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terça-feira, 8 de agosto de 2006

Papel higiénico


Como muitos saberão, a praia do Meco é conhecida pelos seus pirilaus ao léu e mamocas ao sol. Como poucos saberão, talvez, é um local de muita afluência chinesa, deleitando-se com a facilidade com que o português e portuguesa médios mostram as suas vergonhas (ou, dirão outros, orgulhos) naqueles locais cheios de areia, coisa que nunca acontece pelas bandas do Oriente - aliás, fiquem sabendo os menos informados que a chinesa comum tem o hábito de tomar banho de mar de fato-de-banho quase de gola alta e de t-shirt por cima, de preferência preta, não vá algum ser humano mais maldoso vislumbrar qualquer rasgo de anatomia menos próprio de ver a luz do dia. Ah pois.

Uma amiga da minha mãe tem uma casa de praia no Meco e, pitorescos à parte, as ditas habitações são tão susceptíveis de ser cobiçadas por pessoas menos bem intencionadas como quaisquer outras em locais, porventura, mais moralistas. O que é o mesmo que dizer que a casa da pobre senhora foi assaltada, vítima de mãozinhas alheias, coisa que lhe causou alguma consternação. A casa não era luxuosa, mas como até em qualquer habitação mais ranhosa hoje em dia, tinha um televisor, umas loiças, atoalhados, latas de conserva, garrafa de gás, enfim, coisas que todos precisamos quando estamos de férias mesmo num local onde a roupa não é um bem essencial.
A amiga da minha mãe lá lhe contou o sucedido, com voz indignada. Quem lhe pilhou a casa não teve grande lucro, disse, porque nada havia de especial a ser levado. O gatuno (ou gatunos) levou o televisor e outros pequenos electrodomésticos, algo pouco original para um homem da sua profissão, diríamos nós. Pois bem, engano! Este artista teve o seu pormenor lindo, a sua assinatura pessoal, a sua marca de Zorro: este artista, dentro de todas as coisas semi-caras que levou, tinha, no meio do rol de itens escolhidos e aproveitados...
...suspense...
...(sim, porque ainda ninguém adivinhou nem nada)...
...uma dúzia de rolos de PAPEL HIGIÉNICO!
Ladrão também limpa o cú!

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