(A bem de manter o nível deste post com a elevação moral a que já vos habituei, vou tentar ser fina e cheia de graça natural ao falar neste assunto tão... peludo)
Uma das agruras de ser do sexo feminino é, para além de ter de carregar aos ombros o fardo da perfeição, por vezes uma chatice. Vejamos, por exemplo, o facto de a sociedade esperar que andemos sempre perfumadas, lavadas e depiladas. Eu não tenho nada contra andar perfumada (e muito menos contra os banhos, já que me permitem andar no meio dos outros seres humanos sem insultar olfactos), mas gostava de dar umas palmadas valentes à alma que inventou a depilação.
Não é que eu desgoste da ideia de andar sem pêlos supérfluos, mas seria de esperar que, num planeta de engenharias aeroespaciais, clonagens e tal, alguém já se tivesse lembrado de criar um sistema baratucho e sem dor para o raio das pilosidades serem miragem. Mas não, parece que os deuses resolveram que sofrer desta forma era um bom modo de compensarmos pelas nossas travessuras, e toca a manter o velho sistema de ceras e máquinas que arrancam pêlos com requintes de crueldade...
Pois bem, ontem fui com uma amiga ao sofrimento. Nestas coisas, confesso que sou um bocado como as mulheres que vão aos pares para a casa-de-banho: gosto de levar alguém que me dê apoio moral e, de preferência, aparente sofrer, pelo menos, tanto quanto eu. Dado que a minha amiga está grávida, acho que a balança estava mais ou menos equilibrada (eu sou um demónio, eu sei...)
Deitar na marquesa e levantar perna, baixar a perna, cantar músicas pimba e blasfemar enquanto somos desbastadas com dor, pagando para isso, não é propriamente a minha ideia de uma manhã bem passada...
Falando de zonas nos meridianos inferiores, temos as modas das fôrmas, que eu pensava só existirem para bolos: umas assemelham-se a morangos, outras a corações, outras não faço ideia, que a minha cultura geral resume-se ao que vejo na televisão. Nessa caixinha também aprendi que já há quem providencie serviços de pintura naquelas áreas, para que um morango se pareça com um morango...
Enfim, as mulheres resolveram, para o bem ou para o mal, que a moda do Pinhal de Leiria se foi, o formato do vôo dos gansos na Primavera já é passado, e o que é bem é ter uma pista de aterragem (seja de aeroporto ou aeródromo, é ao gosto da freguesa - ou, no meu caso, ao gosto da esteticista, que me pergunta como quero, passa a cera antes de eu responder e faz um sorriso sádico enquanto me diz "tarde demais, agora tenho mesmo que tirar!") A Sul, quer-se a relva desbastada, nada de ervas daninhas, a paisagem deve ser perfeitamente lisa.
Uma das agruras de ser do sexo feminino é, para além de ter de carregar aos ombros o fardo da perfeição, por vezes uma chatice. Vejamos, por exemplo, o facto de a sociedade esperar que andemos sempre perfumadas, lavadas e depiladas. Eu não tenho nada contra andar perfumada (e muito menos contra os banhos, já que me permitem andar no meio dos outros seres humanos sem insultar olfactos), mas gostava de dar umas palmadas valentes à alma que inventou a depilação.
Não é que eu desgoste da ideia de andar sem pêlos supérfluos, mas seria de esperar que, num planeta de engenharias aeroespaciais, clonagens e tal, alguém já se tivesse lembrado de criar um sistema baratucho e sem dor para o raio das pilosidades serem miragem. Mas não, parece que os deuses resolveram que sofrer desta forma era um bom modo de compensarmos pelas nossas travessuras, e toca a manter o velho sistema de ceras e máquinas que arrancam pêlos com requintes de crueldade...
Pois bem, ontem fui com uma amiga ao sofrimento. Nestas coisas, confesso que sou um bocado como as mulheres que vão aos pares para a casa-de-banho: gosto de levar alguém que me dê apoio moral e, de preferência, aparente sofrer, pelo menos, tanto quanto eu. Dado que a minha amiga está grávida, acho que a balança estava mais ou menos equilibrada (eu sou um demónio, eu sei...)
Deitar na marquesa e levantar perna, baixar a perna, cantar músicas pimba e blasfemar enquanto somos desbastadas com dor, pagando para isso, não é propriamente a minha ideia de uma manhã bem passada...
Falando de zonas nos meridianos inferiores, temos as modas das fôrmas, que eu pensava só existirem para bolos: umas assemelham-se a morangos, outras a corações, outras não faço ideia, que a minha cultura geral resume-se ao que vejo na televisão. Nessa caixinha também aprendi que já há quem providencie serviços de pintura naquelas áreas, para que um morango se pareça com um morango...
Enfim, as mulheres resolveram, para o bem ou para o mal, que a moda do Pinhal de Leiria se foi, o formato do vôo dos gansos na Primavera já é passado, e o que é bem é ter uma pista de aterragem (seja de aeroporto ou aeródromo, é ao gosto da freguesa - ou, no meu caso, ao gosto da esteticista, que me pergunta como quero, passa a cera antes de eu responder e faz um sorriso sádico enquanto me diz "tarde demais, agora tenho mesmo que tirar!") A Sul, quer-se a relva desbastada, nada de ervas daninhas, a paisagem deve ser perfeitamente lisa.
Às vezes invejo as francesas tradicionais...
3 comentários:
Sou homem, confesso, mas este texto está fabuloso! Peço desculpa por rir-me da desgraça alheia, por envolver o sofrimento depilatório, mas não contive as gargalhadas... Muitos parabéns pelo texto. :)
bem tá d mais...
já fiz uma vez as axilas e doeu k s fartou...
lá nest aspecto tou solidário ctg e c as restantes k tanto sofrem pra nos agradar...
A teoria da relatividade fala de algo parecido com o continuum espaço/tempo e da forma como a sucessão cíclica de acontecimentos numa espiral as/descendente pode ocorrer no plano tridimensional. Em vez de relatividade, chamar-lhe-ia antes acção-reacção.
Para que servem os morangos? Para comer. Quem tem "alimento" para dar e não tem famintos à mão para que se lhes seja distribuído o maná, pode "amorangar" o triângulo das bermudas. Afinal, um "morango" é coisa boa de ser comido e não há fome que não termine em fartura.
Através deste teu blog, se calhar descobre-se que E=Mc2 é, afinal, a equação da lei da "oferta" e da "procura"...
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