Seguidores

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Carta ao Menino Jesus

Querido Menino Jesus,

Vais-me desculpar não te ter escrito antes, mas tenho andado muito ocupada com aquilo que tu criaste: a mania das prendas! Pois é, vais-me querer negar que resolveste nascer no Natal só para teres as atenções todas?

Também tens que me desculpar nunca te ter escrito antes. É que sabes, o Pai Natal costuma ser mais fashion do que tu, anda mais nas bocas do mundo, é mais fácil lembrarmo-nos dele; além disso, sendo pagã, acho que ficava mal andar com grandes intimidades literárias (leia-se, troca de correspondência) contigo... não fosse o teu Pai fazer-me entrar em combustão espontânea antes mesmo de abrir os meus presentes, em jeito de castigo.

O ano passado escrevi ao Pai Natal, cheia de boas intenções, para lhe sugerir coisas que ele também teria direito a ter nesta época, mas o desgraçado do gorducho não me respondeu, vê lá. Assim, este ano resolvi dar-te atenção a ti, Menino Jesus, na esperança que sejas um puto mais fino e tenhas uma atitude mais como deve ser.

Tal como no ano passado, não te peço prendinhas. Já sou crescidinha o suficiente para saber a quem devo pedir essas, por isso vamos ao que interessa: eu quero é saber coisas! Dado que é Natal, e não se deve mentir (sabes que, sendo pequenino, se mentires, não recebes prendinhas, não sabes?), achei que seria a altura ideal para te colocar umas questões que só tu saberás responder, na tua infinita sapiência infantil:
  1. Quando nasceste e te deitaram numa cama de palha, a dita não te picava? É que estavas nú... aquilo devia ser um bocado chato.
  2. Quando percebeste que tinhas sido colocado num estábulo com uma vaca e um burro (falo dos animais, seus mal-intencionados!) não pediste o Livro de Reclamações?
  3. Falando em reclamações, tens alguma coisa a ver com a criação da ASAE? Se não, podias ser um fixe e dar uns açoites nalguns meninos que tiveram umas ideias um bocado estúpidas de proibir tudo o que é artesanal neste nosso Portugal?
  4. Quando te apareceram os Reis Magos, mijaste para cima de algum?
  5. Adivinhavas que, dois milénios depois, a malta se borrifasse para ti e pensasse mais no Pai Natal e nas prendas?
  6. Irrita-te essa coisa de a malta ter a mania de enfeitar as varandas com Pais Natal pendurados, mas nenhum Menino Jesus?
  7. Envergonhas-te por seres sempre representado com o pirilau de fora nesta altura do ano, e a levar porrada na Páscoa?
  8. O bolo-rei foi alguma prenda escondida de um dos Reis Magos? É que ouro, incenso e mirra... quer dizer...
  9. Tinhas alguma árvore decorada no teu estábulo? Bolinhas, enfeites, bonecos de neve?
  10. Não vais pedir ao teu Pai para me incendiar, pois não?

Desculpa lá não me alongar mais, mas o tempo urge e tenho que ir alambazar-me com o banquete, e depois com as prendas, e depois com mais comida, e depois um filme, e depois... espero que entendas, no Natal temos que dar atenção ao que realmente interessa.

Com carinho,

Leonor

Para os fundamentalistas religiosos: eu não me chamo Leonor, eu não existo, eu não estou no Sul do país neste momento. Na realidade, esta mensagem toda foi uma profissão de fé profundíssima, tão profunda, tão profunda, que é dogmática. Não questiones o que é sagrado, fundamentalista! Agora vai para casa chibatar-te e cantar músicas de Natal, vai.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Parabéns...

Aqui neste nosso Portugal, somos exímios em quebrar recordes do Guinness. Ora, toda a gente sabe que quebrar um recorde exige que planeemos as nossas acções, façamos umas pesquisas, escolhamos a melhor altura para agir e, por fim, façamos a dita coisa em questão, pelo que nos poderíamos orgulhar de ser um povo pro-activo e dedicado, certo?

Errado.

Nós somos os mestres dos recordes estúpidos. Temos a maior feijoada do mundo, em cima de uma ponte. Que impressionante. Uma ideia merecedora de um Nobel. O maior presépio de chocolate do mundo (embora apetitoso, também não me parece que resolva conflitos mundiais)...

A ver se alguém se lembrou de medir a flatulência de alguém no dito almoço e a usou para encher um balão gigante! Ou dar o chocolate todo a um grupo e ver qual o que tinha a diarreia maior? Se querem recordes estúpidos, ao menos que sejam mesmo, mesmo capazes de acordar o idiota que há dentro de nós...

Outro recorde lusitano, mas este não planeado, é o do realizador de cinema mais velho do mundo. O nosso Manoel de Oliveira fez anos ontem, a bela idade de 99, e está de parabéns. Este recorde já não é estúpido, porque suponho que o Sr. Manoel de Oliveira não terá sido injectado com drogas que prolonguem a vida só para estarmos, uma vez mais, no dito livrinho (as vozes na minha cabeça insistem que há aqui uma conspiração marciana qualquer, mas eu vou ignorá-las...)


Obviamente, o aniversário do nosso quase centenário (ena, rimei!) foi alvo de notícia de telejornal, e os jornalistas aproveitaram para encadear os anos do senhor com o facto de o Governo lhe ir atribuir financiamento para os seus próximos dois filmes, sem que ele tenha que ir a concurso.

À primeira vista, esta generosidade governamental parece simpática, um acto fofinho a um record de Guinness lusitano, um acto patriótico. Certo?

Errado!

Na minha erudita e culta opinião (que é, como quem diz, uma opinião equiparada à do Zé das Iscas), isto mostra que, a dada altura, alguém do Governo se terá lembrado de referir, à boa moda portuga que, fiado, nesta Tasca, só a senhores maiores de 95 anos, e... pumba, só depois se lembraram do Manoel de Oliveira.

Por outro lado, isto mostra uma admirável confiança nas técnicas de prolongamento da vida dos médicos portugueses, porque sabemos que um filme não se faz de um dia para o outro, o que quer dizer que o nosso realizador terá que viver, pelo menos, mais uns dois ou três anos para poder aproveitar a generosa oferta do Governo, e...

...espera lá.

Ah.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Vamos dar umas férias ao Pai Natal

Fiquei a saber hoje, por uma velhinha, que a Igreja Católica não olha o Pai Natal com muito bons olhos. Pus-me a pensar nisso, e realmente há todo um maná de razões para tal:
  • o Pai Natal não molesta criancinhas (pelo menos aquele que vive no Pólo Norte);
  • o Pai Natal fica sempre com as honras todas das prendinhas recebidas, e por isso é considerado um fixe;
  • o Pai Natal não ameaça os meninos pequeninos com as chamas eternas do Inferno;
  • o Pai Natal não manda as crianças votarem neste ou naquele partido político e, sobretudo;
  • o Pai Natal só pode ser um agente de Satã, visto vestir botas de vinil e cinto de vinil... ah, grande maluco!
Tentando saber mais acerca desta ira da Igreja pelo papá natalício, puxei mais pelo assunto junto da senhora, que me afirmou que o padre da sua paróquia tinha feito um esclarecidíssimo discurso acerca da ignomínia e horror que eram os Pais Natal que agora toda a gente tem a mania de ter pendurados do lado de fora das janelas das suas casas. Pendurados, que nojo! O padre foi mais além, afirmando que até parecia que os ditos estavam a ser enforcados (eu voto mais em ele ter dito que os senhores responsáveis por essas decorações natalícias mereciam ser enforcados, mas o que sei eu?...)


E não é que eu acho que o padre tem toda a razão? Acho que devíamos dar umas férias merecidas ao Pai Natal, deixá-lo descansado lá em cima, junto com a sua esposa, sem ter que se chatear com uns milhões de putos ranhosos a pedir prendas. Proponho duas medidas alternativas:
  1. Que os padres passem a usar o dinheiro das esmolas dos santinhos não para encher a barriga, mas para comprar prendinhas aos putos das suas paróquias e;
  2. Embora passar a pendurar, não o Pai Natal do lado de fora das varandas, mas o Menino Jesus?*

E com esta acabo de assegurar que, se os cristãos estão certos e a única via do Além é o Céu ou o Inferno, eu nunca chegue a ver o S. Pedro e aqueles portõezinhos dourados que ele guarda...


*- Foi esta a moda que o Michael Jackson tentou criar aqui há uns anos, usando o filho como exemplo, mas ninguém o percebeu...

sábado, 8 de dezembro de 2007

O veterinário

Há uns poucos dias atrás, precisei de levar um gato, que não era meu, ao veterinário. O pobre peludo tem um cálculo renal e era preciso ver se a coisa estava melhor ou não. Como o veterinário não fica ao virar da esquina e o gato é gordalhufo, convinha transportá-lo de um modo qualquer que não fosse pedestre, a bem da saúde braçal dos humanos envolvidos.

O estacionamento perto de minha casa pode ser um bocado caótico, e se eu chegar depois de uma determinada hora, é certo sabido que lugares nem vê-los, pelo que às vezes fico condenada a estacionar uns bons cinco minutos de distância do meu belo domicílio. Por isso, a não ser que chova, já estou conformada com a situação e não me queixo.

O dia em questão estava límpido, por isso não me chateei com a caminhada. Combinei com o dono do gato (que mora pertinho de mim) que íamos buscar o meu carro e depois passávamos por casa dele e pegávamos no gato. À hora combinada, fizemos a viagem para a minha linda viatura.

Conversa puxa conversa, era tudo um grande "blá blá" aqui, "blá blá" ali, o tempo passou depressa. Já tinha mapeado na minha cabeça o trajecto completo, passo por aqui, viro ali, evito aquela rua que tem sempre mais trânsito...

O Blá Blá continuava. Ah e tal, o tempo, as nuvens, a conjuntura, apetece-me chocolate, já dormia uma soneca, viste a manobra que aquela besta quadrada acabou de fazer?! Isto e aquilo, o que achas de xpto, não percebo nada daquelas coisas, o que pensas tu disto aqui, e...

...e porque raio estamos nós já a meio caminho do veterinário E NOS ESQUECEMOS DE TRAZER O GATO?!

Olhámos um para o outro, semi-aparvalhados (teríamos ficado aparvalhados completos se já estivéssemos à porta do veterinário), sem saber o que dizer. O semáforo mudou e eu desatei a rir que nem uma desgraçada. Teria gostado de só ter dado conta do erro mesmo dentro do consultório...
"O que os traz por cá?"
"Queríamos que visse o animal, se está melhor"
"Que animal?"
"Er... na verdade, sotôr, têm-me doído as amígdalas... não dava uma espreitadela?... Er..."


Está matematicamente provado, eu sei bem com que pessoas me rodear, assim não me sinto a única pateta deste mundo...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Estas fotos são para o Tiago

Bollywood em Londres! E com homenzinhos mais ou menos flutuantes! É magia!


Fotos das férias de Londres

Mais vale tarde que nunca, e eu prometi fotos das minhas férias de Verão em Londres (os sacrifícios que eu faço!), por isso aqui vão umas pitorescas.


Eu a embelezar a guitarra patrocinada pelo Sr. Robert Plant (para os distraídos, eu sou a linda mancha laranja)


O fabuloso sentido prático britânico...


Star Troopers no National Museum! (E com este comentário acabei de assegurar o meu lugar entre os geeks...)

Sou japonesa

Finalmente consegui obter as minhas fotografias das férias do Verão. Entre Londres, Faro e festival de esculturas de areia, devo ter à volta de 150 a 200 fotos.

Está visto: em matéria fotográfica, eu devo ser é japonesa...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Pensamento do Dia ou O Horóscopo de Centro Comercial

Todo o bom português conhece o centro comercial, essa maravilha arquitectónica e consumista do mundo actual e que nós, lusitanos, consumimos com avidez sempre que podemos.

Os senhores proprietários dos centros comerciais querem a satisfação dos seus clientes e convenceram-se (e a nós, consumidores, também) que a melhor coisa é fazerem-nos sentir como se estivéssemos em casa ou, quiçá, na tasca do Primo Joaquim, onde todo o portuga bebe a sua vinhaça a martelo e come o seu pãozinho com chouriço.

Nada melhor para alegrar o Zé Povinho do que instalar televisores por toda a zona da restauração do centro comercial, para que o pobre coitado do cliente possa ter algo melhor que fazer do que conversar com a esposa ou os filhos, com quem teve a obrigação de ir comprar uns trapinhos. Ah, aqueles olhares vidrados nos ecrãs, aqueles "ãh?" dirigidos aos restantes membros da mesa!

Tudo isto para dizer que estava numa zona dessas, e resolvi ter o maravilhoso comportamento de seguir a manada e olhar para o televisor e ver que sapiências tinha para me contar. Achei o horóscopo. Maravilha!

O horóscopo do centro comercial apenas fala de amor, porque o portuga só quer saber do Cupido (ou isso, ou os donos daquilo têm medo que o Oráculo fale de Finanças, diga que é melhor poupar guito e lá se vai a febre consumista...). Todas as entradas para cada signo começam, invariavelmente, com um "no Amor" isto, "no Amor" aquilo...

Eu li isto um destes dias:

"Sagitário:
No Amor, guarde algum tempo para estar consigo mesmo."

Agora eu pergunto: porque raio fazem os senhores dos centros comerciais convites abertos à masturbação do Sagitário?!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Pensamento do Dia

Se eu vejo uma mulher na rua com as pernas imaculadamente depiladas...

...porque raio ela tem um buço que rivaliza com o bigode do Quim Barreiros?!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Pensamento do Dia

“Posso-lhe pagar uma bebida?

Não obrigada, mas posso ficar antes com o dinheiro?”

George Carlin, esse comediante genial.

domingo, 7 de outubro de 2007

Chazinho

Ontem de tarde senti-me ligeiramente indisposta. Resolvi acalmar a coisa deitando-me um pouco. Mais para o fim da tarde, senti fome e perguntei à minha mãe o que podia comer (em jeito de dica, pois claro, "oh pra mim aqui toda desprotegida e a necessitar de alimento na caminha..." - afinal, se vou passar o fim-de-semana com a família, que seja para ter mimos!) Ela aconselhou-me uma torrada e um chá.



Minutos depois, aparece ela no meu quarto com um tabuleiro, uma torrada e chá dentro de um bule de porcelana fina, com uma chávena a condizer. Tudo cheio de finos e chiques, portanto.

Sinceramente, fiquei assustada. O habitual seria uma reles caneca, nada de porcenas estilo Limoges e paninhos de linho por baixo... aquilo era atenção a mais!

Cheguei à conclusão óbvia: se quando estás mal-disposto te dão mais do que aquilo a que estás habituado/a, não é porque estás a ser mimado/a, é porque estás a MORRER!!!

(Moral da história: problemas de tripas podem subir à cabeça...)

Imagem retirada daqui.

Algemas

Fui há dias com uma amiga a umas lojas ver coisas inúteis e, como sou um ser maravilhoso e fofinho, ela resolveu presentear-me com qualquer coisinha. Eu, por pudor, recusei terminantemente a oferta… durante dois segundos. A oferta foi um par de brincos com um conceito que eu achei fabuloso e potencialmente passível de ser comercializado para outros fins.

O raio dos brincos são brilhantes, na minha humilde opinião, porque são umas pequenas algemas presas por umas correntes, com chaves e tudo! São tudo o que uma rapariga pode querer em 1,5cms de diâmetro. Os meus lóbulos até estremecem de importância quando os coloco…

Ao olhar melhor para os meus recém-ofertados berloques, reparei que os fabricantes levaram a coisa ao ponto de as algemas funcionarem – elas abrem e fecham, tal como as verdadeiras. Como gosto de ocupar o meu dia a ter ideias perfeitamente inúteis mas claramente milionárias, elaborei uma pequena lista de situações nas quais aqueles brincos seriam extremamente úteis e, porque não dizê-lo, completamente indispensáveis:
  1. Mulheres-polícia: era lindo as nossas agentes da autoridade andarem com aquelas coisas penduradas nas suas orelhinhas. Era uma forma de matar dois coelhos numa cajadada, porque ficavam com um ar mais fashion (e uma mulher-polícia precisa, obviamente, de o ser, por razões que neste momento não me ocorrem) e ainda passavam a ter formas de prender os dedos mindinhos dos malfeitores em dois segundos. Beleza e segurança num só gesto, que maravilha;
  2. Festas fetichistas: podemos dizer com alguma segurança que os brincos-algemas fariam furor em festas do fetiche – “Ai recusas-te a lamber a sola dos meus sapatos?! Então toma!” e zás, algemavam-se os dedos mindinhos do menino mal-comportado a uma pessoa que tivesse como passatempo explicar pormenorizadamente como se processa o fascinante mundo do clister;
  3. Vingança: uma mulher despeitada pelo ex-companheiro pode sempre mostrar os brincos a outras mulheres e espalhar o rumor que, uma vez, lhe conseguiu prender o pénis com aquilo (lembram-se? Um centímetro e meio)… e ainda sobrou espaço.
Vêem como uns acessórios despoletam ideias magníficas? Agora espalhem-nas pelo mundo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Os elfos do combustível

Aqui há um par de dias, acendeu-se no meu carro aquela luzinha laranja, minúscula mas irritante, que me indicava que tinha o combustível na reserva. Raios, pensei, lá tenho eu que ir meter gasóleo. Detesto meter combustível no carro, e sempre que a luz se acende tenho a sensação que oiço o carro a rir-se e a gozar-me (não, não preciso de consultas psicológicas... acho).

Não sei que tipo de aversão é a minha, mas detesto meter combustível no carro. Detesto pegar na agulha, ouvir aquela vozinha feminina electrónica a dizer-me "pode abastecer" (como se eu precisasse da tua autorização, oh gaja!), ter que esperar até a agulha saltar, irritar-me porque o preço não é certo, insistir que cabem mais umas gotinhas para a conta ser redonda, deixar cair à última da hora uma gota na mão e ter que a limpar compulsivamente ("Argh, que este cheiro não combina nada com a minha toilette!"), fechar o carro, ir pôr-me na fila para pagar, voltar ao carro, abri-lo, ir embora...

Como é óbvio, eu tento atestar sempre o carro, assim evito ter que passar por esta situação muitas vezes. Ora, dado que recebi, há uns dias, uns cupões para descontar no preço do combustível, resolvi que os ia gastar, e tinha que ser numa empresa específica. Quando precisasse, pensei, ia à bomba e resolvia a coisa.

Pois bem, entrei na reserva numa altura em que não havia nenhuma bomba daquela marca por perto, de modo que fui esticando o gasóleo. "Só mais um quilómetro, anda lá..." Infelizmente, a reserva tem os seus limites e, para não acabar na berma da estrada com aqueles lindos coletes amarelos, resolvi ir a uma bomba na auto-estrada e meter €5 de combustível, só para remediar.

Acabo de ligar o carro e, sem demasiada surpresa, o ponteiro do combustível não saiu da reserva. Bem, paciência, quando voltar do trabalho logo atesto o carro na bomba que me interessa.

Chegada ao trabalho, estacionei o carro e pus-me a caminho do escritório. Até aqui nada de novo, nem de extraordinário. A parte misteriosa foi quando voltei a ligar o carro, e charã!, já não estava na reserva! Fabuloso. Andei mais um bocado com o carro, naquela de ver se o sacaninha metálico voltava a gozar-me e acendia a luz da reserva, mas... nadinha. Continuava com quase um quarto de depósito.

Tive um par de dias para cogitar sobre o assunto, e cheguei a uma conclusão brilhante e óbvia: foram os elfos do combustível que me puseram mais gasóleo! Se o detergente Presto tem os glutões que comem a porcaria das roupas, o Pai Natal tem os seus ajudantes e a Mãe Natureza tem as suas fadas, porque raio é que as companhias petrolíferas não podem ter os elfos do combustível? Aposto que nunca pensaram nisso, pois é. Valham-se as mentes brilhantes como as minhas para vos iluminar.

Pois bem, espero que os elfos do combustível me voltem a visitar de novo. Pelo sim, pelo não, estou a pensar enfiar umas bolachas de chocolate pelo depósito do carro adentro, para lhes adoçar a boca e convencer a, da próxima, me atestarem o veículo, em vez de me deitarem umas míseras gotinhas a mais. Forretas...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pensamento do Dia

Um amigo meu fez-me ver a luz:

Já repararam que, se acrescentarmos o sufixo "-mos" a um qualquer verbo, o mesmo adquire propriedades potencialmente desastrosas e/ou perversas? Se não, vejamos:

"Espanta-mos"
"Coça-mos"
"Abrilhanta-mos"
"Costura-mos"

A lista continua, ao sabor da vossa imaginação.

E reparem que nem sequer sei do que raio estou a falar...

(Agora sejam uns lindos meninos e não confundam o "espanta-mos" com o "espantamos", senão lá se vai a piada toda...)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Pensamento do Dia


Os deuses não permitem que, na Natureza, as fêmeas humanas sofram de daltonismo porque eles recebem uma comissão choruda sobre as vendas de maquilhagem e acessórios de moda...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

...e morta?

Curiosamente (ou não), a Internet, essa Biblia da informação, também nos oferece um site onde podemos saber quanto vale o nosso cadáver. Obviamente, e sabendo que era um sacrifício que fazia em nome de todos os meninos e meninas que lêm este blog pateta, submeti-me ao teste.

Dor!

$4,683Cadaver For SaleCadaverForSale.com - How much is your body worth?

Quanto valem vocês? Quero saber, e é favor ter um corpo menos valioso que o meu, senão morro de desgosto... (ou será que espero até valorizar este corpinho um pouco mais?...)

Quanto valho viva?

Descobri, através de uma revista, que podemos chegar a um valor preciso pelo nosso corpo. Isso mesmo, há uma forma de sabermos quanto valemos, pelo facto de sermos como somos. Onde é que podemos descobrir isso? Na Internet, pois claro, esse maná de informação estúpida.

(Depois de ter insultado a Internet e, por associação, o site que fornece essa informação, seria boa ideia não admitir que fiz o teste, não era? Mas... enfim, fi-lo. Ai a vergonha, o embaraço, essas coisas todas. E tal.)

Pois bem, fiz o teste. E fiquei a saber que valho... $1,607,000. Fiquei desiludida, confesso, eu que brado aos sete ventos que valho aí uns biliões, modestamente... Mas devo dizer, em abono da minha pessoa, que houve dados que não pude introduzir pelo facto de não ter resposta para os mesmos (como o resultado dos meus exames de secundário nos EUA, que não fiz, por razões bastante lógicas), por isso, acho justo continuar a dizer que tenho um valor elevadíssimo, brutal, imenso, enorme!

Curiosos acerca do vosso valor pessoal? Cliquem no link abaixo e descubram exactamente quanto valem...

I am worth $1,607,000 on HumanForSale.com
How much are you worth?

domingo, 12 de agosto de 2007

Se vos consola...

...ainda em Londres e sobre Londres, tenho uma coisa para vos contar, para quem não sabe. Sempre podem dizer que eu fui para uma porcaria de terra e escolhi mesmo mal o meu destino, ainda bem que nenhum de vocês cometeu o mesmo erro, e tal.

Aqui vai:

OS INGLESES SÓ COMEM M**DA!

É impressionante. Batatas fritas ao almoço (o famoso pequeno-almoço inglês, com a agravante de ainda lhes acrescentarem feijão, o fogo-de-artifício para entreter o patrão nas horas de expediente), batatas fritas ao almoço, batatas fritas ao jantar... Chiça!

Não, ainda não engordei. Não é porque ando a comer coisas super saudáveis (comi a minha primeira peça de fruta só hoje), mas porque gasto solas de sapatos como uma maluca. Posso-vos garantir, o meu sistema digestivo não anda a dar pulos de contente por estar em terras de Sua Majestade.

Mais notícias acerca de Londres daqui a uns dias. Só para vosso gáudio, meninos e meninas.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Como somos finas...


...eu e as minhas vozes resolvemos ir passar uma temporada a Londres. É de Londres que escrevo isto, por acaso, só porque posso, e só porque quero meter-vos nojo a todos. Só porque posso.

Cheguei anteontem de noite, por isso a verdadeira loucura começou ontem. Já gastei sola de sapatos quanto baste, e hoje preparo-me para fazer o mesmo, além de aliviar um pouco a carteira...

Ai férias, os sacrifícios a que me obrigas...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Pensamento do Dia

Se um fundamentalista cristão vir alguém a comer queijo de cabra, será que o considera um satânico em potência?

As insónias feitas de Sésamo

Hoje de manhã tive insónias. Das oito às dez da manhã, não consegui dormir. Por isso, resignada, resolvi ver um pouco de televisão.

Dado que estamos no mês de Agosto, não podemos dizer que a programação seja propriamente profunda e intelectual, e comecei a pensar que ia ter de passar pelos canais todos com as desgraças das Marias deste Portugal nosso (boa forma de ter sono, decerto). Mas não!

O que é que me salvou das desgraças das Marias? A Rua Sésamo! É verdade, esta rapariga de 27 anos esteve embasbacada e divertida a ver o Grover, Big Bird, o Ernie e o Bert e companhia a ensinar as criancinhas a comparar padrões de meias e a jogar o jogo das emoções. E sim, admito, também joguei na minha cabeça...




Carla: se me dizes que é sinal que preciso de uma criancinha na minha vida, nem sei o que te faço!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Como?

Resolvi ir a Óbidos, um destes dias, para visitar a Feira Medieval de lá. Muito giro. Já que lá estava, deu-me para pegar nos meus amigos e fazer deles meus vassalos, obrigando-os ("persuadindo-os", sempre soa melhor) a tirar fotografias pitorescas.
Pelas ruas da vila medieval, deparo-me com esta maravilha. Ora esforcem os vossos olhinhos e leiam:


Leram bem? Nada de demasiado estranho, certo? Infelizmente, o meu vassalo fotógrafo não conseguiu tirar bem a imagem e mostrar-vos a autoria desta frase, que é...

...um padre.

"Verás que sou mãe" - assinado pelo Padre Não Me Lembro do Nome Dele. É de mim, ou... isto dava direito a anos de psicanálise?

terça-feira, 31 de julho de 2007

Desafio Literário

Fui desafiada pela Carla a revelar quais os últimos cinco livros que li. Este desafio poderia ser aquela tal oportunidade para me vangloriar com imensas publicações, daquelas que ficam sempre bem no currículo de todo o bom pseudo-intelectual, sei lá, como coisas relacionadas com física quântica, ou Schoppenhauer...

Mas não. A vergonhosa verdade é que me deu uma coisinha má e resolvi ler, de chofre, a obra completa do Oscar Wilde. Assim sendo, os meus cinco últimos "livros" são apenas um, a colectânea da obra dele.

Contudo, com medo que isto seja considerado batota - e, afinal de contas, a obra completa só possa ser considerada um livro apenas -, resolvi puxar pela cabeça e chegar a estas fabulosas conclusões acerca das minhas leituras:

- A já mencionada obra completa do Sr. Wilde (muito bom, e com aquele tal toque snob que fica sempre bem)
- Livros do Tio Patinhas (leitura de casa-de-banho, meus fofos)
- Um livro de psicologia Para Totós (gozem...)
- Um livro de culinária vegetariana (eu sei, é batota, mas já não me lembro mais para trás... oh pobre de mim)
- O Pêndulo de Foucault? Se este ainda se enquadra no top cinco, estou tramada, é mesmo sinal que ando a ler o Oscar há demasiado tempo, porque o Sr. Umberto Eco foi lido em Outubro ou Novembro...

E, já que estou numa de falar em livros, recomendo à menina Carla o livro Quando Nietzsche Chorou. Não me lembro do nome do autor, mas é muito giro, e os psis devem gostar.

Pronto, cumpri a minha parte do desafio. Passo à Elsa e à Formiguinha Atómica.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Citação

Já que estou na semana do tópico dos meus amigos, aqui tenho mais uma citação de um amigo para vos deleitar. Depois disto, estou a considerar seriamente comprar amigos novos...

"Eu tenho namorada, ela é que ainda não sabe!"

Agora a sério: o problema está em mim, ou...?

terça-feira, 17 de julho de 2007

Pensamento do Dia

Citação de um amigo meu, acerca do Verão (o facto de ser meu amigo já explica muita coisa):


"As pessoas normais vão para a praia, os metaleiros prendem o cabelo."







O que vale é que tenho amigos à brava para me fornecerem este tipo de sapiências...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Bingo...

Tenho um amigo que é a minha fonte de insanidade ocasional recomendada. Uma hora passada com ele a conversar faz-me sentir deveras esquizóide e dissociativa, o que faz dele, pelas minhas contas, um bom amigo.

Este rapaz, além de incrivelmente pateta, é também uma fonte de pachorra e sapiência. A prová-lo está o facto de ele ter coragem de me acompanhar às compras e, no meio disso, conseguir sair-se com tiradas brilhantemente teológicas, como a que me atacou da outra vez em que fui às compras.

Amigo: Descobri porque é que Deus nunca nos responde quando Lhe fazemos perguntas.
Eu: Porque é surdo?...
Amigo: Não, porque senão era o caos convosco, mulheres...
Eu: Connosco? Então?
Amigo: Vocês entupiam logo as linhas de comunicação e davam um esgotamento ao coitado, mesmo sendo divino!
Eu: E porquê, explicas-me?
Amigo: Então, já pensaste se Deus vos respondesse a todas as perguntas? "Deeeeus, estas calças fazem-me parecer mais gooorda?"
Eu: ...

Bingo, meninos e meninas... Bingo.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Morte por Grunhice

Meninos e meninas, para começar este post, uma pequena pergunta:

O que faz um trolha de melhor na sua vida? Escolha a resposta mais apropriada:

a) empilhar tijolos.
b) beber cerveja com tremoços
c) empilhar tijolos
d) comer tremoços com cerveja
e) mandar piropos às meninas que passam ao pé da obra

Quem escolheu a hipótese e)?

Mandar uns piropos não parece ser uma actividade perigosa, na verdade, empilhar tijolos parece sê-lo muito mais, mas para um trolha em particular, a primeira tarefa revelou-se-lhe fatal.

Estava eu a fazer umas pesquisas (importantes, muito importantes!) na Internet, quando dou de caras com uma notícia do Diário de Notícias, ao estilo espalhafatoso e assusta-velhas d'O Crime, que gritava "11 anos de cadeia por matar autor de piropos". Fiquei curiosa.

Abro o artigo, e eis que me deparo com o relato da coisa completa, a situação fatal, o absurdo assassínio (podem consultar a coisa clicando aqui):

Ora, reza a história, estava um casal a passear, feliz da vida (ou não, sabe-se lá) pela rua, quando há um trolha que até acha a rapariga jeitosa, e pronto, tendo em conta que uma das funções profissionais de um trolha é mandar piropos, dá a boca ao manifesto e... diz de sua justiça.

Ficamos sem saber se o piropo foi lisonjeiro ou não. O que é certo é que o namorado da rapariga sentiu-se despeitado e vai daí, arranja uma faca num café lá ao pé e póf, enfia-a na barriga do trolha. O trolha morreu. Diagnóstico? Morreu por ser grunho, às mãos de outro ainda mais grunho. Fantástico.

Tragédias à parte, esta situação é deveras reveladora da nossa sociedade. Os machos latinos ainda aí andam, com a mania que têm que ser os defensores da honra das meninas (não porque as meninas precisem, mas porque eles têm que ter a sensação que foram os primeiros a "lá" chegar). As meninas, essas, ouvem os comentários dos trolhas e estão-se pouco borrifando, seguem caminho, e a vida continua...

Ouvir um piropo é uma coisa, ouvir um insulto é outra, mas nenhuma das duas é propriamente o fim do mundo. Isto já me faz lembrar a história da mulher que foi a Paris quando tinha 20 anos e voltou de lá ofendidíssima porque lhe tinham apalpado o rabo. Depois volta lá aos 50 e fica ofendidíssima porque não lhe apalparam o rabo...

A vítima era um grunho, coitado. Mas daí a merecer morrer...

11 anos de cadeia? Abençoado Juíz! Cá para mim, era mulher... ou tem trolhas na família.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

3 em 1...

Começou a época das "promoções" (definição de "saldos": época depois das promoções na qual só se encontram monos que nos fazem parecer as mães das nossas avós).

Eu adoro promoções. Poder comprar algo que nunca fiz tenções de comprar em primeiro lugar, usando o pretexto que estou a poupar, é um ridículo do mundo capitalista que me delicia. Adoro ver a cara das outras mulheres na mesma missão, o seu ar de combate, o andar decidido, o punho ligeiramente fechado para o caso de a vizinha do lado querer agarrar o vestido que ela viu primeiro. Ah, progesterona!

Confesso, contudo, que ver a preços reduzidos coisas que já comprei na época normal me deprime. Dá-me a vontade de querer ir à loja e dizer "olhe, comprei isto o mês passado, e como agora tem 50% de desconto, será que me pode devolver o dinheiro?"

Como estava a precisar de roupa de trabalho (ou, como lhe gosto de chamar em honra a uma amiga, "roupa à Dra. Leonor"), aproveitei, naturalmente, a época de reduções para andar como uma esquizofrénica de loja em loja, em modo de guerrilha, à procura de trapinhos de ar institucional. Suspirava quando não havia o meu número, rangia os dentes quando havia mas me ficava mal, choramingava aos deuses das promoções quando achava que o preço ainda estava alto.

No entanto, nem só de coisas fúteis vive a mulher em febre de aquisição. Tive um momento raro de iluminação num dos provadores, enquanto me debatia com uma camisola ("serve-me, sua desgraçadaaaa!"). Uma funcionária precisou de chamar outra, e a frase que se seguiu foi:

"Menina da Woman à caixa de criança"

No local menos provável, eis que surge uma frase completamente Zen, totalmente multi e inter-geracional, uma brilhante homenagem às etapas desenvolvimentais de todas nós, portadoras de cromossomas XX...

...e por isso vesti-me à pressa toda e fugi dali o mais rapidamente possível. Quem é que quer Zen e filosofia quando está meio despida, atrás de uma cortina, a mandar vir com uma peça de roupa, ao lado de tantas outras fulanas a fazer o mesmo?!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Nasceu! É um menino!

Aqui está a razão do meu prolongado silêncio. Depois de horas infindáveis de labuta, suor, drama, dor, chicotes, sangue (aos meus empregadores: estou só a dar um colorido à notícia! Não me despeçam...*tosse*), nasceu a criança!

Chama-se Portal Internet Segura, portanto diria que é um rapaz. Estamos a dar-lhe muitas vitaminas para ele crescer mais nos próximos dias e ser um rapagão importante.

Tendo em conta que sou responsável por uma data de conteúdos no site, acho que mereço dizer que este é um sobrinho virtual meu.

Façam favor de lá ir espreitar e, caso tenham alguma sugestão/correcção a fazer... escrevam aqui no livro de reclamações, que a je agradece.

sábado, 16 de junho de 2007

Só para garantir que perceberam a mensagem...


Meia infeliz! Meia coitada!

E... acho que queimei um circuito

Acabo de vos informar, abaixo, que comecei a trabalhar. Mal escrevo isto, o meu cérebro captou a profundeza (ou profundidade, o que acharem mais dramático) e pifou. Nem avisou, o desgraçado. Estou desolada, porque a coisa teve repercussões absolutamente fatais...

...para uma meia.




Vejam lá se a desgraçada não tem um ar infeliz. Aqueles olhinhos a pedir clemência, aquela boca retorcida e sofredora. Claro que isso pode ter tudo a ver com o facto de eu lhe estar a apertar o pescoço, mas foi com todo o carinho.

Aliás, todo o carinho, nada. É uma meia cor-de-rosa, pelo amor dos deuses. Mas quem é que tem meias cor-de-rosa? A dona desta peça ridícula de vestuário devia pedir desculpa por existir e... ir comer sushi.

Bolas, que agora me apetece sushi.

E... bolas, que acabo de me aperceber que foi desta que enlouqueci de vez.

Tenho andado tão caladinha...

É, não é? Tenho andado imensamente calada, eu sei. Sorte vossa, portanto.

Gostava de dizer que estava neste estado porque tinha recebido um bilião de euros e estava a estoirá-los na minha recentemente adquirida ilha privada, mas... nem por isso. Bolas, mais um plano de vida que se foi ao ar. Resta-me o plano de me cair um cofre cheio de barras de ouro na cabeça.

Dado que nenhum dos meus planos Fique-Rica-Mesmo-Mas-Mesmo-Mesmo-Depressa pareceu resultar, tive que fazer como os comuns mortais e arranjar um emprego. Tinha esperanças, confesso, de ganhar trabalho como modelo de pés, mas pelos vistos ninguém teve a decência de achar que eu tinha os chisp... pezinhos delicados certos. Bolas.

Entretanto, porque agora sou uma mulher super e desgraçadamente ocupada, não vou poder ocupar os poucos neurónios que me restam da adolescência a postar coisas patetas (vá lá, guardem os lenços cheios de ranhoca...) mas prometo fazê-lo de novo e atormentar-vos assim que for uma empresária menos ocupada.

Entretanto, olhem, sei que vos faço falta, mas maravilhem-se com a imagem dos meus presuntos aqui em baixo e matem saudades...

Nas palavras do imortal Exterminador, "I'll be back!"

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Olimpíadas - a continuação

Ontem tive uma noite ligeiramente esquizofrénica (até agora, nada de novo...) Foi engraçado. Na realidade, mais que engraçado! Foi hilariante. Para perceberem porquê, imaginem o seguinte cenário: eu, de pés descalços encostados ao braço de um sofá, e o artista munido de pincel e caneta, pronto para criar a sua magnificente obra na sua tela viva, a caneta a passar por todos os nervos da planta do pé, e eu a tentar desesperadamente não me contorcer toda... Ri até às lágrimas. Tudo isto, em nome dos meus fãs. Ai, como sofro!

Para já, temos já duas fotos inscritas nas ditas Olimpíadas (vejam o post anterior). Vamos a ver como corre... Eu acho que mereço Ouro, tenho dedinhos delicados, sou eu e mereço! Mai nada.




Por favor sintam-se à vontade para me bajular o arco pédico, ou a forma linda como cada dedinho parece proferir uma ode à perfeição...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Olimpíadas

Como qualquer aficcionado por desporto e absurdo saberá, o ser humano gosta de competir e, portanto, inventa desportos de tudo e mais alguma coisa, aos quais assiste bem sentadinho no seu sofá. Ele há Olimpíadas de enfardanço de cachorros-quentes, de dormidas, de sexo, de cantar tirolês... Ah, também há de exercício físico.

Assim sendo, e dentro do espírito científico que pauta este blog, a vossa corajosa repórter resolveu sacrificar-se, em nome do jornalismo de excelência a que já vos habituou, para vos relatar o fascinante mundo das...

*rufar de tambores, se faz favor*

...Olimpíadas de Pés! (até dá vontade de respirar fundo, não dá?)

Pois é, pois é, recebi um convite para mostrar os meus chispezinhos delicados numa página de Internet, para representar orgulhosamente as cores da nossa bela nação. O objectivo é "vestir" o pé com as cores do país do participante, de modo criativo, indo os ditos depois a votos. E, tendo em conta que sou a única participante lusa, tenho que me esmerar, porque não quero que o primeiro lugar vá para o chulé alheio...

Vou-vos dar, então, uma antevisão da oitava maravilha do mundo, que irá, certamente, fazer as delícias dos meninos e meninos amantes de patinhas humanas.


Merecedor do Ouro, não é verdade?...

1. Para vossa grande alegria, este ficheiro não vem agregado com odor.

2. Se me der na real gana, vou mostrando aqui os resultados das Olimpíadas.

3. Se eu nunca mais falar neste assunto, é ÓBVIO que não é porque os meus pés foram terminantemente rejeitados por seres sem um pingo de sensibilidade e bom gosto...

sábado, 12 de maio de 2007

E, para não fugir ao espírito do Gato Metaleiro...

...e sabendo que toda a gente está a morrer de saudades da minha pessoa, resolvi presentear todos os valentes (atenção que isto não é para os fracos do coração) uma visão do meu eu interior. A minha alma, se quiserem.

Aqui vai, em todo o seu esplendor:

Uma alma sem cáries, ein?...

Quanto vale o teu canudo?

Como já todos saberão, o nosso Governo decidiu criar o programa Novas Oportunidades, que se destina a valorizar o percurso profissional do português que, por uma razão ou outra, não perseguiu um percurso académico universitário. Este programa, embora louvável na sua teoria - se não tens um canudo mas sabes muito da tua área de trabalho, então a malta dá-te uma certificação toda gira e oficial, para pendurares na parede da casa-de-banho (que é, na minha opinião, o melhor local para exibirmos os nossos louros académicos), além de te ajudarmos a estudar mais e saberes mais. No fundo, é pôr o lusitano menos habilitado a estudar. Isto parece bem, certo?

O que me desgostou - e a muita mais gente, a avaliar pelos comentários jornalísticos que li um pouco por toda a parte - foi a forma como o Governo tentou mostrar que estudar mais é giro e fixe: pegou em meia dúzia de celebridades nacionais e pô-las em profissões menos qualificadas, expressando que seria nesse lugar que estariam hoje na vida caso não tivessem estudado mais. Toda a gente conhecerá o cartaz com a cara da Judite de Sousa, jornalista, sentada detrás de uma banca de jornais. A frase de ordem é "Esta é a Judite que não estudou."

Ora, isto é tudo muito bonito, na teoria, mas irrita-me por duas razões fundamentais:
  1. Porque carga d'águas nos faz crer a nossa força política no poder que ser vendedor de jornais num quiosque, ou jardineiro, ou empregado num cinema, é ser menos? Não são essas profissões dignas e necessárias, tais como a do investigador ou do lixeiro? Estará o Governo a mostrar-nos que, de facto, continuamos num país onde quem é gente é o "doutor" e o "engenheiro" e o resto é paisagem?
  2. Eu tenho um canudo. Esforcei-me por ele. Sou psicóloga num país em crise, onde as pessoas estão insatisfeitas e, se calhar, mais do que nunca, beneficiariam dos serviços de gente na minha profissão. E sabemos que pessoas a precisar de nós é o que mais há, não há é a vontade e a disponibilidade financeira para usufruir desses serviços... E cá estou eu a tentar trabalhar na minha área, sem conseguir, vendo-me forçada a ocupar um lugar menos "qualificado" que tiro a uma pessoa que escolheu estudar menos do que eu. Fico eu insatisfeita e essa hipotética pessoa desempregada.

O que me remete para a pergunta final, aquela do milhão de Euros (quem me dera, quem me dera): Sr. Primeiro-Ministro, visto que ter menos que uma licenciatura é ser Ninguém nesta terra, e estudar mais é que nos garante empregos, isso quer dizer que a culpa da minha falta de oportunidades é toda minha, certo?

E ainda há-de haver quem me diga que este post não é humorístico...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Páscoa... Pensamento do Dia

Se os ovos vêm das galinhas...


Se quem anda com os ovos da Páscoa são os coelhinhos...



...os coelhinhos e as galinhas andaram na malandragem?!

O que dirão os livros religiosos acerca do amor inter-espécies?...

sexta-feira, 30 de março de 2007

A prendinha de aniversário da mamã


Ontem fui dar umas voltinhas e, como boa fêmea que sou, a voltinha descarrilou para uma espécie de shopping spree. Eis o resultado! Digam lá se não é digno da autora d'O Nicho do Gato Metaleiro...

Decidi que vai ser esta a prenda da minha mãe para mim, pelo meu aniversário. Sim, eu fiz anos em Janeiro, mas para manter a tradição, a compra da prenda é sempre uns mesitos depois... E, tendo em conta que já fiz uma festa de anos em Junho, estamos bem...

Estou satisfeita!

terça-feira, 27 de março de 2007

Miss... diva

Não há direito... há certas verdades que nunca deviam ser contadas!


You Are Miss Piggy

A total princess and diva, you're totally in charge - even if people don't know it.
You want to be loved, adored, and worshiped. And you won't settle for anything less.
You're going to be a total star, and you won't let any of the "little people" get in your way.
Just remember, piggy, never eat more than you can lift!

S.O.S.

Estou a dar em doida. Alguém jeitoso (com informática, com informática...) me explica porque carga d'águas a minha barra lateral foi parar ao fundo do meu blog? Não mudei nada no html, não mexi em nenhuma coisa nos settings...

Só os finórios que possuem Mackintoshs (sim, vocês sabem quem são) é que vêem a página de forma correcta... não percebo. É uma injustiça, um drama! Vou ali bater com a cabeça na parede e pedir desculpa por existir... e esperar pela alma caridosa que se ofereça para ajudar.

PS- Eu não falei mal dos Macs. Aliás, para vos provar a minha boa vontade, até estou disposta a aceitar um Apple portátil de presente... Só para vos mostrar que sou mesmo boa pessoa, pois é.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Primavera ou A melhor forma de entrar nesta época do ano


Todos sabem que a Primavera começou ontem, dia 20. Eu poderia escrever uma prosasita toda catita acerca desta linda estação do ano, o calor, as abelhinhas e as flores, e coiso que tal... mas não. Em vez disso, vou-vos regalar com um episódio totalmente hipotético que, por sê-lo, na verdade não aconteceu... ahem.


Ora bem, passo a relatar: a je dirigiu-se (hipoteticamente, eu recordo) ao El Corte Inglès para fazer umas comprinhas, decidida a rechear a sua despensa com artigos de primeira necessidade - papel higiénico, tofu, legumes, bolachinhas, manteiga, queijos, etc. Demorei o tempo que foi necessário para adquirir as minhas coisas, paguei, dirigi-me à saída para o Metro... e foi aí que, hipoteticamente, começaram os problemas.


Bip bip bip! O alarme soa. Raios, pensei eu, lá tenho que parar e fazer ver ao segurança que não sou prima do Bin Laden ou uma cadastrada de primeira. Felizmente, estava com as minhas roupas à Dra Leonor, pelo que haveria mais hipóteses de me levarem a sério e de não manchar a minha imagem com coisas fúteis.

Pois bem, toca a passar os sacos, um a um, pelo alarme. O papel higiénico não era. Ufa. Os queijos também não.

Bip bip bip! Um dos sacos acusou-se. Seria a espuma de barbear? Seriam as lâminas de barbear? Não! Eram os famigerados preservativos! (Pai, se estás a ler isto, lembra-te que isto nunca aconteceu e é tudo fruto da minha imaginação adolescente... e a culpa é da Primavera...) Lá estava o segurança, de embalagem de borrachinhas na mão, a passá-las pelo alarme duas ou três vezes, enfaticamente, para ter a certezinha absoluta que era aquele o responsável pelo soar das campainhas. E, para quem não sabe, a saída para o Metro, fica mesmo em frente a uma zona super chique de restauração. Foi o delírio, a loucura. Ou antes, sê-lo-ia se isto se tivesse passado, evidentemente...


Estas situações hipotéticas só acontecem comigo, francamente...

sexta-feira, 16 de março de 2007

Telefonema - As Sequelas Que Nunca Morriam

Juro que não inventei isto. Decididamente, os deuses insistem em me dar material para vos deleitar...

Recebo hoje um telefonema, que correu desta forma tão fluida e mágica:

EU: Estou?
FULANO: Boa tarde, daqui fala do [nome da instituição], estou a falar com a Leonor Canudo?
EU: ... (a pensar se isto não será para os Apanhados) Desculpe?
FULANO: Leonor Canudo?
EU: (com uma vontade de me rir gigante, mas a tentar dominar-me. Eu dou-te o canudo!) Embora até possa ser parecido (imeeeenso!), o meu apelido é Calaça... mas pelo menos chamo-me Leonor...
FULANO: Aah... então é engano...
EU: Bem, mas eu chamo-me Leonor, haverá possibilidades de...?
FULANO: (cheio de vontade de se rir também) Então muito obrigado, desculpe!
EU: (quase a desmanchar-me e estragar o ar doutoral todo da conversa) Boa tarde...

Mas isto acontece-me só a mim, ou acontece-me só a mim? Canudo!

domingo, 11 de março de 2007

Carnaval é quando uma mulher quiser...

...e eu quero que seja hoje, pronto!


Eu sei, eu sei, trato-vos demasiado bem, até vos dou arte a ver. Aproveitem, que qualquer dia fico rica e cheia de meias novas e depois já não vai ser possível maravilhar-vos com estas pequenas coisas do quotidiano...


Ah, e para quem não sabe: o presidente do Banco Mundial fez recentemente uma viagem à Turquia e, lá, resolveu cometer o erro de visitar uma mesquita - digo erro porque, ao contrário de mim, que apenas tinha a meia rota no pé direito, o senhor tinha ambas as unhacas de fora. Uma ainda se aceita, pode ser considerado um fashion statement, mas duas... quer dizer, é preciso ter pudor e não mostrar logo os dedões todos, estraga o suspense da coisa... E, claro, sendo ele um homem todo importante, as fotos do evento (e seus respectives chispes) correram mundo. Resultado: algum simpático fabricante turco ofereceu-lhe uma dúzia de meias, garantindo-lhe que, se o produto dele tivesse sido originário de lá em primeiro lugar, nada daquilo aconteceria...


Agora eu pergunto: porque raio não me aparece um simpático turco e me oferta um parzinho de meias?! Eu também mereço, ora...
(não consegui arranjar as famosas fotos do presidente do Banco Mundial, se alguém tiver um link que me mande, eu agradeço...)

sexta-feira, 9 de março de 2007

Pensamento do Dia

Se eu comesse tarte de camelo, tirava-lhe as bossas primeiro antes de dar a primeira garfada.

Filosofia de bolso ou A arte de ter uma (des)conversa fabulosa

Há coisas na vida que são de extremo interesse, e uma delas é a arte da conversação absurda. A conversa absurda entretém a mente irrequieta na viagem do autocarro, na fila do pão e junto dos amigos mais esquizóides. Ora, é precisamente acerca desta última equação que é este post; acompanhem-me ao mundo das cogitações dos meus amigos e... pasmem-se, maravilhem-se, ou chamem a carrinha dos senhores das batas e tranquilizantes.


Era uma sexta-feira à noite (o que pode explicar muita coisa) e aquele grupo de pessoas consideradas, pelos seus empregadores e demais, bastante normais, resolveu introduzir uma questão essencial na vida de qualquer ser vivente e biológico: "Se tivesses que limpar o rabo a um legume, que legume seria esse?"




(e aqui convém introduzir uma pequena pausa e mencionar que eu não estava lá nessa noite. Sim, porque se estivesse, a coisa descarrilaria bem mais...)


Um deles pensou, pensou, e adiantou: se eu fosse limpar o rabo a um legume, esse legume seria a beterraba! Beterraba, perguntaram os restantes? Mas uma beterraba deixava o rabo roxo... Ah, replicou outro, mas isso seria se a mesma fosse cozida, ao que outro acrescenta que, além disso, a mesma teria que ser descascada. E, obviamente, se uma beterraba cozida e descascada está à mão, o rolo de papel higiénico também o estaria, e isso estragava o propósito de toda esta experiência imaginária... (ou não)


Sinceramente, acho que uma beterraba seria algo bastante incómodo para encostar ao rabiosque, mas isso sou apenas eu. Eu, se pudesse escolher um legume, acho que apelava ao orgulho lusitano vegetal que há em nós e apelava ao uso da couve portuguesa. Haverá algo mais poético que usar um vegetal de nome tão nosso para tratar de um incómodo no sim-senhor? Era ecológico, ora pensem num slogan ao género de "plantem uma couve e deixem as árvores em paz!" Ou ainda, "a melhor invenção desde o papel higiénico preto: a couve portuguesa verdinha e tenrinha, feita a pensar no seu conforto" (sim, porque reparem que nunca se fala em caca em anúncios de papel higiénico ou fraldas, sangue nos dos pensos... e toda a gente aprecia o politicamente correcto, especialmente quem vê televisão à hora da refeição...)


Então... convenci-vos? Já agora, aceitem o desafio dos meus amigos que não têm mais nada para fazer e digam de vossa justiça...

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Cor mariquinhas

Vou directa ao assunto: se há cor que me irrite, essa cor é o rosa. E, já que o blog é meu e eu sou má, apetece-me discorrer acerca das razões todas que me fazem detestar essa cor. Por isso, ponham os cintos e acompanhem-me nesta fascinante (ou não) viagem pela cor mais entediante da História das ditas.




  1. "Cor-de-rosa" - começamos logo com este nome altamente falacioso. Já repararam que, quando se fala em rosas (a flor), pensamos imediatamente nas rosas vermelhas? Isto se formos pessoas normais e saudáveis e nada patetas, claro. Vermelho, essa cor fabulosa que desperta paixões e já fez cair Impérios (antes que um historiador qualquer me queira corrigir, aviso que estou a dar uma de José Hermano Saraiva e inventar os factos à medida da minha imaginação). Isso sim, é uma cor de gente crescida.

  2. Cor de menina - falando em gente crescida, já repararam que todas as mães adoram vestir as suas criancinhas do sexo feminino de rosa? Será uma forma de assegurar que elas nunca brinquem com tractores e Action Men? Obrigada mãe, por nunca me teres vestido de rosa e por me teres deixado brincar com G.I. Joes. Isso explica tanto acerca da minha pessoa.

  3. Rosa é um vermelho mal sucedido - para mim, o cor-de-rosa foi, em tempos idos, quando os deuses ainda povoavam a Terra, uma cor deslavada (tipo bege) que quis ir mais longe. Era uma cor com ambições, com pretenções a chegar a algum lado e ser alguém. Tanto se esforçou que começou a mudar, a mudar mesmo para melhor, quando sofreu um desgosto qualquer e se ficou pelo meio termo. O seu objectivo era o vermelho e ficou-se pelo primo afastado, rosa. Pensando bem, isto podia ser uma alegoria acerca de tanta coisa na vida de tanta gente...

  4. Rosa tornou-se popular através da malícia - "já que não posso ser uma cor famosa e deslumbrante, vou conquistá-los por outros meios! Vou fazê-los pensar que rosa é fixe e fazer disto moda! Muahahah!" E assim começaram as modas patetas de meter cor-de-rosa em tudo o que é coisa. Ah, e também foi assim que o Bush, Jr. fez campanha para a presidência dos EUA e ganhou...

  5. Rosa já é cor de gajo - depois de ter visto um bom amigo meu (que conheci na sua fase metaleira) com uma camisa rosa, tive que me render e perceber que esta maldita e venenosa cor já se inflitrou também nas hordes masculinas. E, convenhamos, um homem tem de estar mesmo seguro da sua masculinidade para vestir cor-de-rosa com descontracção (ou isso ou mostrar à namorada que a ama, se a camisa for ofertada por ela). Falando em camisas e abrindo um parêntesis, gostava que algum elemento do sexo masculino me dissesse se seria capaz de usar uma camisa de padrão de pele de cobra em qualquer cor, e que cor seria ela. Estou a fazer uma sondagem. Obrigada.


  6. Já não sei o que mais dizer desta cor feiosa.

Posto isto, eu gostava de dizer que lamento que o rosa não tenha chegado a vermelho, que lamento que a moda goste tanto dela (cor de vómito de camelo também me parece ter potencialidades e não vemos o Gaultier todo excitado com ela, não percebo) e que não haja um fenómeno cataclísmico qualquer que faça com que o raio da cor caia em desgraça.


(imagem: http://www.gaffer.org.uk/images/pink_bike_ride/PINK%20BMX.jpg)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Telefonema

Tinha-me esquecido de partilhar convosco este lindo telefonema, o que foi uma grave falha, dado que contribui sempre para a educação de todo o menino e menina lusitano. O tema será "a entrevista de emprego", só para vos localizar no tempo e no espaço.

ENTREVISTADORA: Boa tarde, estou a falar com a D. Maria Chalaça?
EU: Calaça.
ENTREVISTADORA: Como?
EU: C-a-l-a-ç-a.
ENTREVISTADORA: (resolvendo passar a ignorar o apelido, porque devia ser demasiado complicado) A Maria tem disponibilidade para vir a uma entrevista de emprego amanhã?
EU: Sim, tenho, desde que seja de manhã. E, já agora, se não se importa... é Leonor.
ENTREVISTADORA: (se calhar a dar o tilt) Como?...
EU: Prefiro que me chamem Leonor, se não se importa.
ENTREVISTADORA: (tom de voz espantado) Quer que a trate por Leonardo?!
EU: (estarei na Twilight Zone sem saber?) L-e-o-n-o-r. Leonardo é só depois da operação.
ENTREVISTADORA: ?
EU: Deixe lá. (Sou uma incompreendida, penso, dramaticamente) Sim, posso ir. A que horas?

Agora deixo para a vossa imaginação se fiquei com o dito cujo emprego...

Mais uma para vos alegrar do Dia dos Namorados

Sim, eu sou insistente e quero voltar a bater na mesma tecla. Só porque posso!

Aprendi mais um trivia de S. Valentim, para alegrar todos os gatos metaleiros deste universo. Aqui vai:

- Sabiam que o São Valentim, padroeiro dos namorados, também é o padroeiro dos epiléticos e da peste negra? Ah pois é!

Da próxima vez, se eu vos desejar um bom dia de peste, já sabem que é do fundo do coração e cheio de carinho...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Bzzz

Quem é que consegue ter mosquitos no seu quarto em pleno Inverno, no Algarve, quem é?
Quem é que consegue fazer uma mísera sesta de meia hora e ser castigada pelos deuses com uma mordidela mesmo a meio da testa, quem é?

Eu não, claro que não.

Romance a granel


O dia de S. Valentim é amanhã, e é amanhã que inúmeras fêmeas e alguns machos se regozijarão com as oferendas dolorosamente oferecidas pelos seus respectivos companheiros. Naturalmente, no desinteressado interesse de facilitar a vida aos pobres pombinhos, a indústria do comércio contribui com umas sugestões humildes. Tudo isto, evidentemente, a pensar no romance. Nada mais que o romance. Pois.


Pessoalmente, fico com urticária perante o respectivo dia. Dizerem-me que tenho o dever e a obrigação de provar o meu afecto com um objecto qualquer neste dia específico é como obrigarem-me a ler Os Lusíadas do 7º ao 9º anos, e sempre os mesmos cantos e com as mesmas explicações. Ou isso, ou cólicas.


Quem quiser entrar no espírito da coisa de forma singela - ofertando uma única flor, uma estrela ou outra coisa qualquer embevecida - é, prontamente, apelidado de forreta. Se amas a desgraçada da moça, pah, tens que lhe oferecer um Lamborguini. E tu, gaja, se não lhe ofereceres uma boneca insuflável ou uma noite de sexo tórrido, és frígida, desgraçada e nunca mais o São Valentim te dará prendas ou namorados ou maridos de jeito (à semelhança de um Pai Natal irritado, estão a ver).


Sugiro que, a fim de se dar maior colorido a este tão especial e fabuloso dia, Portugal adopte uma mascote para representar todo o simbolismo do romance. Em vez do idiota do urso vestido de Cupido, ou do próprio Cupido, quem nem sequer era português, o parvo, embora contratar o Major Valentim Loureiro, vesti-lo com uns lençóis à cintura, armá-lo de aro e flecha, e largá-lo na Praça do Comércio para recitar uns inspirados poemas?

Contudo, apesar de eu ter noção que esta ideia é a mais genial de todos os tempos para o dia em questão, por favor lembrem-se que o arco e a flecha devem ser de brincar, não vá o Major ter alguma ideia nefasta... Ah, e outra advertência: uma besta (instrumento de caça medieval) não é uma alternativa saudável.


Por favor tenham esta imagem linda sempre em mente amanhã quando estiverem com os vossos respectivos. Grata.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Sim... e agora?

Ontem, com a mania que sou uma cidadã consciente e tal, meti-me no autocarro em direcção ao Algarve e fui votar. O autocarro ia cheio, e gostava de pensar que era também com coleguinhas de voto, mas duvido, avaliando pela percentagem de abstinência que se verificou, bem à portuguesa.
Desta vez, o portuga não teve a "desculpa" de que estava um lindo dia para ir à praia, ou que estava um nevão tal que impossibilitava a sua saída de casa. Muito honestamente, desilude-me ver que as pessoas se desinteressam pelo processo democrático de voto, que é aquilo que define a nossa liberdade de escolha. Num tema tão polémico como o aborto, não deveria haver questões de evitamento ou de preguiça, devia haver, sim, uma mobilização para cada um dizer de sua justiça o que quer para o país.
Enfim, todas as coisas consideradas, quer concordemos ou não com o resultado do referendo, ganhou o "Sim." Quem não votou porque não quis, não tem o direito de discordar ou se felicitar demasiado com o sucedido, dado não ter tido uma participação activa neste processo. Contudo, temos agora um novo passo, que nos coloca algumas questões para o futuro:
  1. Agora que ganhou o SIM, isto quer dizer que acabaram os referendos a este tópico, ou que, à semelhança do anterior, daqui a uma década temos outro a perguntar aos portugueses se mantêm a sua convicção?
  2. Há propostas concretas e exequíveis para avançar com a IVG em estabelecimentos de Saúde autorizados, a lançar em tempo oportuno, ou também temos que esperar uma década para serem implementadas?
  3. Como vão fazer com os hospitais que, em massa, se declaram, antes do referendo, objectores de consciência? Obrigar os médicos a deixarem de o ser (algo que considero difícil e imoral, afinal de contas, todos temos direito à nossa opinião, seja ela qual for)? Contratar médicos que não o sejam para esses locais, transferir alguns que o são para outros locais?
  4. Como se processa isso com o pessoal de Enfermagem? Têm direito de se afirmarem objectores de consciência também?
  5. Os processos médicos vão ser confidenciais?
  6. Quanto vai custar uma IVG numa clínica privada?
  7. Agora que referendámos o "botão", podemos passar a falar do "fato", isto é, é desta que o Governo resolve apostar na educação sexual, para tornar quem tem ou deseja ter relações sexuais, pessoas responsáveis e conscientes?
  8. Como consegui eu escrever este post de forma tão adulta? (desculpem, mas não resisti...)

Posto isto, resta-me dizer que fiquei satisfeita com os resultados, apesar de ter achado que os argumentos, aquando das campanhas para ambos os lados, terem sido perfeitamente disparatados (salve-se a participação do Prof. Doutor Pinto da Costa - não, não é o Jorge Nuno! -, que foi a única lúcida e informada, na minha humilde opinião).

Agora, resta-nos esperar para ver. Espero que todo este processo seja tomado de forma adulta e que não haja as habituais trocas de galhardetes entre o "sim" e o "não", nem que se transforme esta questão de saúde uma cruzada religiosa, espiritual ou política. Sim, porque isto apenas começou... Juntemo-nos para evitar que sejam necessários fazer abortos - apostemos na informação da populaça!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Etiqueta?...


Como nem só de disparates vive o homem (vive também de gatos e, ocasionalmente, de piolhos), por isso resolvi colocar aqui um factor de irritação profunda com que me deparei há dois dias.
Recebi um mail dos Bichanos do Porto com um artigo de uma senhora que escreve para a revista do jornal Sol. Esta senhora, aparentemente, tem o propósito de dar noções de etiqueta aos seus leitores; desconheço se das outras vezes o seu papel foi bem sucedido, mas posso mostrar como NÃO o foi desta vez.


Como não pude deixar de passar isto em branco, resolvi escrever à autora em questão e dizer-lhe umas coisinhas. Vou viver perigosamente e colocar aqui o dito e-mail:


"Cara Sra,

Tive o desprazer de ler a sua rubrica "Consultório de Etiqueta" intitulada "O Insuportável Gato". Sinceramente, gostava de saber onde adquiriu a sua fabulosa qualidade de enxovalhar os ditos animais (e, por arrasto e sem pudor, todas as pessoas que gostam dos mesmos), dado que a sua "escola de etiqueta" ficaria, decerto, encantada com a sua aluna pródiga. Ser capaz de, em breves linhas, ser pretensiosa, mal-educada, ignorante e incómoda é um patamar a que poucos se podem orgulhar de atingir.

Dado ser psicóloga de profissão (e sim, como deve calcular, amiga dos animais todos em geral), sugiro-lhe que adquira algumas publicações referentes a distúrbios fóbicos, para melhor poder aconselhar, da próxima vez, as pobres leitoras que tenham medos. Qualquer profissional da minha área lhe dirá que não é a fugir do objecto fóbico que se cura a fobia, muito menos quando este é inócuo. A senhora, na sua tentativa de ser empática (e, desculpe, antipática), não fez mais do que reforçar a noção que a D. Ana Isabel Lima tem dos felídeos, ou seja, piorou a vida à sua leitora.

Falando como amiga dos animais, sugiro-lhe também que pondere a sua vida caso tivesse que abdicar dos seus confortáveis desodorizantes, caso fosse pontapeteada com violência sempre que desagradasse ao próximo. Já agora, desejo, de todo o coração, que a sua esteticista nunca entre de férias, dado que poderá ser acometida de um imenso "calor peludo, imensamente repelente," coisa aborrecida para uma senhora da sua fina estirpe e belo trato social.

Por fim, e reforçando o facto de ser psicóloga, ofereço-lhe uma consulta grátis, para a ajudar a ultrapassar esse medo irracional que tem de tudo o que tem mais que duas patas. Também lhe emprestava os meus gatos, mas eles são animais sensíveis e educados, estou certa que se sentiriam melindrados com a sua presença menos peluda, mas igualmente repugnante.

Posto isto, despeço-me, desejando que a sua estadia na revista da "Sol," de futuro, seja mais produtiva e culta. Os momentos infelizes que temos na vida, quando propositadamente criados são, esses sim, uma "ordinarice indesculpável."


Leonor Calaça"



Charã! Agora vou aguardar pacientemente por todos os pedidos de desculpa dela. Ah, e claro que me vão chover propostas de escrita jornalística em imensas revistas de prestígio...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Ups...

Hoje tive uma shopping spree. Como boa mulher que sou, experimentei tudo e mais alguma coisa (mas com o meu lado masculino sempre a resmungar - é giro esta coisa de termos um lado feminino e outro masculino, sempre dá um certo colorido esquizofrénico à vida), e comprei alguns trapinhos que me fazem imeeeeensa falta. Aliás, a minha vida dependia mesmo daquelas calças recém-adquiridas...

Já que estava numa de ver coisas, resolvi também ir à caça de cortinados. Entrei n' A Loja do Gato Preto mais próxima e pus-me a mirar os ditos como se não houvesse amanhã (confesso que não sei o que é que isso quer dizer, mas achei que ficava giro dizê-lo). Uma menina aproximou-se de mim, solícita, e perguntou-me se necessitava de ajuda. "Sim," respondi-lhe eu, "gostava de saber se, porventura, irão receber mais mercadoria desta em breve." A funcionária pergunta-me qual a côr que desejo ao certo, pelo que aqui a inteligente (sim, eu!) lhe responde, sem pestanejar: "preto, e grosso!"

...

Obviamente que não me descosi depois do faux pas, limitei-me a aproveitar o ar doutoral que a roupa me conferia e referir que tinham que ser bem opacos, porque a ideia era obliterarem completamente a luz do dia, e tal... e tal, e... lá está, porque... isso.

Lição de vida: sempre que tiveres uma shopping spree, por favor vai para casa antes que ela te estupidifique por completo e te faça derreter os poucos neurónios que te tenham sobrado da adolescência...

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

"E viveram felizes para sempre"

Todos os meninos e meninas pequeninos já leram, ou lhes foi lida, a dada altura na sua vida, uma "história de encantar". Princesas lindas, príncipes heróicos, aventuras excitantes que, apesar de todos os perigos, acabam sempre em bem - que é, como quem diz, num "viveram felizes para sempre".
Ora, quem conhecer o meu passado sabe que eu vivi bem mais os desenhos animados Manga e sucedâneos do Dragon Ball do que o amigo La Fontaine e seus coleguinhas, fruto da vivência na China. Assim sendo, confesso que tive pouco contacto com príncipes e princesas e magias de encantar (embora as animações do Sr. Disney da Bela Adormecida e coisas dos Marretas me tenham mantido minimamente actualizada). Na altura, a bela frase do fim de cada história soava-me sempre bem, natural, bonita: toda a gente, afinal de contas, vivia feliz para sempre, certo?
Errado! E aí é que está o meu protesto. Quem é que raio se lembrou de oferecer às criancinhas fantasias que depois não se concretizam na vida real? Afinal de contas, há imensas pessoas pelo mundo fora que, em jeito de mentalidade americana legal (leia-se "parva") vão achar que o La Fontaine foi lesivo na sua formação de vida e vão querer processar o senhor por obra danosa e exigir uma indemnização pelos anos de vida mágica perdidos. E lá se vai revolver ele na tumba, o pobre.
O facto é que, na vida real, não há príncipes. Os homens não aparecem em cavalos brancos. O primeiro beijo, depois de todos os perigos e afins passados, não garante a resolução de todos os problemas, nem o amor aos 16 anos de idade será para a vida toda (ah pois é, Aurora, sua gaja adormecida!) As meninas não são da realeza, não são todas desamparadas ou lindas de morrer, nem se faz sempre Justiça. A vida real, quando é vivida em pleno, está cheia de alegrias, sim, mas também as desilusões fazem parte dela.
Deste modo, sugiro aos criadores modernos destas historiazinhas ditas "de encantar" (ou "de enganar", digo eu) que façam umas adendas no fim, em estilo de etiquetas de aviso nos electrodomésticos americanos:
  • O príncipe, na verdade, cheira mal dos pés e dá um peidinhos mal-cheirosos de vez em quando;
  • A princesa sofre de SPM e vai acabar por engordar uns quilinhos valentes dali a cinco anos;
  • Os sogros de ambos são uns chatos e vão fazer visitas constantes ao casal, azucrinando-lhes e paciência com frequência;
  • A internet não existia nestes tempos, nem a televisão ou o rádio, pelo que ou as pessoas se entretinham a bordar coisas foleiras ou a arranjar desacatos para ter duelos;
  • O irmão do príncipe é bem mais giro que ele e a princesa vai-se arrepender de ter escolhido tão cedo;
  • O príncipe tem a fantasia de ver a sua esposa com outra aia, levando um estalo na cara e dormindo no sofá sempre que o sugere à princesa.

"Viveram felizes para sempre"... tal como na vida real.

A Gerência não se responsabiliza pelos danos causados aos Tribunais americanos ou de outra nacionalidade; contudo, caso haja algum processo instaurado que resulte em indemnização, a Gerência informa que quer 50% dos lucros - afinal de contas, a ideia toda xpto veio deste maravilhoso (esse sim, mágico!) blog.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Aviso da Gerência

A Gerência informa os demais simpáticos leitores que se encontra em mudança de instalações físicas, pelo que não tem podido frequentar os espaços cibernéticos com a assiduidade com que desejaria. Contudo, assim que estiver passada a azáfama primária, todos os seus funcionários (leia-se "neurónios") voltarão, dentro da força possível, a marcar a sua pobre e fustigada presença neste blog de tão elevada categoria.

Gratos pela presença, leitura e crítica, subscrevemo-nos com as maiores vénias virtuais.

A Gerência

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Pérola IVG

"Devemos ser contra o aborto porque isso é matar um ser humano, e toda a gente sabe que o mundo sem seres humanos não existe"

(Homem inteligente ontem ou anteontem no Telejornal)

A gerência pede desculpa aos dinossauros, que obviamente não podiam existir, porque não estava nenhum ser humano por lá para testemunhar a coisa.

Natal?

Tendo consciência que o Natal acabou, oficialmente, a 6 de Dezembro, e tendo em conta que sou uma pessoa 100% saudável e sem um pingo de paranóia nas minhas fibras mentais, devo dizer que não me incomoda nada passar na rua no dia 10 e ainda ver decorações natalícias e ouvir musiquinhas condizentes, patrocinadas pela Câmara Municipal. Oh, não. Nem uma gota de preocupação, estou certa que não se trata de uma manobra comercial para tentar esticar o Natal até à Páscoa. Contudo, pelo sim, pelo não, vou colocar o meu chapéu de alumínio em forma de cone para impedir os extraterrestres de lerem as minhas ondas cerebrais.

No entanto, por muito excitante e fabuloso que fosse eu passar o resto deste post a falar das manobras vis e escondidas do FBI, Governo e ETs, quero mostrar-vos, caros amiguinhos, a mais maravilhosa decoração de Natal de todos os tempos. Só porque sou querida e quero que todos os meus fabulosos leitores tirem ideias daqui e tenham noites descansadas. Sim, eu sou a Martha Stewart dos blogs metaleiros.

Pois bem, aqui têm! Maravilhem-se.


Reparem na alvura do anjo (que, incidentalmente, tem as asas coladas ao contrário, o pobre, se tentar voar em direcção ao céu estatela-se no asfalto), no seu ar sereno enquanto rapta a criancinha, que chora de hipotermia (afinal de contas, o bebé está em roupas menores e é Inverno, como podem reparar pelo pormenor da neve, por amor dos Deuses). E, pedra de toque da maior finura, ele segura um sino a anunciar que leva a criancinha com ele e não há nada que possamos fazer para o impedir. É poesia em movimento, senhores e senhoras!

Como referi, não sou paranóica. Sou mesmo, mesmo saudável. Como tal, não me vou interrogar porque é que este Natal não foi bafejado por uma torrente de chuva que encharcasse esta visão apocalíptica, nem sequer vou achar que o dono da obra de arte a vai manter até à Páscoa na sua varanda, altura na qual substituirá o bebé por um senhor barbudo adulto, igualmente em trajes menores...

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Parabéns a mim



A minha melhor prendinha é saber que os meus peludinhos são uns fofinhos. E metaleiros. Ah pois.

(Sim, alterei a data deste post para calhar no dia 3, precisamente à hora do meu nascimento. Na verdade, escrevi-o no dia 4. Que maquiavélica.)

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Ano Novo, Treta Igual

Não percebo o conceito de "mudar de ano". Então o antigo já não presta, é? Deita-se fora um ano perfeitamente bom, limpo e arranjado, assim sem mais nem menos, e nem se pensa nos seus sentimentos? Alguém perguntou ao ano velho se quer ser despachado assim com tão pouca consideração? Pois é. Eu protesto.

Tenho pena do ano velho. Toda a gente deseja que o novo seja melhor, que não haja tanta injustiça, que haja mais paz, mais dinheiro na carteira (vai sonhando, lusitano), mais momentos de ternura com os filhos. E o ano velho pensa na sua vida quando era pequenino e toda a gente olhava para ele com a mesma esperança. Aposto até que, se o ano velho tivesse olhos, cairiam ali umas lagrimazitas de tristeza.

E, de resto, confesso que o ano novo me desilude sempre. Dão-se as mágicas doze badaladas e o mundo fica na mesma, os carros não começam a voar, não há pontes sem portagem, não há teletransporte... um aborrecimento.
O ano novo alegra-me por saber que, pelo menos, é um bom pretexto para estar com pessoas amiguinhas e de quem gostamos (aqui vai a graxa pós meninos e meninas que sabem quem são)...

Por isso, rabujices à parte, desejo a todos uma boa vida, ano após ano, e que vivamos para ver teletransportes e coisas que tais.