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domingo, 7 de maio de 2006

Breves apresentações

Acho que, uma semana depois de ter sido feito com toda a pompa e circunstância que se impõe (afinal, é de mim que falamos...), o anuncio solene da minha primeira vinda a este espaço, convinha, para dar a estes espaços informáticos o toque semi sagrado de que tanto precisam, fazer seguir a anunciação com a visitação, e subsequente revelação. Não se preocupem, não vou mostrar partes mais impúdicas. Apenas me vou apresentar, em tons tão breves quanto possiveis. É domingo, os que não estão de ressaca estão a moer o cozido à portuguesa dos fins de semana, com o mesmo efeito, e vão ter tempo de sobra para se aborrecer até às lágrimas com o que vou escrever aqui. Assim, faço desconto de amigo, na vã tentativa de vos enganar pensando que esta ideia de colaboração nem é assim tão má como isso. Aqui vai:


Olá (comecei bem, com a simplicidade dos clássicos. Convenhamos, neste mundo em que tudo tem a sua etiqueta social, e em que até um cumprimento pode servir para marcar e estereotipar uma pessoa - A jeito de prova, um "Então q'rida, como está, passou bem, aaah está muito mais magra, tem que me dizer o seu segredo" é tão distintivo da posição social quanto um "Ora viva, então venha de lá um bacalhau!"- o simples "Olá" tem o gratificante condão de se manter misericordiosamente neutro). O meu nome é Tiago e não sou um alcoólico. Alcoólicos, afinal de contas, são aqueles que vão a reuniões, e no que me toca as únicas reuniões a que vou são as de familia (precisamente, para comer do tal cozido, ou outra refeição similar cujo bom paladar só se equipara aos efeitos nefastos tanto a estômago como a camada de ozono. Para bom entendedor...). Estou aqui a convite da senhora dona Leonor, para, de quando em vez polvilhar o seu Blog com umas pitadas de pura mediocridade. Estivemos a pensar, e achámos que isto estava a ficar muito culto, evoluido, introspectivo e intelectual. Ou nem tanto. Mas já houve aqui direito à critíca gratuita e não solicitada, sinal inconfundível de que se está a fazer alguma coisa bem. Seja como for, havia que descer o nível, e por isso, aqui estou eu, para dar razão aos criticos.


E descer o nivel é o que farei. Mas com classe. Nos tempos em que a minha capacidade hibernadora (alguns chamar-lhe-iam preguiça, mas que entendem eles?) me permitir dar aqui uns ares da minha graça, pretendo educar-vos e confidenciar-vos os meus mais intimos pensamentos sobre coisas tão pertinentes e importantes como Pornografia* ( colocado em primeiro, e em destaque mesmo já para vender, tipo jornal 24 horas), pinguins, e tudo o mais que possa provar que a liberdade de expressão não é assim tão boa como isso, se deixam alguem como eu ter um espaço para dizer o que me vai na real gana.

Enfim, o melhor disto é que se correr mal, a culpa é da Leonor. Toda dela. Senão vejamos, foi ela quem deu a ideia e foi ela que, como psicóloga, não avaliou os perigos de me dar voz pública. Queixem-se a ela.

*- A gerência adverte que o conteúdo deste tema pode não corresponder às expectativas dos mais rebarbados. Acreditem, eu sei. Sou do mais rebarbado que existe, e fiquei deveras desiludido com o resultado das minhas ideias. O minimo que poderia ter feito era pôr algumas fotos de maminhas, ou algo assim para apimentar a coisa. Mas não. Vai ser mesmo muito chato.

4 comentários:

Leonor disse...

Olhe lá, sr. Tiago, não acha que a culpa devia ser, à boa maneira Freudiana, na minha mãe? Tinha muito mais piada, sinceramente. Nem mais. Vou-lhe telefonar a dizer-lhe das boas... "Manheeeee!"

Tiago de Lemos Peixoto disse...

Nah.

A tua mãe já me mete medo que chegue.


Se ela descobre as cenas das enfermeiras...

Anónimo disse...

Bem Vindo a Bracara_Augusta Herr Tiago :)

Chris

Tiago de Lemos Peixoto disse...

Não se pode dar as boas vindas a alguem que não existe.


E como resolvi frustrar o Camus, decidi que tal é inconsistente com a minha existência.