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terça-feira, 10 de julho de 2007

Morte por Grunhice

Meninos e meninas, para começar este post, uma pequena pergunta:

O que faz um trolha de melhor na sua vida? Escolha a resposta mais apropriada:

a) empilhar tijolos.
b) beber cerveja com tremoços
c) empilhar tijolos
d) comer tremoços com cerveja
e) mandar piropos às meninas que passam ao pé da obra

Quem escolheu a hipótese e)?

Mandar uns piropos não parece ser uma actividade perigosa, na verdade, empilhar tijolos parece sê-lo muito mais, mas para um trolha em particular, a primeira tarefa revelou-se-lhe fatal.

Estava eu a fazer umas pesquisas (importantes, muito importantes!) na Internet, quando dou de caras com uma notícia do Diário de Notícias, ao estilo espalhafatoso e assusta-velhas d'O Crime, que gritava "11 anos de cadeia por matar autor de piropos". Fiquei curiosa.

Abro o artigo, e eis que me deparo com o relato da coisa completa, a situação fatal, o absurdo assassínio (podem consultar a coisa clicando aqui):

Ora, reza a história, estava um casal a passear, feliz da vida (ou não, sabe-se lá) pela rua, quando há um trolha que até acha a rapariga jeitosa, e pronto, tendo em conta que uma das funções profissionais de um trolha é mandar piropos, dá a boca ao manifesto e... diz de sua justiça.

Ficamos sem saber se o piropo foi lisonjeiro ou não. O que é certo é que o namorado da rapariga sentiu-se despeitado e vai daí, arranja uma faca num café lá ao pé e póf, enfia-a na barriga do trolha. O trolha morreu. Diagnóstico? Morreu por ser grunho, às mãos de outro ainda mais grunho. Fantástico.

Tragédias à parte, esta situação é deveras reveladora da nossa sociedade. Os machos latinos ainda aí andam, com a mania que têm que ser os defensores da honra das meninas (não porque as meninas precisem, mas porque eles têm que ter a sensação que foram os primeiros a "lá" chegar). As meninas, essas, ouvem os comentários dos trolhas e estão-se pouco borrifando, seguem caminho, e a vida continua...

Ouvir um piropo é uma coisa, ouvir um insulto é outra, mas nenhuma das duas é propriamente o fim do mundo. Isto já me faz lembrar a história da mulher que foi a Paris quando tinha 20 anos e voltou de lá ofendidíssima porque lhe tinham apalpado o rabo. Depois volta lá aos 50 e fica ofendidíssima porque não lhe apalparam o rabo...

A vítima era um grunho, coitado. Mas daí a merecer morrer...

11 anos de cadeia? Abençoado Juíz! Cá para mim, era mulher... ou tem trolhas na família.

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