Tenho estado a trocar mails deliciosos com a Trinca Espinhas. Não, não andamos a trocar receitas, mas o sabor du jour são os disparates e eu, já se sabe, deliro com disparates. O tema predominante tem sido gatos, o que é uma coisa estranha, como devem calcular - eu, gostar de gatos? Pshhh.
Momento publicitário: vão ao blog dela! É divertido e pateta como o meu, por isso vale a pena. Claro que o meu é melhor, mas eu sou uma pessoa justa e gosto que os segundos melhores também tenham direito ao seu momento debaixo do sol. E, estando 41ºC lá fora, acho que ela deve ver isto como uma prova de verdadeira amizade.
Nos mails que eu e a Trinca andamos a trocar, ela menciona uma das gatas dela, uma menina adorável que mija a cama, a banheira, roça-se por todo o lado, mia que nem uma Maria Callas felídea e ressona. Aproveitei logo a oportunidade para lhe dizer que ter-lhe caído uma gata destas na rifa só pode ser kharma, e culpei a vida anterior dela. Eu sei que tenho razão - gente com gatos ruins só pode ter sido uma pessoa horrível numa outra vida.
Proferidas (ou escritas) as palavras, lembro-me logo do meu adorável persa, o M&M das estepes, que mija o chão, mia aos gritos, exige atenção de hora a hora, resmunga quando é acordado porque já não nos ouve a chegar (está surdo), tem cataratas no olho que lhe resta e tártaro maldito nos dentes...
Ora, se cada um tem o gato que merece, e se o meu parece ser claramente mais ranhoso... isso quer dizer que a Trinca se calhar foi ladra na outra vida, mas eu devo ter sido mesmo assassina... Será?