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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Baú das Recordações: a Queca do Kiko

Estava eu a limpar os recônditos mais profundos deste blog, quando me deparei com este post antiguinho, ainda na lista dos não acabados. Limpei-lhe o pó, acabei de contar a história e resolvi soltá-lo ao mundo.


"A malta que me é mais próxima sabe que eu sou tarada por animais. Confesso é que, sinceramente, nunca pensei que pudesse haver animais que fossem tarados por mim... Mas assim é a dura realidade. Quem me manda ser irresistível?

Uma amiga pediu-me ajuda para tratar de um gato que estava no canil de Braga, a sofrer, recusando-se comer e deprimido. Lá o trouxe para casa. Estes lindos olhos azuis fizeram-me apaixonar por ele, e nem os seus miados constantes de pedido de atenção me esmoreceram o coração.



Este menino, que é lindo de morrer, como podem constatar, tem várias características que fazem dele um gato extremamente apetitoso (no sentido de "querido", evidentemente: se o usasse para fazer chat au gratin, suspeito que os deuses me castigavam por estar a gastar gás em vão com um nico de felídeo tão magrinho): miento, carente, ronronadeiro, amiguinho... "Peludo" constaria na lista de fofuras, não fosse eu andar a cuspir pêlos de semi-siamês sempre que lhe quero dar uma beijoca repimpada no lombo...

Outra característica dele que faz com que seja um nadinha de nada menos querido é... a sua excitação constante.

Eu pensava que o bicho miava desalmadamente porque queria festas e/ou companhia, mas afinal... as festas que sua felineza pretendia eram de outra natureza. Aqui estava um gato que sabia o que queria e não tinha medo de o dizer: amor inter-espécies!

O meu braço foi a fonte constante do interesse romântico do rapaz, que não se coibia de me puxar pela manga para conseguir o que queria. Pimba para aqui, pimba para ali, e ainda mandava vir se não me pusesse a jeito. Cheguei a estar um cd inteiro de música sem que o rapaz se cansasse de "amar" o meu braço. Ah, valente!

Claro que o bicho foi castrado. Assim ao menos acalmava. Ou pensei eu... quando o Kiko voltou do veterinário, ainda grogue da anestesia e decerto com as partes baixas doridas, a primeira coisa que fez foi... exacto. Amar-me. Raio do gato..."
de 12/05/2006


Este menino foi adoptado. Espero que a nova família tenha muitos braços para lhe emprestar...

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