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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Matraquilhos

Em toda a minha vida, devo ter jogado aí umas quatro partidas de matraquilhos, número esse que, ontem à noite, se elevou para cinco, mas dado que teve jogadas múltiplas, tornei-me, como é natural, uma hábil profissional (da desgraça, obviamente).

Ora, é engraçado, porque nunca ninguém se tinha dado ao trabalho antes de me explicar que aquilo tinha ciência e matemática e coisas lógicas de cálculos complicados, pelo que o meu jogo se resumia a "tens a bola, agora tenta mandá-la para a frente e pimba, logo se vê o que acontece". Esta táctica ainda funcionou algumas vezes, fazendo-me sentir uma menina linda e imensamente bem sucedida na arte da bolinha na baliza alheia. Contudo!, (rufar de tambores, por favor) eis que aparece uma jovem simpática que se propôs a dar-me conta de alguns dos segredos do jogo! Isto foi positivo, porque agora até consigo dar uma retótica pseudo-entendida acerca da posição dos bonecos em relação à bola e coiso que tal, mas devo confessar que ter aprendido algo me estragou aquele fenómeno mágico que aflige todos aqueles que nada percebem de determinada coisa - a sorte de principiante. Depois de ter andado a tentar usar os meus recém-adquiridos conhecimentos, nunca mais fui a mesma. A bola encalhava. A bola fugia. A bola recusava-se a cair no buraco do adversário. Claro que isto nada teve a ver com o facto de eu ser naba, aquilo foi uma manifestação clara da ida inexorável do meu mojo.

Assim sendo, resolvi que, da próxima vez que eu jogar matraquilhos, terei que recorrer a tácticas utilizadas por uma amiga minha (Mia, saudades tuas!!!), sempre que o seu amado FCP joga, mas adaptadas à minha pessoa. Ora bem, então o meu plano é o seguinte:
  • vestir-me de preto;
  • ser do sexo feminino;
  • dizer que não sei jogar nada (para os deuses me devolverem o mojo);
  • proferir monosílabos ou vogais prolongadas - "aaaah" "eeeia" "eh pah!"
  • ter cabelo;
  • olhar imenso para a bola, esperando que ela se intimide e vá para o lado que eu quero, mesmo sem lhe tocar.

Estas são as minhas brilhantes tácticas. Aceitam-se mais propostas, que serão analisadas por meio neurónio (que ainda não voltou das férias) e depois o veredicto será proferido. Grata.

3 comentários:

mia disse...

Kinders! Os ovos kinder são a única solução possível! ;) miss u 2

Patricia Dias da Silva disse...

Aconteceu-me o mesmo...

P.S. Agora que sei qual é o teu blog é o fim :P

Anónimo disse...

A ênfase com que repartes as ideias do quotidiano tornam a tua escrita muito atraente, criando um envolvimento puramente emocional. Isto é explicito neste texto ”Matraquilhos de Sexta-feira, Novembro 24, 2006”, uma obra de arte à escala mundial, se alguém não se sentir envolvido, das duas uma, ou nunca jogou matraquilhos ou não tem coração:-) parabéns pelo blog!!!