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sexta-feira, 9 de março de 2007

Filosofia de bolso ou A arte de ter uma (des)conversa fabulosa

Há coisas na vida que são de extremo interesse, e uma delas é a arte da conversação absurda. A conversa absurda entretém a mente irrequieta na viagem do autocarro, na fila do pão e junto dos amigos mais esquizóides. Ora, é precisamente acerca desta última equação que é este post; acompanhem-me ao mundo das cogitações dos meus amigos e... pasmem-se, maravilhem-se, ou chamem a carrinha dos senhores das batas e tranquilizantes.


Era uma sexta-feira à noite (o que pode explicar muita coisa) e aquele grupo de pessoas consideradas, pelos seus empregadores e demais, bastante normais, resolveu introduzir uma questão essencial na vida de qualquer ser vivente e biológico: "Se tivesses que limpar o rabo a um legume, que legume seria esse?"




(e aqui convém introduzir uma pequena pausa e mencionar que eu não estava lá nessa noite. Sim, porque se estivesse, a coisa descarrilaria bem mais...)


Um deles pensou, pensou, e adiantou: se eu fosse limpar o rabo a um legume, esse legume seria a beterraba! Beterraba, perguntaram os restantes? Mas uma beterraba deixava o rabo roxo... Ah, replicou outro, mas isso seria se a mesma fosse cozida, ao que outro acrescenta que, além disso, a mesma teria que ser descascada. E, obviamente, se uma beterraba cozida e descascada está à mão, o rolo de papel higiénico também o estaria, e isso estragava o propósito de toda esta experiência imaginária... (ou não)


Sinceramente, acho que uma beterraba seria algo bastante incómodo para encostar ao rabiosque, mas isso sou apenas eu. Eu, se pudesse escolher um legume, acho que apelava ao orgulho lusitano vegetal que há em nós e apelava ao uso da couve portuguesa. Haverá algo mais poético que usar um vegetal de nome tão nosso para tratar de um incómodo no sim-senhor? Era ecológico, ora pensem num slogan ao género de "plantem uma couve e deixem as árvores em paz!" Ou ainda, "a melhor invenção desde o papel higiénico preto: a couve portuguesa verdinha e tenrinha, feita a pensar no seu conforto" (sim, porque reparem que nunca se fala em caca em anúncios de papel higiénico ou fraldas, sangue nos dos pensos... e toda a gente aprecia o politicamente correcto, especialmente quem vê televisão à hora da refeição...)


Então... convenci-vos? Já agora, aceitem o desafio dos meus amigos que não têm mais nada para fazer e digam de vossa justiça...

2 comentários:

caxineira disse...

Eu cá usava a Alface... my precious não se contentava com qualquer coisa, tinha de ser algo suave. Mas que coisa mais idiota, fartei-me de rir... já foste ao novo Blog o Amor e a Aldeia? tem um link no meu blog.

Patricia Dias da Silva disse...

Minha cara, ainda não tinha visto este post e tenho a dizer que a) nenhuma das pessoas que estava lá é considerada normal por ninguém (a começar por mim) e que b) viva as beterrabas (tenho que defender esta posição por solidariedade fofinha) e que c) se estivesses lá, sim, a conversa descambava BEM mais.