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sábado, 8 de dezembro de 2007

O veterinário

Há uns poucos dias atrás, precisei de levar um gato, que não era meu, ao veterinário. O pobre peludo tem um cálculo renal e era preciso ver se a coisa estava melhor ou não. Como o veterinário não fica ao virar da esquina e o gato é gordalhufo, convinha transportá-lo de um modo qualquer que não fosse pedestre, a bem da saúde braçal dos humanos envolvidos.

O estacionamento perto de minha casa pode ser um bocado caótico, e se eu chegar depois de uma determinada hora, é certo sabido que lugares nem vê-los, pelo que às vezes fico condenada a estacionar uns bons cinco minutos de distância do meu belo domicílio. Por isso, a não ser que chova, já estou conformada com a situação e não me queixo.

O dia em questão estava límpido, por isso não me chateei com a caminhada. Combinei com o dono do gato (que mora pertinho de mim) que íamos buscar o meu carro e depois passávamos por casa dele e pegávamos no gato. À hora combinada, fizemos a viagem para a minha linda viatura.

Conversa puxa conversa, era tudo um grande "blá blá" aqui, "blá blá" ali, o tempo passou depressa. Já tinha mapeado na minha cabeça o trajecto completo, passo por aqui, viro ali, evito aquela rua que tem sempre mais trânsito...

O Blá Blá continuava. Ah e tal, o tempo, as nuvens, a conjuntura, apetece-me chocolate, já dormia uma soneca, viste a manobra que aquela besta quadrada acabou de fazer?! Isto e aquilo, o que achas de xpto, não percebo nada daquelas coisas, o que pensas tu disto aqui, e...

...e porque raio estamos nós já a meio caminho do veterinário E NOS ESQUECEMOS DE TRAZER O GATO?!

Olhámos um para o outro, semi-aparvalhados (teríamos ficado aparvalhados completos se já estivéssemos à porta do veterinário), sem saber o que dizer. O semáforo mudou e eu desatei a rir que nem uma desgraçada. Teria gostado de só ter dado conta do erro mesmo dentro do consultório...
"O que os traz por cá?"
"Queríamos que visse o animal, se está melhor"
"Que animal?"
"Er... na verdade, sotôr, têm-me doído as amígdalas... não dava uma espreitadela?... Er..."


Está matematicamente provado, eu sei bem com que pessoas me rodear, assim não me sinto a única pateta deste mundo...

1 comentário:

caxineira disse...

AH1AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH! (snif...snif) AH!AH!AH!AH1AH!AH!AH! (Limpar lágrimas) AH!AH!AH!AH!AH!(agarrar a Barriga que começa a doer) AH1AH!AH!AH!AH! Ahhhhhh...que divertido!