Fui desafiada pela Carla a revelar quais os últimos cinco livros que li. Este desafio poderia ser aquela tal oportunidade para me vangloriar com imensas publicações, daquelas que ficam sempre bem no currículo de todo o bom pseudo-intelectual, sei lá, como coisas relacionadas com física quântica, ou Schoppenhauer...
Mas não. A vergonhosa verdade é que me deu uma coisinha má e resolvi ler, de chofre, a obra completa do Oscar Wilde. Assim sendo, os meus cinco últimos "livros" são apenas um, a colectânea da obra dele.
Contudo, com medo que isto seja considerado batota - e, afinal de contas, a obra completa só possa ser considerada um livro apenas -, resolvi puxar pela cabeça e chegar a estas fabulosas conclusões acerca das minhas leituras:
- A já mencionada obra completa do Sr. Wilde (muito bom, e com aquele tal toque snob que fica sempre bem)
- Livros do Tio Patinhas (leitura de casa-de-banho, meus fofos)
- Um livro de psicologia Para Totós (gozem...)
- Um livro de culinária vegetariana (eu sei, é batota, mas já não me lembro mais para trás... oh pobre de mim)
- O Pêndulo de Foucault? Se este ainda se enquadra no top cinco, estou tramada, é mesmo sinal que ando a ler o Oscar há demasiado tempo, porque o Sr. Umberto Eco foi lido em Outubro ou Novembro...
E, já que estou numa de falar em livros, recomendo à menina Carla o livro Quando Nietzsche Chorou. Não me lembro do nome do autor, mas é muito giro, e os psis devem gostar.
Pronto, cumpri a minha parte do desafio. Passo à Elsa e à Formiguinha Atómica.
terça-feira, 31 de julho de 2007
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Citação
Já que estou na semana do tópico dos meus amigos, aqui tenho mais uma citação de um amigo para vos deleitar. Depois disto, estou a considerar seriamente comprar amigos novos...
Agora a sério: o problema está em mim, ou...?
"Eu tenho namorada, ela é que ainda não sabe!"
Agora a sério: o problema está em mim, ou...?
terça-feira, 17 de julho de 2007
Pensamento do Dia
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Bingo...
Tenho um amigo que é a minha fonte de insanidade ocasional recomendada. Uma hora passada com ele a conversar faz-me sentir deveras esquizóide e dissociativa, o que faz dele, pelas minhas contas, um bom amigo.
Este rapaz, além de incrivelmente pateta, é também uma fonte de pachorra e sapiência. A prová-lo está o facto de ele ter coragem de me acompanhar às compras e, no meio disso, conseguir sair-se com tiradas brilhantemente teológicas, como a que me atacou da outra vez em que fui às compras.
Amigo: Descobri porque é que Deus nunca nos responde quando Lhe fazemos perguntas.
Eu: Porque é surdo?...
Amigo: Não, porque senão era o caos convosco, mulheres...
Eu: Connosco? Então?
Amigo: Vocês entupiam logo as linhas de comunicação e davam um esgotamento ao coitado, mesmo sendo divino!
Eu: E porquê, explicas-me?
Amigo: Então, já pensaste se Deus vos respondesse a todas as perguntas? "Deeeeus, estas calças fazem-me parecer mais gooorda?"
Eu: ...
Bingo, meninos e meninas... Bingo.
Este rapaz, além de incrivelmente pateta, é também uma fonte de pachorra e sapiência. A prová-lo está o facto de ele ter coragem de me acompanhar às compras e, no meio disso, conseguir sair-se com tiradas brilhantemente teológicas, como a que me atacou da outra vez em que fui às compras.
Amigo: Descobri porque é que Deus nunca nos responde quando Lhe fazemos perguntas.
Eu: Porque é surdo?...
Amigo: Não, porque senão era o caos convosco, mulheres...
Eu: Connosco? Então?
Amigo: Vocês entupiam logo as linhas de comunicação e davam um esgotamento ao coitado, mesmo sendo divino!
Eu: E porquê, explicas-me?
Amigo: Então, já pensaste se Deus vos respondesse a todas as perguntas? "Deeeeus, estas calças fazem-me parecer mais gooorda?"
Eu: ...
Bingo, meninos e meninas... Bingo.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Morte por Grunhice
Meninos e meninas, para começar este post, uma pequena pergunta:
O que faz um trolha de melhor na sua vida? Escolha a resposta mais apropriada:
a) empilhar tijolos.
b) beber cerveja com tremoços
c) empilhar tijolos
d) comer tremoços com cerveja
e) mandar piropos às meninas que passam ao pé da obra
Quem escolheu a hipótese e)?
Mandar uns piropos não parece ser uma actividade perigosa, na verdade, empilhar tijolos parece sê-lo muito mais, mas para um trolha em particular, a primeira tarefa revelou-se-lhe fatal.
Estava eu a fazer umas pesquisas (importantes, muito importantes!) na Internet, quando dou de caras com uma notícia do Diário de Notícias, ao estilo espalhafatoso e assusta-velhas d'O Crime, que gritava "11 anos de cadeia por matar autor de piropos". Fiquei curiosa.
Abro o artigo, e eis que me deparo com o relato da coisa completa, a situação fatal, o absurdo assassínio (podem consultar a coisa clicando aqui):
Ora, reza a história, estava um casal a passear, feliz da vida (ou não, sabe-se lá) pela rua, quando há um trolha que até acha a rapariga jeitosa, e pronto, tendo em conta que uma das funções profissionais de um trolha é mandar piropos, dá a boca ao manifesto e... diz de sua justiça.
Ficamos sem saber se o piropo foi lisonjeiro ou não. O que é certo é que o namorado da rapariga sentiu-se despeitado e vai daí, arranja uma faca num café lá ao pé e póf, enfia-a na barriga do trolha. O trolha morreu. Diagnóstico? Morreu por ser grunho, às mãos de outro ainda mais grunho. Fantástico.
Tragédias à parte, esta situação é deveras reveladora da nossa sociedade. Os machos latinos ainda aí andam, com a mania que têm que ser os defensores da honra das meninas (não porque as meninas precisem, mas porque eles têm que ter a sensação que foram os primeiros a "lá" chegar). As meninas, essas, ouvem os comentários dos trolhas e estão-se pouco borrifando, seguem caminho, e a vida continua...
Ouvir um piropo é uma coisa, ouvir um insulto é outra, mas nenhuma das duas é propriamente o fim do mundo. Isto já me faz lembrar a história da mulher que foi a Paris quando tinha 20 anos e voltou de lá ofendidíssima porque lhe tinham apalpado o rabo. Depois volta lá aos 50 e fica ofendidíssima porque não lhe apalparam o rabo...
A vítima era um grunho, coitado. Mas daí a merecer morrer...
11 anos de cadeia? Abençoado Juíz! Cá para mim, era mulher... ou tem trolhas na família.
O que faz um trolha de melhor na sua vida? Escolha a resposta mais apropriada:
a) empilhar tijolos.
b) beber cerveja com tremoços
c) empilhar tijolos
d) comer tremoços com cerveja
e) mandar piropos às meninas que passam ao pé da obra
Quem escolheu a hipótese e)?
Mandar uns piropos não parece ser uma actividade perigosa, na verdade, empilhar tijolos parece sê-lo muito mais, mas para um trolha em particular, a primeira tarefa revelou-se-lhe fatal.
Estava eu a fazer umas pesquisas (importantes, muito importantes!) na Internet, quando dou de caras com uma notícia do Diário de Notícias, ao estilo espalhafatoso e assusta-velhas d'O Crime, que gritava "11 anos de cadeia por matar autor de piropos". Fiquei curiosa.
Abro o artigo, e eis que me deparo com o relato da coisa completa, a situação fatal, o absurdo assassínio (podem consultar a coisa clicando aqui):
Ora, reza a história, estava um casal a passear, feliz da vida (ou não, sabe-se lá) pela rua, quando há um trolha que até acha a rapariga jeitosa, e pronto, tendo em conta que uma das funções profissionais de um trolha é mandar piropos, dá a boca ao manifesto e... diz de sua justiça.
Ficamos sem saber se o piropo foi lisonjeiro ou não. O que é certo é que o namorado da rapariga sentiu-se despeitado e vai daí, arranja uma faca num café lá ao pé e póf, enfia-a na barriga do trolha. O trolha morreu. Diagnóstico? Morreu por ser grunho, às mãos de outro ainda mais grunho. Fantástico.
Tragédias à parte, esta situação é deveras reveladora da nossa sociedade. Os machos latinos ainda aí andam, com a mania que têm que ser os defensores da honra das meninas (não porque as meninas precisem, mas porque eles têm que ter a sensação que foram os primeiros a "lá" chegar). As meninas, essas, ouvem os comentários dos trolhas e estão-se pouco borrifando, seguem caminho, e a vida continua...
Ouvir um piropo é uma coisa, ouvir um insulto é outra, mas nenhuma das duas é propriamente o fim do mundo. Isto já me faz lembrar a história da mulher que foi a Paris quando tinha 20 anos e voltou de lá ofendidíssima porque lhe tinham apalpado o rabo. Depois volta lá aos 50 e fica ofendidíssima porque não lhe apalparam o rabo...
A vítima era um grunho, coitado. Mas daí a merecer morrer...
11 anos de cadeia? Abençoado Juíz! Cá para mim, era mulher... ou tem trolhas na família.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
3 em 1...
Começou a época das "promoções" (definição de "saldos": época depois das promoções na qual só se encontram monos que nos fazem parecer as mães das nossas avós).
Eu adoro promoções. Poder comprar algo que nunca fiz tenções de comprar em primeiro lugar, usando o pretexto que estou a poupar, é um ridículo do mundo capitalista que me delicia. Adoro ver a cara das outras mulheres na mesma missão, o seu ar de combate, o andar decidido, o punho ligeiramente fechado para o caso de a vizinha do lado querer agarrar o vestido que ela viu primeiro. Ah, progesterona!
Confesso, contudo, que ver a preços reduzidos coisas que já comprei na época normal me deprime. Dá-me a vontade de querer ir à loja e dizer "olhe, comprei isto o mês passado, e como agora tem 50% de desconto, será que me pode devolver o dinheiro?"
Como estava a precisar de roupa de trabalho (ou, como lhe gosto de chamar em honra a uma amiga, "roupa à Dra. Leonor"), aproveitei, naturalmente, a época de reduções para andar como uma esquizofrénica de loja em loja, em modo de guerrilha, à procura de trapinhos de ar institucional. Suspirava quando não havia o meu número, rangia os dentes quando havia mas me ficava mal, choramingava aos deuses das promoções quando achava que o preço ainda estava alto.
No entanto, nem só de coisas fúteis vive a mulher em febre de aquisição. Tive um momento raro de iluminação num dos provadores, enquanto me debatia com uma camisola ("serve-me, sua desgraçadaaaa!"). Uma funcionária precisou de chamar outra, e a frase que se seguiu foi:
"Menina da Woman à caixa de criança"
No local menos provável, eis que surge uma frase completamente Zen, totalmente multi e inter-geracional, uma brilhante homenagem às etapas desenvolvimentais de todas nós, portadoras de cromossomas XX...
...e por isso vesti-me à pressa toda e fugi dali o mais rapidamente possível. Quem é que quer Zen e filosofia quando está meio despida, atrás de uma cortina, a mandar vir com uma peça de roupa, ao lado de tantas outras fulanas a fazer o mesmo?!
Eu adoro promoções. Poder comprar algo que nunca fiz tenções de comprar em primeiro lugar, usando o pretexto que estou a poupar, é um ridículo do mundo capitalista que me delicia. Adoro ver a cara das outras mulheres na mesma missão, o seu ar de combate, o andar decidido, o punho ligeiramente fechado para o caso de a vizinha do lado querer agarrar o vestido que ela viu primeiro. Ah, progesterona!
Confesso, contudo, que ver a preços reduzidos coisas que já comprei na época normal me deprime. Dá-me a vontade de querer ir à loja e dizer "olhe, comprei isto o mês passado, e como agora tem 50% de desconto, será que me pode devolver o dinheiro?"
Como estava a precisar de roupa de trabalho (ou, como lhe gosto de chamar em honra a uma amiga, "roupa à Dra. Leonor"), aproveitei, naturalmente, a época de reduções para andar como uma esquizofrénica de loja em loja, em modo de guerrilha, à procura de trapinhos de ar institucional. Suspirava quando não havia o meu número, rangia os dentes quando havia mas me ficava mal, choramingava aos deuses das promoções quando achava que o preço ainda estava alto.
No entanto, nem só de coisas fúteis vive a mulher em febre de aquisição. Tive um momento raro de iluminação num dos provadores, enquanto me debatia com uma camisola ("serve-me, sua desgraçadaaaa!"). Uma funcionária precisou de chamar outra, e a frase que se seguiu foi:
"Menina da Woman à caixa de criança"
No local menos provável, eis que surge uma frase completamente Zen, totalmente multi e inter-geracional, uma brilhante homenagem às etapas desenvolvimentais de todas nós, portadoras de cromossomas XX...
...e por isso vesti-me à pressa toda e fugi dali o mais rapidamente possível. Quem é que quer Zen e filosofia quando está meio despida, atrás de uma cortina, a mandar vir com uma peça de roupa, ao lado de tantas outras fulanas a fazer o mesmo?!
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