- Agora que ganhou o SIM, isto quer dizer que acabaram os referendos a este tópico, ou que, à semelhança do anterior, daqui a uma década temos outro a perguntar aos portugueses se mantêm a sua convicção?
- Há propostas concretas e exequíveis para avançar com a IVG em estabelecimentos de Saúde autorizados, a lançar em tempo oportuno, ou também temos que esperar uma década para serem implementadas?
- Como vão fazer com os hospitais que, em massa, se declaram, antes do referendo, objectores de consciência? Obrigar os médicos a deixarem de o ser (algo que considero difícil e imoral, afinal de contas, todos temos direito à nossa opinião, seja ela qual for)? Contratar médicos que não o sejam para esses locais, transferir alguns que o são para outros locais?
- Como se processa isso com o pessoal de Enfermagem? Têm direito de se afirmarem objectores de consciência também?
- Os processos médicos vão ser confidenciais?
- Quanto vai custar uma IVG numa clínica privada?
- Agora que referendámos o "botão", podemos passar a falar do "fato", isto é, é desta que o Governo resolve apostar na educação sexual, para tornar quem tem ou deseja ter relações sexuais, pessoas responsáveis e conscientes?
- Como consegui eu escrever este post de forma tão adulta? (desculpem, mas não resisti...)
Posto isto, resta-me dizer que fiquei satisfeita com os resultados, apesar de ter achado que os argumentos, aquando das campanhas para ambos os lados, terem sido perfeitamente disparatados (salve-se a participação do Prof. Doutor Pinto da Costa - não, não é o Jorge Nuno! -, que foi a única lúcida e informada, na minha humilde opinião).
Agora, resta-nos esperar para ver. Espero que todo este processo seja tomado de forma adulta e que não haja as habituais trocas de galhardetes entre o "sim" e o "não", nem que se transforme esta questão de saúde uma cruzada religiosa, espiritual ou política. Sim, porque isto apenas começou... Juntemo-nos para evitar que sejam necessários fazer abortos - apostemos na informação da populaça!
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