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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

De que é feito um filme - parte I

Anteontem esteve em minha casa um amigo. Este facto não seria particularmente especial (felizmente, até tenho um número considerável de gente disposta a aturar-me por períodos mais ou menos prolongados no tempo, não sei muito bem porquê), não fosse esse o amigo que mais ideias esquizas me dá, e com a particularidade de ser material altamente blogável. Por isso, amigo Tiago, vou-te roubar descaradamente esta ideia e usá-la como se fosse minha, neste preciso instante. Aliás, em tua honra, hei-de tentar esticar este conceito até a corda partir, ocasião em que te culparei pelo afundar dos meus posts brilhantes.

Indo ao que interessa, falemos do tema da coisa: filmes. Estávamos na converseta, quando assunto puxa assunto, e o Tiago chega à conclusão que todos os filmes mais actuais acabam por ser uma versão apenas ligeiramente modificada de filmes antigos.

Vejamos, então, a confirmação da ideia dele:

Pearl Harbor - Titanic dos aviões
Rapaz conhece rapariga, rapariga quer rapaz, coisas más acontecem, rapaz e rapariga têm direito a apenas breves momentos de felicidade. O drama! Num filme o climax é a guerra, no outro é um iceberg. Pimba.

O Sorriso de Mona Lisa - Clube dos Poetas Mortos, versão estrogéneo
Pessoa visionária dá aulas a alunos sedentos de conhecimento e de modernices/a alunas espertas mas arreigadas aos bons costumes de antigamente. Pessoa visionária encaixa-se um pouco mal no meio dos alunos, a início. Pessoa visionária leva raspanetes de pares e director da escola. O climax de um é um suicídio, no outro é um divórcio. Dou a mão à palmatória: não há, no Sorriso, frase tão emblemática como o "Captain, my captain!"

Então, que tal, o rapaz tem razão?

Por hoje, meninos e meninas, ficam aqui estas duas amostras. Se tudo correr bem, mais serão acrescentadas à medida que a cuidadosa análise desta vossa mui humilde semi-escritora for avançando.

Et voilá!

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