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domingo, 9 de dezembro de 2007

Vamos dar umas férias ao Pai Natal

Fiquei a saber hoje, por uma velhinha, que a Igreja Católica não olha o Pai Natal com muito bons olhos. Pus-me a pensar nisso, e realmente há todo um maná de razões para tal:
  • o Pai Natal não molesta criancinhas (pelo menos aquele que vive no Pólo Norte);
  • o Pai Natal fica sempre com as honras todas das prendinhas recebidas, e por isso é considerado um fixe;
  • o Pai Natal não ameaça os meninos pequeninos com as chamas eternas do Inferno;
  • o Pai Natal não manda as crianças votarem neste ou naquele partido político e, sobretudo;
  • o Pai Natal só pode ser um agente de Satã, visto vestir botas de vinil e cinto de vinil... ah, grande maluco!
Tentando saber mais acerca desta ira da Igreja pelo papá natalício, puxei mais pelo assunto junto da senhora, que me afirmou que o padre da sua paróquia tinha feito um esclarecidíssimo discurso acerca da ignomínia e horror que eram os Pais Natal que agora toda a gente tem a mania de ter pendurados do lado de fora das janelas das suas casas. Pendurados, que nojo! O padre foi mais além, afirmando que até parecia que os ditos estavam a ser enforcados (eu voto mais em ele ter dito que os senhores responsáveis por essas decorações natalícias mereciam ser enforcados, mas o que sei eu?...)


E não é que eu acho que o padre tem toda a razão? Acho que devíamos dar umas férias merecidas ao Pai Natal, deixá-lo descansado lá em cima, junto com a sua esposa, sem ter que se chatear com uns milhões de putos ranhosos a pedir prendas. Proponho duas medidas alternativas:
  1. Que os padres passem a usar o dinheiro das esmolas dos santinhos não para encher a barriga, mas para comprar prendinhas aos putos das suas paróquias e;
  2. Embora passar a pendurar, não o Pai Natal do lado de fora das varandas, mas o Menino Jesus?*

E com esta acabo de assegurar que, se os cristãos estão certos e a única via do Além é o Céu ou o Inferno, eu nunca chegue a ver o S. Pedro e aqueles portõezinhos dourados que ele guarda...


*- Foi esta a moda que o Michael Jackson tentou criar aqui há uns anos, usando o filho como exemplo, mas ninguém o percebeu...

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