinho da Sorte

"Se roçares tomates em WCs públicos, aceita os fungos com naturalidade"

segunda-feira, 8 de maio de 2006

De vez em quando...


...lá me dá para ser um nadinha poética e suspirar e tal. Por isso, aqui vai uma ode inspiradíssima em nome destas coisas boas todas:

  • os fins de tarde soalheiros;
  • os passarinhos a fazer piu-piu à minha janela (e não estou a dormir);
  • os ronrons dos meus meninos lindos, sempre meiguinhos e sempre amiguinhos;
  • uma almofada confortável;
  • um urso de peluche (metaleiro, muito metaleiro!);
  • boa música de fundo;
  • um jantar-surpresa preparado por um(a) amigo/a, sem mais nem porquê;
  • respirar fundo e deixar os segundos passar, sem stresses.

Por tudo isto... olhem, até vale a pena andar por cá!

(E onde está a ode? Boa pergunta. Aliás, onde está o que quer que seja?)

(imagem: http://www.williamjosephgallery.com/images/Artworks/Tuttle.jpg/Tuttle%20Japanese%20Garden%20Spring%20Bridge%202%20Portland%20OR%20NW%20USA%2096x4.JPG)

domingo, 7 de maio de 2006

Comunicado à Nação

Gostava de por este meio desmentir o anterior comentário. Eu de facto, ao contrário do que foi aqui afirmado, não existo. De resto, nem gosto muito de Camus. Acho-o um pouco deprimente, e não existindo, deixo-o irritado porque lhe frustro anos de trabalho filosófico.

Tenho Dito.

Estão a ver?!

Aqui se prova que o meu "colaborador-mistério" existe e não é, como juraram algumas pessoas mal intencionadas, um produto da minha fértil imaginação (e para a pessoa que apostou que ele seria uma das vozes na minha cabeça, aqui vai: toma, toma! Nha nha nha! - As minhas vozes recusam-se a escrever para o blog, estão em greve até o Calipo de ananás voltar ao mercado).

E mai nada. Ora tomem lá e levem com mediocridade a dobrar! Nós devíamos era receber um susbsídio estatal por moldarmos as jovens mentes de amanhã (e de hoje à tarde)...

Breves apresentações

Acho que, uma semana depois de ter sido feito com toda a pompa e circunstância que se impõe (afinal, é de mim que falamos...), o anuncio solene da minha primeira vinda a este espaço, convinha, para dar a estes espaços informáticos o toque semi sagrado de que tanto precisam, fazer seguir a anunciação com a visitação, e subsequente revelação. Não se preocupem, não vou mostrar partes mais impúdicas. Apenas me vou apresentar, em tons tão breves quanto possiveis. É domingo, os que não estão de ressaca estão a moer o cozido à portuguesa dos fins de semana, com o mesmo efeito, e vão ter tempo de sobra para se aborrecer até às lágrimas com o que vou escrever aqui. Assim, faço desconto de amigo, na vã tentativa de vos enganar pensando que esta ideia de colaboração nem é assim tão má como isso. Aqui vai:


Olá (comecei bem, com a simplicidade dos clássicos. Convenhamos, neste mundo em que tudo tem a sua etiqueta social, e em que até um cumprimento pode servir para marcar e estereotipar uma pessoa - A jeito de prova, um "Então q'rida, como está, passou bem, aaah está muito mais magra, tem que me dizer o seu segredo" é tão distintivo da posição social quanto um "Ora viva, então venha de lá um bacalhau!"- o simples "Olá" tem o gratificante condão de se manter misericordiosamente neutro). O meu nome é Tiago e não sou um alcoólico. Alcoólicos, afinal de contas, são aqueles que vão a reuniões, e no que me toca as únicas reuniões a que vou são as de familia (precisamente, para comer do tal cozido, ou outra refeição similar cujo bom paladar só se equipara aos efeitos nefastos tanto a estômago como a camada de ozono. Para bom entendedor...). Estou aqui a convite da senhora dona Leonor, para, de quando em vez polvilhar o seu Blog com umas pitadas de pura mediocridade. Estivemos a pensar, e achámos que isto estava a ficar muito culto, evoluido, introspectivo e intelectual. Ou nem tanto. Mas já houve aqui direito à critíca gratuita e não solicitada, sinal inconfundível de que se está a fazer alguma coisa bem. Seja como for, havia que descer o nível, e por isso, aqui estou eu, para dar razão aos criticos.


E descer o nivel é o que farei. Mas com classe. Nos tempos em que a minha capacidade hibernadora (alguns chamar-lhe-iam preguiça, mas que entendem eles?) me permitir dar aqui uns ares da minha graça, pretendo educar-vos e confidenciar-vos os meus mais intimos pensamentos sobre coisas tão pertinentes e importantes como Pornografia* ( colocado em primeiro, e em destaque mesmo já para vender, tipo jornal 24 horas), pinguins, e tudo o mais que possa provar que a liberdade de expressão não é assim tão boa como isso, se deixam alguem como eu ter um espaço para dizer o que me vai na real gana.

Enfim, o melhor disto é que se correr mal, a culpa é da Leonor. Toda dela. Senão vejamos, foi ela quem deu a ideia e foi ela que, como psicóloga, não avaliou os perigos de me dar voz pública. Queixem-se a ela.

*- A gerência adverte que o conteúdo deste tema pode não corresponder às expectativas dos mais rebarbados. Acreditem, eu sei. Sou do mais rebarbado que existe, e fiquei deveras desiludido com o resultado das minhas ideias. O minimo que poderia ter feito era pôr algumas fotos de maminhas, ou algo assim para apimentar a coisa. Mas não. Vai ser mesmo muito chato.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Barroselas parte II - procura-se vivo ou morto

Este jovem, que depois deste episódio ficou conhecido por Rei Tutancámoca, é procurado pelos seus conterrâneos, amigos e compadres.
A última vez que foi visto estava a dormir em pé, ressonando de braço levantado, a fazer o sinal dos corninhos que os metaleiros tanto gostam de fazer quando ouvem o chamamento dos sons infernais.
Todos estão preocupados com ele e gostariam de saber onde pára este menino. Se o conhecer, se o viu, por favor contacte a Liga dos Metaleiros Desaparecidos em Combate. Nós agradecemos.