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quinta-feira, 23 de março de 2006

1, 2, 3... Supermercado de Suicídio


Eu sei que os posts que normalmente aqui deixo primam pelo disparate, mas acabo de ver um programa na televisão que me impulsionou a escrever (e, além do mais, é uma óptima forma de arranjar uma desculpa para interromper as faxinas).
O programa em questão era a Oprah que, para quem não sabe, ou duvida, tem temas muitas vezes interessantes. Desta vez, falavam de suicídio, e da forma como uma jovem tinha terminado a sua própria vida, planeando com antecedência a sua ida, indo da alimentação dos gatos, ao reservar de um quarto de hotel (onde morreu), a compra de cianeto, aos e-mails de despedida programados para ser enviados quando já fosse tarde demais para a salvar.
Até aqui, nada de novo. Nos EUA, morrem todos os anos cerca de 4 mil adolescentes pelas suas próprias e voluntárias mãos. É uma estatística que, embora seja assustadora, não me surpreende, infelizmente.
O que me supreendeu foi o facto de terem dito no programa que há inúmeros sites de internet que ensinam e advogam o suicídio como uma solução para os problemas de cada um. Arrepiante, não é? De facto, enquanto escrevia isto, fiz uma pesquisa Google e eis que me aparece logo um documento detalhadíssimo acerca deste tema: de aparência assustadoramente semelhante a uma tese de mestrado ou doutoramento (i., e., inteligentemente escrito por gente que tem mais que um par de neurónios e os gasta nestas porcarias), oferece pormenores minuciosos sobre o porquê de nos matarmos, como, onde, os fármacos, veículos, enfim, praticamente tudo o que possa interessar alguém que ache que não vale a pena mais viver. Outro oferece fotografias de suicidas, outro ainda faz publicidade a casas e cinema (o mesmo tipo de publicidade que tenho aqui, em cima) ao mesmo tempo que diz para nos irmos desta para melhor...
Como é evidente, nem me vou dar ao trabalho de colocar aqui os links, porque isto é um blog para melhorar o humor das pessoas e não para diminuir os seus leitores...
Como ser humano, não sinto ter o poder de decidir se uma pessoa que não conheço deve ou não morrer, mas como psicóloga posso e devo advogar que esta não é, nem de longe, o último reduto, nem uma opção que se tenha em consideração como sendo a solução dos problemas de quem quer que seja. De facto, simplesmente sei que há formas de ultrapassar a depressão que nos coloca neste buraco mental e querer voltar a viver. E não me venham com a história do amigo do amigo do primo que se suicidou mas não estava deprimido, apenas "chateado" com a vida. Tretas.
Eu sei que a internet tanto pode ser uma bênção como uma maldição e cabe-nos a nós, e às pessoas que cuidam de quem ainda não tem a capacidade de decidir, o que nos deve entrar pelo computador adentro, a bem da nossa saúde mental. Se eu fosse encarregada de educação de uma criança/jovem, se calhar preocupava-me, além de bloquear os conteúdos pornográficos da internet, em bloquear estes sites também...
E, sinceramente, sempre que vos passem estes disparates auto-destrutivos pela cabeça... olhem, venham aqui, riam-se um pouco (mais não seja, das minhas patéticas tentativas de fazer humor) e procurem ajuda... (Aqui era uma boa altura para fazer publicidade aos meus serviços profissionais, mas vou-me calar. Ehem.)
(NOTA: este post não se refere ao tema do suicídio assistido, que dava pano para mangas e mete muitos outros factores que eu não iria discutir no blog...)

1 comentário:

Anónimo disse...

Os USA nao sao exemplo para ninguem...lol... pelo k vejo deve ser o pais em k as pessoas tem mais problemas do forum psicologico no mundo, estao sempre a acontecer crimes como casos de suicidio, de assassinatos de varios generos como os casos de alunos k entram pelas escolas a dentro a matar os colegas k lhes aparece na sua frente passando pelas lutas de gang's e pior é k ca em alguns pontos de portugal como os casos da zona metropolitana de lx e do porto estao a evoluir para o mesmo...agora voltando-m mais concretamente para o k escreveste tens razao em dizer k o suicidio nao é a solucaçao k a sempre outros caminhos a percorrer, so k mtas vezes so conseguimos ver o caminho da morte, por vezes tal como dizes precisamos de alguem k nos ajude a encontrar esse caminho o problema é k ainda vivemos numa sociedade mt preconceituosa em k alguem k va ao psicologo ou ao psiquiatra é apontado como louco e mtas vezes as pessoas nem tentam procurar essa ajuda...para mim o suicidio por vezes pode ser a unica soluçao em alguns casos mta raros é claro como por exemplo para salvar a vida de outras pessoas ou de algo k consideremos mais importante do k a nossa propria vida...

kiss***