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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Feira de Artesanato

A quem possa interessar (que é, obviamente, a toda a gente, só porque eu quero), vai decorrer uma feira de artesanato na zona do Norte do país, onde vão estar as "minhas" meninas do artesanato cujo valor reverte a favor dos gatos que recolhemos.

É favor aparecer e adquirir pecinhas, que toda a juda é pouca! É uma ordem, obviamente, por isso quero ver toda a gente a fazer fila e ir admirar as coisinhas que lá vão estar...


Para verem o tipo de artesanato que vai estar por lá, cliquem aqui

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Matraquilhos

Em toda a minha vida, devo ter jogado aí umas quatro partidas de matraquilhos, número esse que, ontem à noite, se elevou para cinco, mas dado que teve jogadas múltiplas, tornei-me, como é natural, uma hábil profissional (da desgraça, obviamente).

Ora, é engraçado, porque nunca ninguém se tinha dado ao trabalho antes de me explicar que aquilo tinha ciência e matemática e coisas lógicas de cálculos complicados, pelo que o meu jogo se resumia a "tens a bola, agora tenta mandá-la para a frente e pimba, logo se vê o que acontece". Esta táctica ainda funcionou algumas vezes, fazendo-me sentir uma menina linda e imensamente bem sucedida na arte da bolinha na baliza alheia. Contudo!, (rufar de tambores, por favor) eis que aparece uma jovem simpática que se propôs a dar-me conta de alguns dos segredos do jogo! Isto foi positivo, porque agora até consigo dar uma retótica pseudo-entendida acerca da posição dos bonecos em relação à bola e coiso que tal, mas devo confessar que ter aprendido algo me estragou aquele fenómeno mágico que aflige todos aqueles que nada percebem de determinada coisa - a sorte de principiante. Depois de ter andado a tentar usar os meus recém-adquiridos conhecimentos, nunca mais fui a mesma. A bola encalhava. A bola fugia. A bola recusava-se a cair no buraco do adversário. Claro que isto nada teve a ver com o facto de eu ser naba, aquilo foi uma manifestação clara da ida inexorável do meu mojo.

Assim sendo, resolvi que, da próxima vez que eu jogar matraquilhos, terei que recorrer a tácticas utilizadas por uma amiga minha (Mia, saudades tuas!!!), sempre que o seu amado FCP joga, mas adaptadas à minha pessoa. Ora bem, então o meu plano é o seguinte:
  • vestir-me de preto;
  • ser do sexo feminino;
  • dizer que não sei jogar nada (para os deuses me devolverem o mojo);
  • proferir monosílabos ou vogais prolongadas - "aaaah" "eeeia" "eh pah!"
  • ter cabelo;
  • olhar imenso para a bola, esperando que ela se intimide e vá para o lado que eu quero, mesmo sem lhe tocar.

Estas são as minhas brilhantes tácticas. Aceitam-se mais propostas, que serão analisadas por meio neurónio (que ainda não voltou das férias) e depois o veredicto será proferido. Grata.

domingo, 19 de novembro de 2006

Que bonito... (resultado de um fim-de-semana chato...)

You Are a Visionary Soul

You are a curious person, always in a state of awareness.
Connected to all things spiritual, you are very connected to your soul.
You are wise and bright: able to reason and be reasonable.
Occasionally, you get quite depressed and have dark feelings.

You have great vision and can be very insightful.
In fact, you are often profound in a way that surprises yourself.
Visionary souls like you can be the best type of friend.
You are intuitive, understanding, sympathetic, and a good healer.

Souls you are most compatible with: Old Soul and Peacemaker Soul

Pergunta parva

Se o James Bond faz assim tanto sucesso com as mulheres, porque é que nunca o vemos receber um sms de uma mulher do passado dele a insultá-lo com um "nunca mais me telefonaste, seu porco desgraçado"?

sábado, 18 de novembro de 2006

Objecção (parva) de consciência

Pois é, a ler é que se cultivam as mentes, mas devo dizer que, por vezes, em vez de cultivo encontramos adubo orgânico...
Passo a explicar: a ler o Expresso da semana passada, dei com o artigo de opinião do Sr. António Pinto Leite (ou "dr.", não quero ofender nem deitar os parentes na lama - desculpe lá, Toninho), intitulada "Aborto e Objecção de Consciência". Confesso que revirei os olhos, porque artigos a respeito do famigerado referendo já me cansam, cada um puxa a brasa para a sua sardinha e não se chega a lado nenhum, mas já que paguei o jornal todo, leio-o todo, e lá resolvi ler.
Este artigo de opinião é, no mínimo, um exercício de patetice tremenda. Antes de mais, lê-se nas entrelinhas que o seu autor acha que, caso o "sim" prevaleça, toda e qualquer mulher vai imeditamente a correr engravidar só para poder experimentar os novos serviços de aborto, tipo o portuga que faz questão de ir ao novo Centro Comercial no dia da sua inauguração. "Sai um aborto e um pão com queijo, se faz favor!"
O Sr. Pinto Leite usa argumentos de índole claramente religiosa, mas ignorando o que a própria Bíblia entende como um ser humano; também ignora a interpretação da Lei. Contudo - e aqui entra a cereja no topo do bolo - para gáudio de todos nós, este senhor tem um momento de Luz Inspiradora e diz que "se o aborto for despenalizado, uma parte dos impostos dos portugueses será gasto nesta prática. Os cidadãos deviam poder fazer objecção de consciência ao destino dos seus impostos."
Ora aqui, confesso, tive que me calar e tirar o chapéu a este senhor. Ele merecia um prémio, descobriu uma fórmula mágica, o caminho para a felicidade! Pensem comigo: se eu passar a ter o direito de decidir o destino dos meus impostos por motivos de objecção de consciência, então a solução de felicidade é...
...sigam o meu raciocínio...
...fundar uma religião na qual o pagamento de impostos seja o caminho certo para destruirmos o nosso Kharma/sermos impedidos de entrar no Valhalla/Paraíso/Ilha do Verão (ou outra coisa que o valha, usem a imaginação).
"Peço desculpa, Sr. Sócrates, mas a minha religião proíbe o IRS, o Imposto Automóvel, a Contribuição Autárquica, o IVA, o IRC... Não vai querer que eu condene a minha alma, pois não?"
Tiro-lhe o chapéu, Sr. Pinto Leite! Posso-lhe oferecer um pãozinho com queijo?

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Rupestre de casa-de-banho

Conheço algumas pessoas que têm as ideias mais iluminadas sentadas naquela cadeirinha de cerâmica com um buraco no meio, enquanto se aliviam das suas demais flatulências e cargas superfluas. Embora não saibamos qual a relação entre o alívio escatológico e o lado direito do cérebro, acho que deveria haver um ser humano de espírito curioso que se deveria debruçar (não literalmente, espero) sobre este fascinante fenómeno.

As razões para a minha curiosidade prendem-se com o sempre maravilhoso panorama com que me deparo sempre que uso uma casa-de-banho pública: não há porta ou parede (ou mesmo um modesto porta-papel) que não seja, ocasionalmente, ornado de palavras deixadas pelas meninas que usam as ditas instalações.

Assim sendo, a minha pergunta é: que tipo de pessoa deixa coisas manuscritas nas casas-de-banho, e porquê?

Se não podemos dizer que uma madame nunca sofre de gazes, também não podemos dizer que não há madames que não andem de lápis em punho nos wcs, prontas a escrevinhar uma qualquer ideia luminosa. "A Bibá ê uma ordinâriaaaa!" ou "A Cinha ê uma forretaaaaa!" poderiam ser as suas mensagens.
Por outro lado, não nos podemos esqueces dos conteúdos amorosos ou geográficos, sempre tão populares: "a Ana ama o Manel" ou "Eu, Gertrudes, estive aqui no dia 5", como se deixar a sua marca numa casa-de-banho pública fosse a maneira mais imediata e bonita de se auto-validar, fazer aos outros ver que existimos, que amamos, que estivemos lá a deixar uma mijinha.
Ocasionalmente, somos supreendidas com os talentos para as artes gráficas das utilizadoras: desenhos que pretendem ser anatomicamente correctos daquilo que as abelhas fazem com as flores também podem dar um arzinho da sua graça - a artista mais ressaibiada pode, também, optar por deixar o telefone da ex-amiga que dormiu com o seu marido, deixando o recado de que ela está "disposta a tudo".
Claro que também podemos afirmar que isto é tudo em prol da leitura de retrete, as boas das moças não querem que passemos ali um tempo sem, ao menos, nos cultivarmos um pouco ao mesmo tempo.

Enfim, eu proponho é que, a bem do equilíbrio da ordem no mundo, se faça o seguinte: cada pessoa vai à sua respectiva área apropriada fazer as suas necessidades e, para efeitos de mensagens, vai à casa-de-banho do sexo oposto. Qual MSN de parede, as pessoas poderiam deixar ali as mais bonitas frases, certas que ali, sim, seriam lidas (gente desesperada há em todo o lado e sim, elas usam wcs...) Afinal de contas, não seria bem mais útil deixar o telefone da ex-amiga onde poderá ter, potencialmente, mais clientes? Isto é que sim, seria um útil golpe de marketing...

domingo, 12 de novembro de 2006

"Curriculum com foto"

Quando se procura um emprego, quer-se uma coisa que seja digna, que pague razoavelmente e que corresponda aos nossos sonhos e anseios (estes dois últimos factores, porém, bem mais utópicos). Estes critérios são, aos olhos da maioria das pessoas, razoáveis e normais.

Ultimamente, na minha demanda pessoal, em jornais e outros meios afins, tenho-me deparado cada vez mais com o pedido de envio de fotografia juntamente com o CV. Note-se que eu, apesar de ser um deslumbre de ser humano e dotada de inúmeros predicados, não me posso gabar de andar propriamente a pensar inscrever-me para um concurso de misses ou de estar a tentar a minha sorte como modelo de passerelle. Assim, o pedido de fotografia parece-me absurdo, um exercício de banalidade e voyeurismo de quem oferece o lugar, uma espécie de passo desnecessário em muitos casos - afinal de contas, se me estiver a propôr para um call center, no qual o cliente obviamente não me vê mas me ouve, não faria mais sentido pedirem para ouvir o aveludado da minha voz ou se, porventura, troco os "r" pelos "g"?

Qualquer dia, temos gente a pedir-nos fotos de corpo inteiro para trabalharmos na caravana dos cachorros-quentes da paróquia da terrinha, que sejamos capazes de escalar uma montanha em vinte minutos para trabalhar nas Finanças ou que cantemos uma ária de ópera para nos candidatarmos a soprar bolas de sabão no supermercado na época de Natal...

Tendo em conta que sou uma pessoa razoável e até gosto de seguir imensamente as regras, aqui vos mostro a fotografia que penso que mais me favorecerá, que estou a considerar colocar no meu CV.



Haja paciência...

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

"O gato comeu-me os trabalhos de casa..."

Já todos ouvimos, ou demos, esta famosa (e esfarrapada) desculpa quando éramos meninos e meninas pequeninos. Quer atribuíssemos as culpas ao cão, ao gato, ao papagaio ou ao Abominável Homem das Neves - ou, como eu fazia, sendo filha única, aplicando inteligentemente o argumento do "menino que acabou de passar por aqui", sabe-se lá de onde -, o que é certo é que esta desculpa era uma tentativa desesperada de mostrar uma inocência inexistente, ou de disfarçar uma preguiça irresistível.
Enfim, é daquelas coisas que remetemos para o passado e que nos dá vontade de rir, mas que não nos passa pela cabeça ouvir da boca de gente adulta (a não ser que esteja estupidamente alcoolizada, mas aí remetemos a redução de argumentos ao seu estado de morte constante de neurónios).

Contudo, meninos e meninas, eis que acontece um episódio equestre (ou equino, como lhe chamar?) a uma pessoa que me é próxima, que vos passo a relatar, e que faz pensar nestas coisas do insólito - truth is stranger than fiction e há coisas levadas da breca que realmente ocorrem nesta Terceira Dimensão que é o nosso país...

Passo a relatar: ia o jovem em questão a conduzir o seu veículo automóvel, quando foi acometido de uma necessidade de efectuar um telefonema. Tendo um bluetooth que lhe permitia fazer chamadas mãos-livres, ignorou a sua existência (ai, o menino mal-comportado!) e toca a ocupar uma mão com o objecto de telecomunicação.
Aquando da conversa, eis que repara num par de sujeitos a cavalo, na estrada, como quem ali está para passear o seu bobi em versão equestre - uns amigáveis senhores da Guarda Nacional Republicana. "Agentes da autoridade!" Numa fracção de segundo, o meu amigo atira o telemóvel para o chão do carro, fingindo que nada se passava e tal (e aqui ficava bem adicionar à trama uns assobios, como se vê nos desenhos animados. Vamos dizer que ele assobiou, mesmo sem saber se o fez. Fica giro.)
Deu-se a indomitável e fabulástica perseguição cavalo-carro, cheia de acção e suspense: homem com o pé no pedal, homens com os pés nos flancos. A golpe de apito, o jovem acabou por ser, nas suas palavras, "dominado" pelos polícias e encostou.
Segue-se cena de filme, o condutor a baixar o vidro do carro, o polícia montado no cavalo a aproximar-se e estacionar-se ao lado.
"O senhor ia a falar ao telemóvel?"
"Eu?", pergunta o visado, fingindo indignação. "Isso seria absurdo, dado que tenho um dispositivo bluetooth, não preciso de mexer no telemóvel." Achando que este seria o argumento fatal que terminaria a teima do GNR, certo que tal iria fazê-lo pensar que tivera uma alucinação, o condutor saca do objecto em questão e mostra-o, glorioso, ao polícia, mão fora da janela do carro.

O cavalo olhou para aquilo e, parecendo-lhe bem, comeu-lhe o bluetooth.

O jovem, ainda atónito pelo súbito desaparecimento da coisa que tinha na mão, só conseguiu perguntar ao polícia um "e agora?", ao que este responde "olhe, agora lamento imenso" (ao invés de nos emocionar com um "olhe, espere umas horas e pode ser que o veja de novo, se tiver coragem e espírito explorador").

Enfim, a coisa ficou-se por ali. Nem multa, nem bluetooth. O condutor nem quis anotar o nome do equino em questão, para lhe exigir uma restituição do objecto comido sem dó nem piedade, apenas se foi embora com a ideia que aquilo teria sido das coisas mais bizarras a acontecer-lhe na vida. Bizarro sim, cómico, muito!

E, assim, aqui fica uma nova sugestão de desculpa a dar, substituindo a antiguinha e obsoleta, que nem sequer faz menção às novas tecnologias...