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quarta-feira, 26 de abril de 2006

Frase do dia

Eu: "Escrevi um post sobre pêlos púbicos no meu blog."
Amigo: "Ah é? Tenho que ir lá cheirar, então."

Sem comentários...

terça-feira, 25 de abril de 2006

Pistas de aterragem

(A bem de manter o nível deste post com a elevação moral a que já vos habituei, vou tentar ser fina e cheia de graça natural ao falar neste assunto tão... peludo)

Uma das agruras de ser do sexo feminino é, para além de ter de carregar aos ombros o fardo da perfeição, por vezes uma chatice. Vejamos, por exemplo, o facto de a sociedade esperar que andemos sempre perfumadas, lavadas e depiladas. Eu não tenho nada contra andar perfumada (e muito menos contra os banhos, já que me permitem andar no meio dos outros seres humanos sem insultar olfactos), mas gostava de dar umas palmadas valentes à alma que inventou a depilação.

Não é que eu desgoste da ideia de andar sem pêlos supérfluos, mas seria de esperar que, num planeta de engenharias aeroespaciais, clonagens e tal, alguém já se tivesse lembrado de criar um sistema baratucho e sem dor para o raio das pilosidades serem miragem. Mas não, parece que os deuses resolveram que sofrer desta forma era um bom modo de compensarmos pelas nossas travessuras, e toca a manter o velho sistema de ceras e máquinas que arrancam pêlos com requintes de crueldade...

Pois bem, ontem fui com uma amiga ao sofrimento. Nestas coisas, confesso que sou um bocado como as mulheres que vão aos pares para a casa-de-banho: gosto de levar alguém que me dê apoio moral e, de preferência, aparente sofrer, pelo menos, tanto quanto eu. Dado que a minha amiga está grávida, acho que a balança estava mais ou menos equilibrada (eu sou um demónio, eu sei...)
Deitar na marquesa e levantar perna, baixar a perna, cantar músicas pimba e blasfemar enquanto somos desbastadas com dor, pagando para isso, não é propriamente a minha ideia de uma manhã bem passada...

Falando de zonas nos meridianos inferiores, temos as modas das fôrmas, que eu pensava só existirem para bolos: umas assemelham-se a morangos, outras a corações, outras não faço ideia, que a minha cultura geral resume-se ao que vejo na televisão. Nessa caixinha também aprendi que já há quem providencie serviços de pintura naquelas áreas, para que um morango se pareça com um morango...

Enfim, as mulheres resolveram, para o bem ou para o mal, que a moda do Pinhal de Leiria se foi, o formato do vôo dos gansos na Primavera já é passado, e o que é bem é ter uma pista de aterragem (seja de aeroporto ou aeródromo, é ao gosto da freguesa - ou, no meu caso, ao gosto da esteticista, que me pergunta como quero, passa a cera antes de eu responder e faz um sorriso sádico enquanto me diz "tarde demais, agora tenho mesmo que tirar!") A Sul, quer-se a relva desbastada, nada de ervas daninhas, a paisagem deve ser perfeitamente lisa.
Às vezes invejo as francesas tradicionais...

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Frase do dia

"És uma nódoa. Preciso de um Tide na minha vida."

domingo, 23 de abril de 2006

Palettes


Aqui há umas semanas, decidi que queria pintar o meu novo quarto. Já que me vou mudar para outro local onde vou passar muito tempo a babar a almofada de olhos fechados, ao menos que tenha umas paredes limpas e de ar cândido para as poder imaginar no escuro.
Desta feita, havia que adquirir umas cores que combinassem com a minha disposição nos próximos meses (sim, que ser chique implica ter mais que uma cor nas paredes - assim, como sou minimalista e chiquérrima, escolhi que haveria de ter DUAS. Que radical, sei lá).
Uma cor teria que ser alva e pura como a minha consciência, pelo que a escolha óbvia foi o branco; outra queria que reflectisse os lados obscuros e tenebrosos da mente que eu juro que não tenho (lados obscuros, claro... que mente já todos sabem que me falta). Assim sendo, fui à caça de tintas, nas lojas da especialidade.
É giro que, para nos chamar a atenção, os fabricantes não se limitam a declarar o óbvio. Ou seja, um branco simplex não se limita a ser isso mesmo, mas será um "branco nuvem". Um cinzento será um "cinzento crómio aveludado" e um vermelho é um "vermelho cereja explosiva." Será que eu vou ter mais vontade de comprar uma cor só porque ela tem nome de fruta, ou nome de furacão, ou de doença venérea?
Partindo do princípio que há alguma influência entre a nomenclatura das tintas e a vontade do consumidor em adquirir a dita, aqui ficam algumas sugestões várias, destinadas a dar mais cor (desculpem a redundância) à imaginação dos vendedores:
  • Rosa choque automóvel em cadeia;
  • Vermelho sangue mal coagulado em vésperas de feriado;
  • Verde musgo apodrecido em parede decrépita;
  • Amarelo ictrícia ao pôr-do-sol;
  • Roxo olho inflamado depois de pancada com rolo da massa;
  • Laranja caída há dias à beira da estrada nacional;
  • Cinzento rato de esgoto com problemas de caspa

O resto da palette fica por vossa conta, que eu não posso andar aí a distribuir estas ideias brilhantes a torto e a direito, sob pena de desequilibrar a balança da Economia Mundial.

(imagem: http://www.mecabrush.com/images/icons/airbrush_color_chart.gif)

sábado, 22 de abril de 2006

A multiplicação da insanidade!

Como se já não bastasse uma pessoa para vos poluir as ideias neste blog, agora vão ter DUAS! Esta praga alastra-se, tenham medo, tenham muito medo...

O tal amigo que mencionei ter convidado aceitou vir cá confundir a nossa cabeça inocente, por isso o mundo, tal como o conhecíamos, deixou de fazer sentido. Preparem-se, meninos e meninas!

terça-feira, 18 de abril de 2006

Censura (e um pedido de desculpas)

Até há pouco tempo, o meu sistema de aceitação de comentários era o clássico da Blogspot e implicava que eu tivesse que ir ao mail ver o comentário da pessoa, aceitá-lo e, só depois, o mesmo aparecesse aqui. Como achei que isto podia parecer demasiado salazarista, resolvi mudar para um outro sistema que me tinha parecido catita, o da Haloscan.

A minha ideia, quando desejo ver primeiro o que os outros escrevem antes de publicar, é simples: eu tenho um blog, partilho maluquices, mas não quero que me faltem ao respeito. Poderia haver quem confundisse o meu estilo descontraído com autorização para abusar, e isso, desculpem, se não faço aos outros, também não deixo que me façam a mim.
Afinal de contas, este blog é meu e haja pelo menos um local onde possa pôr e dispôr como me der nas reais ganas! Nem mais.

Como houve uma pessoa que pareceu ter confundido as coisas, resolvi voltar a implementar o antigo sistema de censura. Basicamente, quem for malcriado escusa de ter esperanças de ver o seu comentário aparecer, porque não vai. E, como é evidente, o comentário a que me refiro foi prontamente apagado porque, se me apetecer ser maltratada, vou aos Correios aqui ao pé de casa e sacio a vontade prontamente.
O mais engraçado é que, até me ter aparecido este duque (ou duquesa, quero lá saber), nunca tinha apagado um comentário que fosse em todo o tempo que tenho este blog...

Peço é desculpa a quem postou comentários anteriormente, porque se perderam, com grande pena minha. Mas não desanimem, continuem a deixar as vossas impressões, que eu adoro saber de vocês! :)

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Eufemismos


Se há coisas que não entendo, é a mania que as pessoas têm de não chamar os objectos e afins pelos seus correctos nomes. Por outras palavras, o hábito que têm de recorrer aos eufemismos para designar pessoas, eventos ou outra coisa qualquer.
As pessoas gostam de chamar "peito" às mamas. Sinceramente, não percebo este tabu em falar de um par de glândulas que todos temos, umas com mais desenvoltura que outros. Já cheguei ao ponto de ouvir, no telejornal da TVI, uma médica ginecologista a referir-se ao "cancro do peito"...
Outra palavra igualmente amada é o "seio". Eu gosto desta palavra, dentro dos seus devidos contextos poéticos, mas não nos científicos, desculpem. Pelos vistos, os bebés não mamam, eles "seiam"... ou será que "peitam"?
Uma pessoa com excesso de peso (ou seja, com mais massa gorda que massa magra) não é uma pessoa gorda, é uma pessoa "forte". Então, pergunto eu, o que é o Arnold Schwarzenegger? Super forte, como a cola?
Sou apologista de que, a bem de não se ferirem susceptibilidades, se possa chamar a uma pessoa "gordinha", ou até "cheiinha", mas "forte"?... Enfim.
Sei bem que há muita gente que discorda comigo e se sente mais confortável usando estes eufemismos, mas a mim incomoda-me que se substituam palavras perfeitamente normais, apenas pelo facto de termos pudor em as referir. Qualquer dia, fazemos como os americanos, que já não têm pessoas gordas, mas "horizontalmente expansivas"; não têm pessoas baixas, têm pessoas "verticalmente desfavorecidas"; não têm pessoas com deficiências visuais, mas sim pessoas "visualmente desafiadas"... É de bradar aos deuses!
Nos EUA, chegaram ao ponto de proibir, nos exames das escolas, de se fazerem alusões à neve, dado que muitos alunos vindos dos países sul-americanos nunca a tinham visto e, como tal, seriam incapazes de imaginar um bocado desse H2O gelado para resolverem um problema de matemática. Se calhar estou a ser demasiado óbvia, mas não há televisão no norte da América? As crianças não vêem filmes de Natal? E, já agora, será que eu preciso realmente de imaginar a neve como ela é para poder resolver uma equação qualquer?
Socorro!
(NOTA: é triste que, para pesquisar uma mísera imagem para juntar a este post, tenha tido que usar a palavra "seio" e não "mama"... Eu repito: SOCORRO!!)

Perspectivas de colaboração

Pois é, meninos e meninas, como se não vos bastassem os meus devaneios, convidei um amigo para colaborar neste blog. Agora vamos a ver se ele sempre aceita (o que era uma mais-valia para todos nós, visto ele ter imenso jeito e um espírito completamente condizente com o Gato Metaleiro... e, em vez de uma mente desregulada, teríamos DUAS a contribuir para vos confundir os neurónios! Yay!).
Caso ele queria participar, eu apresento-o. Entretanto, vão-se regalando com os meus fantásticos, lindos e perfeitos... disparates.

domingo, 16 de abril de 2006

O "quê" da Páscoa?

Uma grande fonte de inspiração para as sapiências aqui despejadas são os meus amigos (que, pelo simples facto de serem meus amigos, já diz muito a respeito deles). E, visto que é Domingo de Páscoa, resolvi partilhar convosco mais uma pérola, fruto de duas mentes brilhantes em conjecturas profundas...

Na Páscoa, toda a gente fala em ovos, coelhos, guloseimas, férias no Algarve e, ocasionalmente, até no que esta época representa para o Cristianismo. Os meninos e as meninas deliram com prendas dos padrinhos e das madrinhas, contam-se os lucros acumulados... Enfim, é uma altura do ano completamente desinteressada e de verdadeira abnegação.

O ícone mais apreciado e querido pelas criancinhas é, indubitavelmente, o do Coelhinho, que vem com os ovinhos para os meninos bem comportados (uma espécie de Pai Natal pascoal, portanto). Isto, naturalmente, fez subir imenso a cotação dos coelhinhos de todo o mundo nas jovens e influenciáveis mentes de hoje. Assim, e seguindo esta lógica, eu e o Chris resolvemos pensar nos animazinhos desgraçados, sempre preteridos pela publicidade, que poderiam ganhar com uma associação simpática como esta.


Desta forma, gostávamos de sugerir que se dê umas férias aos coelhos de todo o mundo e se adopte uma nova mascote pascoal, para promover os menos favorecidos neste planeta, que também merecem. Apresentamos, de seguida, alguns candidatos possíveis:

  • a ratazana;
  • a barata;
  • a lesma;
  • o gnú;
  • a ténia (esta, mais que ninguém, a precisar de boa publicidade, coitada...*)
  • a mosca varejeira;
  • a osga.

Enfim, a lista podia ser imensa, mas estão aqui alguns pobres bichos menos abraçados pelo público em geral (e quem não gostaria de abraçar uma lesma?)

Uma dica: em vez de pensarem numa simples ratazana, pensem numa ratazana PASCOAL. Melhora imenso a imagem mental, não melhora?

In this blog, we aim to please. Thank you.

(*eu sei que todos os leitores do blog são inteligentes e maravilhosos, mas aqui fica a nota à mesma: ténia = lombriga... nham!)

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Prisão de ventre

Acabei de ouvir uma publicidade inspiradora:

"Quando está com prisão de ventre, durma sobre o assunto."

O produto postula que, se tomarmos o comprimidinho, na manhã seguinte, o "assunto" fica resolvido. O problema é que a embalagem diz que actua... em seis horas.

Bem... eu, que durmo cerca de nove horas por noite... Estou com medo de pensar nos meus colegas de sono, em especial aqueles que tomam medicamentos para dormir...

(Por outro lado, imagino que isto ajude imenso à indústria dos detergentes da roupa... será uma conspiração?)

(E, uma vez mais, segundo o meu amigo que tão simpaticamente contribuiu para o post "Ora engata lá!":
"Sic: Com a merda que lhe damos por dia, se não evacua, está bem lixado")

Um pedido sério

Bem, pelos vistos fui castigada pelos meus imensos pecados. Como devem reparar, o template do meu blog perdeu alguns dos links que tinha, não sei como nem porquê. Naturalmente, estou triste.

Pedia-vos, caso sejam um dos visados que tenha perdido o seu link aqui no blog, o favor de me contactar via o mail
lux_ferre@yahoo.com, para eu poder resolver o assunto. Não sei como isto sucedeu, mas simplesmente perdi muita coisa...

Obrigada.

Mea Culpa!

O Vaticano, pelos vistos, criou uma gama totalmente nova de pecados, acompanhando o sinal dos tempos (ver aqui esta notícia em pormenor). Assim, já não é apenas pecado invocar o nome de Deus em vão; ler o jornal, por exemplo, também entra no rol de coisas que nos fazem arder nas labaredas do Inferno.
O que é, a meu ver, muito positivo. Afinal de contas, era tempo de a Igreja Católica começar a recolher dividendos com as novas tecnologias, ou não? Desta forma, aposto que os cardeiais estão todos a magicar (salvo seja, que isto seria pecado também) as fórmulas certas para todos os novos actos condenáveis. Por exemplo, uma hora de internet corresponderia a duas horas de leitura da Bíblia, ler o jornal a uma...

Acho que, sinceramente, todas as penitências deviam ser substituídas, como aconselhou a Igreja Católica para muitas, pela leitura da Bíblia. Acho que o excesso de velocidade na estrada se resolveria imediatamente se os condutores fossem obrigados a ler três ou quatro capítulos das Sagradas Escrituras depois da infracção (especialmente se estiverem com os copos). Fugiu aos impostos? Nada que o Livro dos Livros não sare!

Sugiro, a bem da saúde de todos os órgãos eclesiásticos, o alargamento de mais actividades como pecadoras, a ver:
  • mascar pastilha;
  • ler banda desenhada (especialmente se não forem as Escrituras para crianças);
  • ser marreta;
  • gostar dos Marretas;
  • gostar de Metal;
  • falar com animais em tom infantil (ui, que me queimam as chamas infernais);
  • gostar de artesanato (afinal de contas, é vaidade);
  • cantar no duche;
  • ter livros de cozinha;
  • ler na casa-de-banho;
  • gostar de futebol;
  • reciclar revistas pornográficas;
  • trocar os lençóis à cama mais que duas vezes ao mês.

O resto deixo à vossa consideração.

(NOTA: não me caiam em cima os católicos, que eu já avisei mais que uma vez que não existo, não sei quem sou nem onde moro. Grata)

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Ora engata lá!

Sabem o que é o hi5? O hi5 é uma comunidade de internet criada para as pessoas poderem juntar uma rede de amigos e, através dos mesmos, ir conhecendo outros, nessa mesma ideia de rede. A premissa é que, se conhecermos pessoas novas através dos amigos que já temos, ficamos com um grupo de pessoas interessantes com quem partilhar ideias, conversas, amizade.
Eu nada tenho contra o hi5. Na verdade, já fiz bons amigos através dessa rede. O problema surge quando há mentes brilhantes que se lembram que, se há engates noutros locais de internet, porque não ali também?
Naturalmente, também fui exposta a este tipo de assédio. Aliás, tendo em conta a minha beleza estonteante e tal, outra coisa não seria de esperar. Até me admira que não chovam catadupas de propostas de casamento...
Mas adiante, antes que os meus leitores fiquem ofuscados.
Ora estava eu, precisamente, a comentar com um amigo que conheci no hi5, que me irritavam os pedidos de adição à rede quando os mesmos eram, descaradamente, com o propósito de engate. Resumindo, não insultem a minha inteligência não lendo o meu perfil ou usando fotos pseudo-eróticas e/ou pornográficas nos seus perfis idiotas.
Ele sugeriu uma resposta, a meu ver, brilhante (e escatológica), que lhe pedi para deixar aqui e partilhar. Sugiro que façam copy + paste e mandem a todos os seres fantásticos que querem meter-se por cima e/ou por baixo de vocês de forma mais bíblica:

"vi as tuas fotos e era para te convidar imediatamente para minha casa para termos uma sessão de sexo desenfreado, em todas as posições e mais alguma, e em todos os orificios. Infelizmente, a minha colega de quarto que, é bi-sexual ninfomaniaca comentou, ao ver as fotos, que estavas em boa posição para levar com merda na cara, e agora, sempre que vejo as tuas fotos, só consigo mesmo imaginar-te como um balde de merda, e nada menos que isso me poderia satisfazer. Por isso se quiseres, cobre-te em fezes mesmo dos pés à cabeça, e vem ter comigo a esta morada..."
Gratos por podermos ajudar, eu e esse meu amigo.

O mito do vizinho do lado


Segundo o folclore popular, o vizinho do lado é o homem inacessível e jeitoso com que sonhamos. Ele anda todo o dia, musculado e reluzente, pela casa em tronco nú, entretido com todas as engenhocas que fazem o seu corpo ficar ainda mais musculado e reluzente.
Ou ele se mudou há pouco para a casa do lado e ainda temos aquela esperança taquicárdica que repare que somos tudo aquilo que ele sonha, quer e deseja, ou em breve vai precisar desesperadamente de açúcar e, reparando na nossa porta, vem, semi-vestido (ou despido, conforme preferirem), pedir-nos para lhe emprestar uma embalagem, agradecendo-nos com um sorriso que empalidece de vergonha o mais alvo mármore...
Isto é o folclore. Agora analisemos a triste verdade.

O vizinho do lado, se jeitoso, é casado. Se solteiro, é feio, gordo, e nunca ouviu falar em desodorizante, e a única coisa que reluz é a sua testa suada. Está desde sempre a viver ao lado, por mais que rezemos a todos os deuses para que se mude para um local inóspito, ou mudou-se há pouco e berra, às três da matina, para a Maria lhe levar a cerveja.
Se precisa de açúcar, é para arma de arremesso, porque a Maria não lhe levou a cerveja, ou porque quer comer bolo e está farto dessas mariquices metrossexuais de adoçantes e afins que a Maria apregoa. Quando devolve a embalagem do açúcar, sorri e mostra o único dente que sobrevive naquela devastação gengival, porque instantes encostou uma parte mais recôndita da sua anatomia lá dentro (ou então porque se peidou mesmo antes de abrirmos a porta e está a inalar o seu orgulhoso feito).
Eu repito: Hollywood, vai gozar com o raio que te leve!

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Quantas vezes é demais?


Os filmes de Hollywood têm o condão de moldar a visão que muita gente tem das coisas da vida: o que é o sucesso, que tipo de casa devíamos almejar ter, qual o homem/mulher ideal...
Como em tantas dessas coisas, também a ideia de romance é definida, catalogada, pesada e medida pela indústria cinematográfica americana. O amor deve ser assim e assado para ser perfeito, puro, insondável, eterno. Na verdade, se repararem, a ideia veiculada é que não há amor como o primeiro, apenas uma e uma só pessoa encaixa connosco, só quando nos apaixonamos pela primeira vez é que é "verdadeiro"...
Sinceramente, esta visão do amor irrita-me um bocado. É falsa e altamente limitativa, se formos a pensar bem. Afinal de contas, eu tenho 26 anos e não estou junta com o tipo por quem tive a minha primeira paixão aos 12 (e ainda bem, é sinal que os deuses são clementes e gostam de mim). Isso faz de mim, aos olhos de Hollywood, uma falhada.
O primeiro amor é que é o "tal"? O "verdadeiro"? Só há um amor na vida? Disparate. Dizer a uma mulher, na minha idade, que já se apaixonou mais que uma vez (para bem ou para mal) que isso é errado, que depois da primeira sensação de nó de estômago sentida nada mais é "verdadeiro"... bem, é deprimente. Não me quero imaginar a passar o resto da vida com o rapaz desengonçado de quem gostei, a mera ideia faz-me ter vontade de enfiar a cabeça num buraco e nunca mais olhar o mundo nos olhos. Ou o desengonçado.
E quanto à teoria de se ter apenas uma pessoa certa para nós? Imaginemos a mulher que casa por amor (porque sabemos que há quem case por outras razões), passa 20 anos com o mesmo homem e este morre num acidente de viação. A vida amorosa desta mulher morreu com o amado esposo? Ou será que, depois de cicatrizadas as feridas, o luto feito e a depressão passada, esta mulher não vai ver a sua vida numa nova luz e querer procurar um companheiro, alguém com quem passar mais anos da sua existência?
Há várias pessoas que podem encaixar connosco, na minha opinião, dependendo da altura de vida e do nosso crescimento pessoal. Umas terão a ver connosco numa altura, se calhar noutras já nem tanto (como o meu famoso desengonçado). Também, na minha opinião, convém é que nos encantemos por uma criatura de cada vez, para não lançar o caos no mundo e parir um Apocalipse de luxúria e coisas afins desenfreado (mas pronto, haverá quem discorde).
Enfim, foi um desabafo. E, para rematar, digo apenas mais isto: o raio que te parta, Hollywood, vai dar sugestões para o teu quintal!

A artista do mês (ehem)...


No sábado passado fui a casa da Cláudia brincar com FIMO e aprender umas coisas novas. Aqui está o resultado! Estou bastante satisfeita e, dizem-me, esta verdadeira obra de arte (que é, para quem não sabe, um colar) já foi vendida.
Alguém me quer encomendar coisas? Ihihih...

(E, ao contrário do que disseram as más línguas, a Leonor NÃO fez um gato preto, 'tá?)

Para verem as restantes obras: http://www.bichanosdoporto.blogspot.com ou http://artesanato-bichanos-do-porto.blogspot.com)

terça-feira, 4 de abril de 2006

Se conduzir, não...

Hoje, estava eu a conduzir pela cidade, quando dou comigo a partilhar a estrada com um carro da Instrução. Pela forma de conduzir, eu diria que seria a primeira aula da pobre criatura, porque aquilo era realmente lamentável: mudar de faixa sem meter piscas, andar a meio de duas faixas, as vacilações... Enfim, coisas de maçarico...
...Até que reparei que só havia uma pessoa dentro do veículo. Como podia?!
Bem, meninos e meninas, a verdade é que era uma instrutora, que estava ao telemóvel e conduzia ao mesmo tempo! Que bonito.
Acho que aquela escola devia ter um lema: "Se fazemos isto, imagine o que lhe podemos ensinar"...

Vai um queijinho?


Um artigo do jornal Sun diz que o queijo nos ajuda a melhorar a nossa vida sexual, actuar contra o stress e ajudar no combate à dor.

E produzem dez vezes mais "hormonas da felicidade" que o chocolate!
Da próxima vez que alguém quiser afogar as mágoas do amor com chocolate, ofereçam-lhe queijo...

(artigo e imagem: http://www.thesun.co.uk/article/0,,2-2006150270,00.html)